Atitude extrema

Verbal acordou sentindo muita raiva, todas as manhãs era assim, queria explodir o mundo todo, e se pudesse o faria somente com a sua raiva. Não tinha explicação, só sabia que quando completara 15 anos o seu amigo Leopridio, lhe acordar com uma sirene muito alta desde lá, era assim a medida que conversava com as pessoas a raiva diminuía, mas já se dera mal por causa disso, perdera dois empregos, por que chegara ainda bravo ao trabalho e descontara no se chefe. Por volta do meio dia Verbal era um cara legal.

Na segunda Verbal estava com mais raiva do que o usual, quando o despertador tocou ele o agarrou com a sua mão direita e o arremessou com toda a força contra o espelho de seu guarda roupa o fazendo estilhaçar em muitos pedaços minúsculos por todo o quarto, e o despertador se rompeu em três pedaços entre os estilhaços dos vidros.

Foi direto para o chuveiro tomar banho de água fria, às vezes o frio o acalmava, mas quando abriu a torneira do chuveiro nenhuma gota de água saiu, então ele chutou o box, o quebrando, e cortando o seu pé o fazendo sangrar. Foi até a geladeira para comer o usual pão com mortadela, e quando foi dar a primeira mordida viu que o pão estava com varias manchas de bolor, abriu a janela do seu apartamento e o atirou por ela. Vestiu a primeira roupa que encontrou no guarda roupa, colocou as suas havaianas e saiu.

Nas escadas encontrou o vizinho de cima, Raul que falou:

- Bom dia Verbal, como vai hoje?- com um largo sorriso no rosto.

A em sua mente de Verbal ouviu a sua mais sádica voz falar: “ ele é um babaca, inútil, fode com a mulher do 12, e por isso fica rindo atoa, acha que você não pega ninguém ”. Nisso Verbal fala:

- Qual é o teu problema idiota, todo mundo fode com ela!!

Raul olha para Verbal sem entender do que ele está falando, e diz:

- Tenha um bom dia então. - e continuou a descer as escadas na frente de Verbal mais rápido.

No estacionamento Raul entra em seu carro e sai cantando pneu. Verbal vai até o seu velho carro, e ouve:

- E aí Verbal eu vim pegar uma carona!- era Leopridio, com o seu único casaco de couro.

Verbal o olha de cima até em baixo e fala:

- Seu bastardo não tem carro, não tem família, e não tem outra roupa a não ser está?- Leopridio responde algo, mas Verbal não ouve, só o que ouve é em sua mente: “ ele é um porco, um cuzão, não presta, e nunca fez nada por você. ” Verbal então abre o porta malas do seu carro coloca a mão dentro e agarra a primeira coisa que sente e bate com ela na cabeça do Leopridio, ele cai na chão, Verbal olha para a sua mão e vê que esta segurando o triangulo de sinalização e de sua ponta pinga sangue, o sangue de seu amigo de infância, Verbal vê o corpo dele estirado sobre o concreto se esvaindo em sangue e sorri, a raiva toda a raiva desapareceu.

No
Enviado por No em 27/02/2007
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