Vale do Lobisomem

Vale do Lobisomem

-Olha Marcelo – Silvia pegou nas bochechas do marido - olha bem para mim, se você não gostar da ideia eu desisto e pronto.

Marcelo olhou para Silvia e tornou a rir – e o vale é chamado de Vale dos lobisomens?Isso é uma piada, você sabia que o lobisomem é um dos mais populares mostos fictícios do mundo, que tem origem na mitologia grega.

-Sei, porém a sua historia se desenvolveu na Europa. Esse lobinho simpático, sabe como é a lenda dele? – Disse Silvia que ainda estava vestida com a roupa de ginástica - A lenda do lobisomem, como a gente conhece, é muito conhecida no folclore brasileiro , que é rico em lendas, sendo que algumas pessoas, especialmente aquelas mais velhas, o termo politicamente correto é idosos,e que moram nas regiões rurais, de fato creem na existência do monstro, de fato depende da região o lobisomem pode ser encarado como uma espécie de atrativo local,turístico.

-Você está brincando?

-”Deixa acabar de contar a lenda, li ontem isso na internet.” Quando nasce, a criança é pálida, magra e possui as orelhas um pouco compridas. As formas de lobisomem aparecem a partir dos 13 anos de idade. Na primeira noite de terça ou sexta-feira após seu 13º aniversário, o garoto sai à noite e no silêncio da noite se transforma pela primeira vez em lobisomem e uiva para a Lua, semelhante a um lobo”.Eu prefiro a forma cinematográfica, quando o homem bonitão, se transforma na noite de lua cheia.

-Você está levando a coisa como séria ou piada? –Marcelo foi até a cozinha pegar um café, serviu para os dois.

Silvia continuou – “Após a primeira transformação, em todas as noites de terça ou sexta-feira, o homem se transforma em lobisomem e passa a visitar 7 partes da região, 7 pátios de igreja, 7 vilas e 7 encruzilhadas. Por onde ele passa, açoita os cachorros e desliga todas as luzes que vê, além de uivar de forma aterrorizante.”Esse monte de sete aqui parece coisa de macumba.

Marcelo tomou o café e sentou novamente no sofá, deu uma boa olhada para sua esposa, estava linda, os cabelos pretos preso atrás, a face ainda vermelha do exercício físico contrastava com a sua pele branca das mãos e pernas, olhos castanhos vivos, para cada quatro palavras que dizia dava um belo sorriso. Marcelo sabia que Silvia estava na sua pele, no seu corpo e na sua cabeça, muitos, como ele, só acreditava no que era concreto.Lembrou de sua aula de filosofia, as frases Filosofo Berkeley,”ser é perceber e ser percebido”, mas será que o amor é?Será que é percebido para ser,ou o amor é apenas uma ilusão de ótica da vontade sexual?Marcelo tinha necessidade dela, disso sabia.

-Você está no mundo da lua ?

-Pode continuar.

-Não me deixa aqui na terra sozinha e vaga pelo espaço co esse olhar paralisado no tempo – ela soltou o cabelo e continuou - Quando está quase amanhecendo, o lobisomem volta a ser homem. Segundo o folclore, para findar a situação de lobisomem é necessário que alguém bata bem forte em sua cabeça. Algumas versões da história dizem que os monstros têm preferência por bebês não batizados. Será que os meus alunos foram batizados?

-Silvia, não deixe isso virar uma paranoia – ele arrumou a calça e o paletó – só vou permitir essa loucura nesse, Hotel fazenda Vale Verde, porque é a sua despedida da Universidade, depois vamos para Londres fazer o Doutorado, chega de adiar isso, já precisamos pensar quando teremos um filho.

-Acho que você não me entendeu –Ela mudou a fisionomia – não vou para Londres, quero ter um filho agora, já tenho trinta anos, passei minha vida toda estudando historia da arte, agora sei que não tenho talento para ser artista plástica, só me resta a nobre função da maternidade, todas as minhas amigas já têm filhos.

