Você.

Que tamanho eu tinha, não sei.
Apenas eu era muito pequeno, quando te conheci.
Eu caí, chorei, você veio correndo,

Pegou-me nos braços e eu sorri.
Você me deixou sobre seu colo,
Adormeci.

Nunca houve melhor cama, que em seus braços,
Lembro seus olhos, de seus traços.
Seus olhos verdes, seus cabelos longos, seu abraço.
Como gosto, de ti.

Às vezes sem motivo nenhum, eu chorava,
Pois você corria, me embalava,
Abraçava-me forte, me beijava
Quase, desfaleci.

Este presente de Deus, se acaba
Agora choro, não acontece nada
Sofro, com sua ausência
Eu, cresci.

Você, envelheceu
Ficou, mais linda.
Mas, me perdeu,
Pois para outros braços, corri.

Você está sozinha, quero voltar.
Sou muito grande, para me carregar.
Quero em seus braços, me embalar.

Dormir em seu colo, sonhar.
Que ainda sou pequenino, chorar.
Para você correr, me pegar,

E em seus braços, me acomodar,
E eternamente, me agasalhar.
Quero estar, perto de ti.

Esta distancia, me maltrata.
Sei que também, sentes falta.
Deste garotinho, peralta.


“Que Deus na sua grande, sala de tesouros,
tenha um lugar para, guardar você”.

“Minha Mãe”

Machado.
Veneno de cobra.
Oripê Machado
Enviado por Oripê Machado em 19/08/2012
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