O psicopata III- A investigação

Dr, Edgar estava exausto. O cenho franzido revelava uma tensão. A noite foi longa no interrogatório. Oriundo do exército, conhecia técnicas que arrancavam tudo, absolutamente, o que o criminoso teria para dar. Sem dar um beliscão no miiante. Verborragia - usava armas psicológicas, criava uma tensão emocional que o desgastava, até que o mesmo resolvia soltar o que sabia. Recordava-se da noite, para passar um pente - fino, para sanar quaisquer dúvidas.

Fim do interrogatório - 12:00 h

- Tenho o celular de sua esposa. Mesmo sabendo que a mesma se deslocaria pelas ruas escuras e desertas do comércio, andando das proximidades da Ladeira da Montanha até á praça da Mãozinha, você não demonstrou preocupação. Ela andou mais de quinhentos metros sozinha...

- Ela faz esse caminho ha mais de um ano, nunca nada lhe aconteceu...

Disse o marido da última vítima, não esboçava emoção.

- Ela lhe ligou várias vezes... Pedia a sua ajuda. A praça da Mãozinha é um lugar infestado por sacizeiros, inúmeros estupros ja ocorreram ali. É um local de tensão. Inúmeros furtos ali, ocorrem.

- Ah, estava tomando uma cervejinha. Não sou babá, era marido.

- Sabe de uma coisa acho que foi você que a matou...

- Sabe o que eu acho? Não tem provas, e ja disse tudo o que tinha que dizer. EU SOU INOCENTE.

O suspeito foi liberado, logo ao amanhecer. Não haviam provas. Não entendia como um sujeito feio, de mal gosto no vestir, cabeludo e desempregado pudesse ter conquistado uma linda mulher - e ter total insensibilidade com a sua morte violenta. " Não gostava dela, era traído, viado, ou sem amor próprio. ter uma linda esposa, um golpe de sorte na vida, sei la..."

Indagava-se o delegado.

Dirigiu-se para sua casa,num dos carros da polícia, um dos agentes dirigia. O delegado tirava uma soneca.

Acordou, de forma abrupta, teve um in

side. Berrou para o agente:

- O local de trabalho dela, la estará a grande oportunidade para pegar o assassino. Sei que pelas ruas do comércio, está a solução desses crimes.

- Bobagem, doutor, foi ele quem matou a mulher. Ciúmes, ele é muito feio, não queria perder a mulher. Ela não trabalha, ele é um vagabudo, um eterno desempregado. Essas mulheres de hoje em dia não casam com sapo por que não sabem distinguir quem é o macho ou a fêmea. vejo cada coisa ,Dr.

Longe dali, na casa da família da última vítima.

- Fui liberado, estou inocentado. Não fui eu...

- Você não é digno de andar mais nesta casa, se tivesse sido um marido mais atencioso ela estaria vivia...

Antes que a discussão se avolumasse, ele recuou. Entrou no quarto. Pegou uma mochila, colocou algumas peças de roupas.

- Você vai fugir...

Perguntou a mãe da falecida.

- Estarei indo procurar um emprego numa cidade perto. Não fugi, fui liberado por que nada devo. A senhora está me pré-julgando.

Dr. Edgar tomou um banho demorado. Fez uma farta refeição. Antes de dormir, ainda foi assaltado por algumas indagações. Pensava em resolver o crime, a qualquer custo. Uma dúvida pairava no ar: "ele era culpado ou inocente "?

Estavam mais tranquilas, as atendentes da empresa de telemarketing, por enquanto.

Leônidas Grego
Enviado por Leônidas Grego em 16/08/2012
Reeditado em 18/08/2012
Código do texto: T3833888
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