Marcelo sabia que a discussão era polemica, ele queria um filho também e sabia que Silvia aos trinta e cinco já estava passando do ponto biológico para ser mãe, mas ele queria fazer o doutorado, o trabalho com os políticos estava ficando chato, e era antiético, imoral, as vezes violento, a maioria das pessoas achava o maximo o seu trabalho, mas ele não queria mais trabalhar para aquela gente, essa seria a sua chance, ganhou uma bolsa de estudos, e conseguiu outra para a mulher.Silvia não sabia de tudo do seu trabalho, tinha acabado com vidas, estava envolvido num assassinato , tinha policiais corruptos no seu pé, políticos puxa saco, muita gente sofrendo ou morrendo, desvio de verbas essenciais, roubo de hospitais,obras superfaturadas, o mundo caindo, não adiantava, mudava o político, mas as regras a serem seguidas eram as mesmas, andava tomando comprimidos para dormir, dois ou três, recentemente andava armado.Duas ameaças de morte,o perigo aumentava com as eleições estavam, se aproximando, nesta eleição em particular, havia uma situação de traição muito perigosa, foi jurado de morte.A tormenta na sua cabeça não passava, dormia somente até as duas da manhã. Depois ficava acordado pensando na vida, em tudo que tinha feito de errado.

-Vou preparar tudo

O corpo da esposa, bonito e macio, podia sentir com suas mãos o quanto a sua bela esposa estava em forma, os cabelos negros longos, e o sorriso já tinham bagunçado suas ideias, momentaneamente o seu medo passava.

-Combinado – Preciso ir, o governador está me esperando.

-Já, achei que ia tomar banho comigo.

O ônibus parou em frente a igreja matriz, ponto de encontro, Marcelo estava impaciente, tinha pedido ao governador liberação menos por duas noites, ele não aceitou, tinha que voltar no domingo.

Marcelo ouviu o governador falar ao berros– Marcelo, não estou te entendendo, estamos perdendo a eleição e você quer ir passear numa merda de hotel no meio do mato?

-Minha mulher...

O governador estava nervoso, ele que dava por certo a reeleição estava cinco pontos atrás na pesquisa e caindo, certamente já estava perdido, tinha se envolvido num escândalo com o desvio do transporte escolar, havia provas para todo lado. – Já te disse, larga essa mulher, consigo três mais bonitas e que você pode mandar, é só pagar, já disse você trabalha pra mim, pode ter vida pessoal.

Concordou em voltar no domingo pela manhã, só não sabia como faria isso, já que o ônibus voltaria domingo a tarde.

Silvia abraçou – Dois dias juntos, sabe quanto tempo não conseguimos fazer isso?

Ele sabia.

O caminho estava agradável e quando chegou à zona rural estavam todos cantando no ônibus, coisa de adolescente, uns puxarão cações da MPB conhecida, outros música gospel, a cabeça de Marcelo estava para rachar, loucuras que se faz por amos.

O ônibus, em uma manobra errada caiu em um buraco , depois da curva, que deixou a estrada perigosa, sinalizaram co galhos,ficaram a cem metros da entrada da sitio Vila Verde, em pleno sexta-feira a tarde.Marcelo, Silvia, e todos os alunos convidados para o jantar de despedida da professora de artes tiveram que caminhar.O Restaurante, que também era um hotel, ficava em uma pedra, era todo construído em madeira no alto, a visão era espetacular, mesmo para um individuo de zona urbana como Marcelo, tudo parecia muito bonito, do alto onde ficava o restaurante uma clareira , na área ficavam os cercados com os animais, a direita um playground infantil, e a esquerda,pouco mais a frente o estacionamento, onde o ônibus deveria ficar.P ara entrar na pousada passavam por uma ponte, em baixo tinha um lago, construído de forma abrigar um grupo de peixes, tudo para fabricar um cartão postal de turismo agrícola.

-Não é lindo – disse Silvia abraçando e depois beijando Marcelo – Acho que deveria tirar esse terno e colocar uma bermuda.

