-A carne veio do cemitério, e de todo mundo que come aqui !

-Jesus, de que animal veio essa carne?

-Sei lá, tem um gosto forte...

-Não sei do que estão reclamando, eu gostei.

- Que nojeira, deem uma olhada no que veio junto com minha comida, que bando de porcos, vou ir reclamar com o cozinheiro.

E era o papo que rolava entre a roda de amigos que foram até o mais novo restaurante que havia abri-do na cidade.

Mas o entrarem um cheiro podre e forte adentrou suas narinas, tomando conta de seus pulmões e, além disso, o chão e a parede eram de uma cor branca encardida.

As mesas havia manchas avermelhadas, alguns estavam marrons, e os mosquitos era o que não faltava ali.

Roberto já estava farto de tudo aquilo ainda mais que em sua comida havia um tufo de cabelo e dois dentes e na sopa duas larvas boiavam.

Levantou da cadeira vermelho de raiva e se dirigiu até a cozinha, onde viu um gordo com aparência de que não tomava banho a dias de onde vinha um cheiro de fezes misturado com urina.

-Vim aqui reclamar! - disse Roberto, o cozinheiro nem deu atenção e continuou cortando a carne - Eu to falando, não tá vendo?

-O que quer? - disse o gordo, levantando a cabeça para olhar Roberto.

-Vim reclamar da comida, na verdade vim reclamar de tudo.

-O que tinha de errado com a comida?

-Um tufo de cabelo, dois dentes podres e duas larvas boiando na minha sopa - respondeu Roberto indignado que continuou - e além de tudo quero perguntar de que tipo de animal veio está maldita carne? Irei processar todo mundo nesta merda.

-Desculpe-me, mas não posso responder sua pergunta, perdão pela comida sem querer meus dentes devem ter voado de minha boca e caído na comida, perdão mesmo - respondeu o gordo abrindo a boca e mostrando que faltavam dois dentes.

-E ainda tem coragem de dizer que os dentes eram seus, me responde de uma vez de onde veio esta carne se não arranco o resto dos seus dentes - e após isto Roberto sentiu um sono tomar conta de seu corpo, sua vista embaçou e antes de desmaiar pode ouvir o gordo dizer.

-A carne veio do cemitério, e de todo mundo que come aqui!

Ao acordar e olhar para os lados viu que seus amigos e várias pessoas estavam pendurados de cabeça para baixo, e ele estava na mesma posição.

Mas os outros pareciam estar desacordados ainda, a sala que se encontrava era toda suja e manchada de um avermelhado negro, e apenas agora pode perceber que as manchas avermelhadas nas mesas eram sangue o mesmo sangue que havia ali.

-Fez aquilo que mandei você fazer desgraça?

-Sim mãe, lavei todas as facas e as caixas de plásticos estão aqui, as luvas estão em cima da mesa.

Roberto ouviu a conversa e deduziu que a voz seria do cozinheiro gordo e provavelmente a voz feminina era da mãe do gordo.

Os passos e as vozes pareciam se aproximar até que viu a porta se abrir, e pode ver que a tal mulher era uma velha que tinha uma verruga grande em sua bochecha, e fedia igual seu filho.

-Bom menino você desgraça, fez tudo certinho até pendurou os porquinhos.

Roberto após ouvir isto se lembrou da ultima frase que escutou do gordo, e um arrepio percorreu a sua espinha e a voz ecoava em sua cabeça.

Tentou virar sua cabeça para olhar o que havia atrás, e o que viu quase o fez dar um grito, ali havia quatro corpos e com certeza foram trazidas do cemitério, pois já estavam em estado de decomposição.

-Desgraça agora vou te ensinar como abrir um porquinho, para que quando eu morrer você continue o negócio da família-Disse a mulher se virando para um corpo que estava pendurado e continuou - Você tem que cortar desde a virilha até o pescoço, em um corte reto e deixa-los agonizar até morrer, a tripa, fígado e etc. Irá sair quentinho, agora vá para a cozinha desgraça antes que deem sua falta por lá.

-Sim mãe.

-Você entendeu tudo que eu te ensinei?

-Sim.

-Agora vá de uma vez!

E o gordo saiu correndo da sala, a mulher aproximou a faca que estava na mão e fez o tal corte reto, e tudo saiu naquele corte, à pessoa só teve tempo de dar um grito esganiçado e esbugalhar os olhos.

E Roberto sabia como seria seu fim e se desesperou, tentou alcançar seus pés para desamarrá-los, e enquanto isso a mulher ia abrindo um por um, e logo chegaria nele.

Tentou, tentou e tentou e viu que a mulher já se aproximava e se desesperou mais ainda.

-Se me deixar viver te dou todo dinheiro que quiser.

-Droga, aquela desgraça não faz nada direito hein, cala a boca porquinho, nós precisamos fazer isto se não o diabo vai ficar bravo conosco, e se ele ficar bravo nem imagine o que ele irá fazer com nós, ninguém mandou a maldita da minha tataravó fazer um pacto com o chifrudo e desde então é o negócio da família, pense porquinho estará ajudando alguém - depois que a mulher terminou de falar deu uma risada insana que poderia furar os tímpanos, e fez o tal corte e como todos os outros ele gritou com uma voz esganiçada e esbugalhou os olhos.

-Viu porquinho, não foi tão ruim assim não é? - e a velha continuou a rir.

Após isto a mulher, cortou pedaço por pedaço, separou tudo nas caixas e levou para a cozinha.

Onde seu filho as fritou, e levou para o prato de qualquer pessoa.

Cuidado aonde come, e que carne come. Quem sabe você não estará comendo a humanidade!

Literalmente...

Jessica Alana
Enviado por Jessica Alana em 29/10/2012
Reeditado em 10/04/2014
Código do texto: T3958664
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