Zumbilândia - A esperança II

Quem não leu a primeira parte o nome é

"Zumbilândia- O começo de tudo"

Coloquei aqui o nome da primeira parte para aqueles que não leram ela, se não irão pensar que começa desta segunda parte.

Boa leitura.

~~.~.~.~.~.~.~.~~.~.~.~.~~.~.~.~.

Papai dirigiu a noite toda , ainda faltava bastante para chegarmos a tal lugar.

Annie estava a chorar o dia, tarde,noite inteira, não entendia porque quando a perguntava ela apenas balbuciava algumas palavras e voltava a chorar.

Jeremy já estava farto, mamãe parecia estar muda apenas segurava um casaquinho de bebê e uma coleira de cachorro e parecia rezar baixinho.

Parecia que iriamos ficar loucos ali, até que o carro pifou no meio da estrada estavamos quase perto de chegar a uma cidadezinha .

E parou logo ali, e ainda mais a tarde e logo iria anoitecer.

-Iremos ter que ir a pé .

-Como assim Joe? ir a pé está doido.

-Se ficarmos no carro, eles logo virão e te garanto que farão de tudo por nossa carne Miriam.

-Papá ... isnf... papá ,perigo papá

-Eu sei Annie, sei que é perigoso mas teremos que ir andando.

E Annie caiu novamente ao choro.

-Mais papá, não vai dar certo , papá...

-Sem choro Annie , sem choro irá ocorrer tudo bem, vai ver .

Disse papai mandando mamãe pegar Annie no colo ,e eu e Jeremy pegamos as armas e munições.

No caminho até chegar a tal cidade, apareceu 3 ou 4 zumbis na estrada que terminaram de morrer após levarem uma bala no meio da testa.

A cidade parecia que um furacão havia passado por ali, tudo revirado, sangue, lixo, zumbis.

E logo apareceram mais, e logo estava a se aproximar mais ainda.

Um deles agarrou o braço de Jeremy que tremeu na base e errou o tiro ,e levou uma mordida do tal zumbi que fez arrancar um berro de Jeremy que se viu apurado.

Corri ajudar ele, mas quando vi era tarde demais 3 zumbis estavam a lutar com ele, na verdade ele lutava contra os 3 zumbis.

Atirei em todos que cairam no chão, ao ver o ferimento no braço de Jeremy vi que havia mais um em sua mão e outro no outro braço, "Mordida, saliva, mutação" e esta frase ficou a ecoar em minha cabeça.

Quando ouvi que uma bala passou raspando em meu braço, sai do transe e vi que papai havia atirado em outro zumbi.

-Papá não vai dá papá - gritava Annie e soluçava.

-Cala a boca Annie - gritou Jeremy, vi que ele levantava a arma que estava na mão e apontava para ela.

Tive que brigar com ele, para tirar a arma de sua mão e acabei por levar um soco na boca.

Mas depois que quase quebrei seu braço ele largou a arma, e percebi que a tal mutação estava a acontecer com ele.

Mirei a arma em sua cabeça, e apertei o gatilho sei que era meu irmão, e sei que se virasse em um deles, seria pior.

Corri e me juntei a mamãe que segurava Annie, e ajudei papai a deter os zumbis.

-mamá , papá não me ouve nada vai dar certo mamá nada

-Vai dar tudo certinho filhinha.

Papai viu que um carro estava com a chave dentro, quebrou o vidro e destrancou a porta.

Mandou mamãe entrar com Annie, e lá Annie se debateu ,berrou e tentou sair.

"Que estranho" pensei, na distração , não vi que um zumbi que estava com as pernas decepadas se esgueirou até o carro e pelo mesmo buraco que papai fez para destrancar a porta, o tal zumbi estava a puxar o cabelo de mamãe.

Que agora tentava se soltar do zumbi, vi o desespero surgir nos olhos de meu pai , ao ver que o tal zumbi dava uma ordida na face de mamãe.

Annie pulou do carro imediatamente, papai me puxou pelo braço, e Annie se agarrou a minha blusa.

Corrimos para longe, as lágrimas não haviam chegado em nossos olhos, continuamos a correr e a noite caia.

Até que vimos duas luzes na rua a se aproximar, papai gritou apontando com o dedo .

Saimos do meio da rua, e continuamos a atirar eles estavam sedentos por carne.

O carro deu uma freiada brusca, nós ficamos um pouco cegos ao ver uma luz de lanterna surgir para fora da janela.

A porta se abriu, e nos puxou para dentro e para mim foi como se estivesse caido em um buraco negro, e tudo que conhecia ,que mais amava , estava a fugir por minhas mãos , e todos meus pensamentos foram interrompidos ao ouvir uma voz.

Fiquei acho que por alguns segundos sem entender o que dizia, e o que acontecia.

Olhei para meu lado, papai estava com a mesma expressão inerte em seus pensamentos, quase se afogando neles.

Annie estava em seu colo, meio encolhida não estava a chorar ,estava silenciosa, fiquei mais pensativa sobre como ela sabia que não ia dar certo, olhei tateando meus bolsos e a minha bolsa que usava para guardar as munições, e lembrei que havia esquecido meu diário no carro.

Mas onde eu estava mesmo? no tal carro que nos puxou, hã? quem foi que nos puxou?

Olhei e vi que um rapaz que devia ter uns 20 anos estava a dirigir o tal carro, e uma moça que devia ter uns 23 anos estava sentada no outro banco ao lado do rapaz.

Ela me olhava com uma expresão, vi que abria a boca e foi aí que voltou tudo.

-Está bem mocinha?

-Hã? ah , oi me desculpe, não está tudo muito bem não.

-Vocês foram mordidos? -perguntou ela assustada.

-Ah, não não.

-Ufa que bom, estamos indo para uma prisão onde temos mais alguns amigos lá, pelo menos lá não tem zumbi haha, viemos pegar comida e água, o que estavam fazendo na rua?

-O carro pifou, e perdemos meu irmão e minha mãe.

-Todos nós perdemos pessoas que amavamos, sabemos como é , meu nome é Talita, este quietinho aqui ao meu lado é Olavo, nos conhecemos quando eu estava em apuros, na verdade todos nós nos conhecemos assim, e vocês quem são?

-Eu sou Gabriela, esta pequenina é Annie minha irmã e este é Joe meu pai, obrigado por ter nos salvado.

-Denada -depois Talita se arrumou no banco e se virou para frente.

Papai ainda estava quieto, bilisquei ele para ter certeza de que estava vivo e não tinha morrido de ataque do coração.

E então ele deu sinal de vida, como eu pareceu que ele saiu da escuridão e logo estava a chacoalhar Annie para ver se ela estava bem.

As esperanças... haviam acabado , as lágrimas enfim riscaram minha face, não tentei conte-las.

Apenas fiquei novamente em silêncio ,fechei os olhos, e desejei que tudo aquilo fosse apenas um pesadelo, e que logo acordaria em minha cama com mamãe a vir afagar meu cabelo.

Só queria ... queria e não podia ...

To be continue

~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.

Nome da Continuação :

"Zumbilândia- A prisão"

Aguardem...

Jessica Alana
Enviado por Jessica Alana em 29/10/2012
Reeditado em 29/10/2012
Código do texto: T3958775
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.