Como Marcelo poderia explicar para Silvia que estava armado, pois uma besteira que havia feito divulgando informações de campanha para um adversário colocou o governador em risco. Marcelo sabe que foi uma loucura, se fosse descoberto seria morto imediatamente, mas o risco significava a liberdade, o negativo com as fotos comprometedora estavam com ele na mala, tinha combinado a entrega com Arnaldo, homem forte de Hermes, candidato segundo colocado nas pesquisas para domingo à tarde, se tudo corresse bem receberia quatro milhões em uma maleta e levaria Silvia para Londres desaparecendo por completo do mundo político, até isso aconteceu teria que se manter atento, ficar o mais calmo possível e não deixar Silvia desconfiar de nada, afinal ela não aceitaria aquela negociação. Silvia era filha de militar, desenvolveu códigos internos ética que nem existem mais, as pessoas não são assim, não como ela. Estavam casados há dez anos, conhecia a mulher se ela soubesse ficaria deprimida, daí em diante o dinheiro não serviria para nada.

A baboseira da ética e moral, Marcelo é que sabia onde o calo apertava, Silvia era professora, o dinheiro que ganhava nem dava para pagar a prestação do apartamento, tinha as melhores coisas, academia, comida, restaurantes, laser, roupas. Para ter tudo isso, precisava da merda do dinheiro, nesse caso o dinheiro fala mais alto que a ética, ele sabia que Silvia viveria em condições ruins. Só que logo se tornaria uma mulher feia e gorda. No mundo de hoje,brutal, niilista,hedonista e onde a justiça era produto fugaz da moda, dinheiro significava segurança. Marcelo conhecia, o resultado da combinação ética, moral, consciência, pessoas com atributos desses, ou escolhe a religião, que é, para Marcelo, outra mentira, ou anda gorda chorando pelos cantos, como sua mãe.

-Você está no mundo da lua de novo ? – Ela estalou o dedo na frente dele – Essa é rebeca – A moça ruiva, magra e de silicone, camisa transparente, Marcelo achava que na falta de outra beleza em uma mulher, o silicone passa a ser o porto seguro das feias, peito e bunda comprados pagos, mesmo a prestação, uma plástica aqui e ali na face e proto, os homens passam a olhar você.

-Um prazer – a menina tinha um nariz grande demais para o rosto, tronco fino e o cabelo era encaracolado e curto, mulher feia no total, porém havia o silicone, a plástica e, ainda um sorriso impecavelmente branco.

-Estamos ai, vocês vão brincar de roda?De casinha? Ou o quê?

-Marcelo – disse Silvia – eles são alunos do quinto período, não comesse a implicar com eles.

O jantar foi servido às oito horas.

-O senhor é especialista em Berkeley?

-É o que dizem.

O nome do jovem que conversava com Marcelo era Fred.

O olhar de Silvia estava atento ao que aluno fazia,sua pergunta capciosa e inteligente não pertencia ao grupo de estudante que trouxera, estava ali de penetra, pequeno, com aparência de nerd,baixo e calvo, era um aluno do segundo ano de Filosofia.

-Mas porque Berkeley?

-Por que não – Marcelo levantou os olhos para olhar pela primeira vez para quem fazia a pergunta – Vocês alunos de filosofia acham que a filosofia foi feita por ,Platão, Nietsche, Kant, o que mostra como o ensino de filosofia é superficial , você leu Berkeley?

-“ Um queria fazer de Jesus um sábio, outro, um filósofo, outro ainda, um patriota, outro, um homem de bem, outro, um moralista, outro, um santo. Não foi nada disso. Foi um encantador” – disse o rapaz, quase sorrindo, mostrando que tinha conhecimento.

-Decorar citações... – Um barulho de carro, Marcelo ficou atento, ele desceu até a colina, duas s10 vinham a alta velocidade, os faróis iluminava a frente.

Silvia também viu, quando uma delas, sem saber que depois da curva estava parado o ônibus se chocou violentamente contra o ônibus depois acabou capotando a outra s 10 desviou e parou cinco metros a frente, um pneu estourou.

-Que horror. – disse Silvia - temos que ir ajudar.

-Ninguém sai daqui – Marcelo puxou a arma que estava nas costas, todo mundo desce e se tranca no porão.

O dono do restaurante e duas copeiras queriam saber o que estava acontecendo.

-Aqueles homens vieram para me matar – olhando para Silvia – não se preocupe não vou deixar.Explico tudo depois.

O dono do restaurante foi ao telefone – Vou ligar para a policia.Estranhamente não fez a ligação,Marcelo percebeu.

-Pode tentar, mas se conheço essas pessoas elas já vieram para cá com ordens, a policia já está no controle de, as pessoas aqui serão mortas como dano colateral, estamos a cento e cinquenta quilômetros de estrada de chão do mundo civilizado, se o senhor tem algum lugar para esconder essa gente é melhor agir.

O Rodrigo que era baixo, mas usando um traje descontraído e um boné com os escritos “bem vindo a vila verde”, depois de pensar um pouco falou.

-Podemos descer até o vale do lobisomem, ninguém desce lá a noite, principalmente em noite de sexta feira, existe uma trila que leva até lá, no final podemos esconder essas pessoas na gruta da morte. Vocês são supersticiosos?

-Eu sou – disse um rapaz que estudava arte, tinha cabelos louros e provavelmente mais que um metro e noventa – Vou até eles, converso, minha mãe me diz que não há nada que uma boa conversa não resolva.

Sem ouvir ninguém deu uma corrida curta, depois dobrou a esquina,parecia um bom corredor,desceu a colina, os homens que usavam um terno preto, ajudavam os que ainda estavam vivos na camionete capotada , de onde Marcelo estava pareciam bem feridos.Marcelo viu quando o menino chegou gesticulando perto do Homem que parecia o líder, esse não falou nada, sacou a pistola e acertou o menino na cabeça, gastou apenas uma bala.

-Que horror – Silvia olhou para Marcelo, sabia que ele estava metido em alguma coisa ilegal, com seus políticos.E agora?

Marcelo resolveu não explicar nada, só falou – Vamos lá, come é seu nome?

-Rodrigo.

-Gente, escutem só, sem alarde, sem medo, cooperando, vamos descer o vale, depois eu explico o que está acontecendo.O dono da pousada, o Rodrigo, vai levar agente pelo caminho seguro, vamos ter uns dez minutos de vantagem.

Rodrigo foi para trás do balcão e pegou uma espingarda – essa trila é desconhecida, eles vão levar mais de dez minutos para achar, temos pelo menos uma hora de vantagem, o problema...-O homem de boné hesitou.

-Qual o problema, Rodrigo? – Perguntou Marcelo carregando também o outro revolver que trousse.

-O lobisomem – ele cuspiu no chão – não é querendo meter medo, mas se fosse eu? Preferia enfrentar esses homens.

A trilha começava em um lugar escondido.Marcelo achou que foi proposital a forma com que esconderam a entrada da descida.Ficava a direita da pousada, tiveram que retirar a cerca viva, depois recolocar,disfarçado o que podiam, a escuridão não impedia a visão, lua cheia, que merda, lua cheia pensou Marcelo.A cada passo Rodrigo se benzia, rezava sem parar,Marcelo olhava para ele, não gostava do que estava vendo, não confiava em Rodrigo.

-Quem é batizado nesse grupo? – Perguntou Rodrigo.

-Sei lá – respondeu Silvia – não precisa de certidão de batismo para fazer a matricula, temos aqui cinco ou seis, talvez um ou dois não sejam batizados.

Marcelo não estava gostando da conversa, eles brincavam de faz de conta com o lobisomem, e sua preocupação era os homens, será que perderia os quatro milhões? Quando chegaram na clareira onde ficava a caverna, Marcelo olhou o relógio, quinze para meia noite.

Rodrigo estava suando frio.

-Que foi Rodrigo?- Marcelo perdeu a paciência. – Cacete meu, se controla, você está metendo medo nessa moçada, vê se controla o teu medo, para vê se a gente consegue controla o medo deles, valeu ?

-Ele está por ai, sinto a presença dele – disse olhando de para a entrada da mata – ele matou dois amigos meus, um vi com meus próprios olhos.

Silvia tentava acalmar os seus alunos, um deles, parecia mais nervoso.

-Que foi Romeu?

-Não fui batizado – disse com os olhos vidrados e torcendo as mãos – ele me avisou que vou ser o primeiro.

-Ele quem? – Perguntou uma menina de saia e botas que estava perto ouvindo a conversa – Que é isso uma pegadinha, onde está a merda da câmera escondida, meu telefone não funciona, estou há horas sem postar nada no face, acabem logo com isso.

Ninguém notou que ela falou.

-O lobisomem, ele está na minha cabeça, está dizendo que vou alimentar a sua fome de matar.

Marcelo chegou no grupo dizendo – Que merda é essa, por que esse cara está gritando?

Silvia fez um olhar de reprovação para insensibilidade de Marcelo, depois chamou Marcelo para um canto para longe do pobre rapaz– Ele esta impressionado com essa historia de lobisomem.

Silencio.

Depois...

Um ganido, uivo, alguma coisa foi jogada da floresta para o meio da clareira.

-Aquilo é uma cabeça – Perguntou uma das alunas.

Marcelo foi olhar de perto com a arma em punho.

O menino magro que estudava física, tinha espinhas no rosto , vestia camisas largas com dizeres socialistas – Isso é uma merda de uma cabeça?

Marcelo constatou, era uma cabeça de um dos homens da s10.

-Vamos ficar juntos e calmos.

Uivo, um vulto preto correu e com um movimento acertou o rapaz que havia conversado com Silvia que viu o vulto, a cara negra do lobo, os braços fortes, um olhar quase humano.Dilacerou ao meio aquele rapaz,seus intestinos saíram pela fenda feita pelas garras da fera, ele tentou segurar com as mãos, o lobo cravou a outra garra na face dele arrancando a metade do rosto.O lobo fugiu para a floresta novamente.Muito rápido.

As mulheres choravam, gemiam, ficavam todas juntas.

Marcelo foi até Rodrigo e perguntou – O que é aquilo?

-Eu disse, esse é o vale do lobisomem.

-Você já tinha visto essa coisa?.

-Sei quem ele é – disse Rodrigo atirando em Marcelo a bala de espingarda pegou no ombro esquerdo – Desculpe!O meu filho é assim que posso fazer.

Marcelo ficou caído , Silvia ficava junto das meninas, chorando tentando proteger uma a outra, um dos menino, o mais baixo, Fred, era o único que se mantinha calmo, Silvia reparou a arma na sua mochila de Fred.

Rodrigo engatilhou a espingarda novamente – Diga adeus esse mundo.

Alguém atirou na cabeça de Rodrigo, Marcelo, com uma dor insuportável no ombro virou a cabeça para ver quem era,um dos homens do governador.

-Ainda preciso das fotos – disse levantando Marcelo – sua vez vai chegar.

O lobo com um movimento de pata dianteira acertou um das meninas, Marcelo não tem certeza, mas era do silicone, depois com o movimento da outra pata, atravessou o abdômen da musa do face book, finalmente cravou os dentes no pescoço homem do governador que já tinha atirado varias vezes com balas comuns, sua ação e força eram sobrenatural, quando se virou para Silvia,Marcelo ouviu um tiro, uma bala de prata atingiu o lobisomem,que caiu.

Quando se vem para o vale do lobisomem,é melhor trazer uma bala de prata.

Depois Marcelo lembrou dele, era o garoto que citou Berkeley.

JJ DE SOUZA
Enviado por JJ DE SOUZA em 30/09/2012
Código do texto: T3909474
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