Dama de Copas: Começando a Unir o Duo Triatum

...

- É isso mesmo Fabbyanne, nós somos irmãs por parte de pai.

- Não, isso não é possivel.

Fabbyanne parecia mais abalada do que o resto de nós, como se quisesse que qualquer um de nós dissesse que tudo não passava de uma brincadeira, ela se encolheu no sofá abraçando as pernas e ficando toda encolhida no canto do sofá que ela estava.

Fui me sentar ao lado dela e a abracei, ela começava a chorar, incontrolada, e repetia varias vezes que não era verdade, tentei conversar com ela mas ela não me deixava falar, fiquei abraçada com ela não sei quanto tempo, tentando acalma-la até que Eva chegou trazendo um chá e ofereceu a Fabbyanne que o tomou e começou a se acalmar um pouco mais. Não quis usar magia para acalma-la pois entendia que ela deveria aceitar se aquele fosse seu destino.

- Lisandra, você tem certeza absoluta sobre isso?

- Tenho sim.

- Como você pode ter tanta certeza?

- Simples, eu sou alguns anos mais velha que você Fabbyanne, e minha mãe viveu sob os dominios de Lestat um pouco mais de tempo do que sua mãe, eu me lembro de quando sua mãe fugiu e deixou Lestat de certa forma furioso, pois ele esperava que sua mãe ajudasse ele a se tornar tão poderoso quanto ele queria.

- Mas minha mãe...

- Fabbyanne, eu lhe conheço a algum tempo, um pouco antes de sua mãe morrer minha mãe foi visitar sua mãe e eu fui com ela, eu lembro que naquele dia eu reconheci você como sendo uma das escolhidas, mas sua mãe insistia que o mais seguro para você era permanecer sobre os cuidados da sua avó, então minha mãe foi embora sem nunca revelar a ninguém que você também era uma filha de Lestat.

- Mas minha mãe nunca me contou nada, nem minha avó.

- Sua avó não fazia idéia, e pelo jeito sua mãe não queria que você chegasse a nenhum lugar perto de sua verdadeira origem.

- Mas Lestat sabe sobre a nossa existencia?

- Não, ele acha que sua mãe estava gravida de outro bruxo que também estava sobre os dominios dele, e quanto a mim, ele acha que eu morri no mesmo acidente em que minha mãe morreu.

- Isso quer dizer?

- Isso quer dizer que Lestat acha que não existe a menor possibilidade de haver o Duo Triatum.

- Então ele não sabe da existencia de nenhuma de nós?

- Bom, ele não sabia, até a Dama de Copas voltar.

- Como?

- É isso mesmo Danielle, com a sua volta ele começou a desconfiar por causa da sua dualidade, mas como você disse que a Eva também tinha abilidades para os feitiços fez com que ele se acalmasse, e achasse que você e a Bela de Ouro tinham encontrado alguém que lhes deu os seus poderes, o que nos deixa novamente sem suspeitas quanto a nossa real existencia.

- Então, agora eu preciso saber de vocês duas, vocês estão dispostas a unir o Duo Triatum?

- Eu estou, se é pra matar aquele bastardo eu faço o que for preciso.

- Fabbyanne, antes precisamos ver se isso realmente vai funcionar, primeiro você e a Lisandra precisam beber o sangue e ver se essa transformação realmente acontece.

- Tudo bem então.

Fabbyanne se levantou pegou uma das garrafas, e tomou um gole, quase se engasgando e se segurou para não vomitar.

- Nossa que coisa horrivel, quanto disso eu tenho que tomar?

- Por agora, meia garrafa dará.

- E você Lisandra, não vai tomar?

- Vou sim.

Lisandra pegou a outra garrafa e com um certo nojo também começou a beber o sangue, assim que Fabbyanne e Lisandra chegaram a metade da garrafa as duas se seguravam para não colocar tudo para fora, achei melhor elas irem descansar, seja o que fosse que iria acontecer com elas, elas precisavam de descanso. Assim que elas entraram nos quartos fiz uma proteção contra vampiros, assim se elas realmente se transformassem elas não conseguiriam sair dos quartos, e coloquei uma proteção para impedir a entrada de humanos, protegendo assim os empregados da casa. Voltei para a biblioteca e os outros me olhavam desconfiados.

- Podem falar, eu sei que vocês estão querendo me fuzilar de perguntas.

- Você ficou doida?

- Como você pode confiar cegamente nessa Lisandra?

- Como você concordou com isso?

- Achei que você queria proteger a Fabbyanne, não condenar ela.

- Calma, primeiro eu não fiquei doida, segundo não confiei cegamente na Lisandra, terceiro eu deixei elas beberem o sangue e se isso não transformar elas mal também não vai fazer.

- Meu amor, mas você não sabe o que isso pode fazer com nenhuma das duas.

- Eu sei, assim como eu também sei de uma coisa que a Lisandra não reparou.

- O que?

- Antes de eu falar quero que todos vocês olhem detalhadamente o novo feitiço que se formou quando unimos os outros três feitiços.

Eva, Wilton, Grayce, Jessy e Thatyelly se aproximaram da mesa e começaram a examinar os tres pergaminhos que estava agora formando apenas um então Grayce foi a primeira a se manifestar.

- Esse novo feitiço diz que só as três descendentes plenamente realizadas poderiam ter sucesso para a execução final de Lestat e Agatha, se a dualidade não fosse manifesta nas três a junção não poderá ser feita.

- Exatamente Grayce, ou seja, se Lisandra e Fabbyanne não se transformarem em vampiras não vai adiantar em nada. E eu não vou transformar nenhuma das duas da maneira tradicional.

- Então, se o que Lisandra falou que as transformaria não funcionar...

- Elas vão continuar humanas, e eu vou apenas fazer o sacrificio original.

- Danielle...

- Wilton eu já tomei a minha decisão, não tem nada que vá interferir nela.

Wilton me abraçou apertado enquanio as outras absorvia minha decisão, Eva foi a primeira a se manifestar e também vir me abraçar, logo vieram Grayce, Jessy e Thatyelly, e ficamos ali abraçados no meio da biblioteca, sentia que aquela decisão abalaria a todos ali, cada um de uma forma, Wilton acho que seria o mais afetado fazia anos que nos conheciamos, e tinhamos uma ligação diferente, uma ligação muito especial, Eva estava junto comigo fazia pouco tempo, mas parecia que nos conheciamos a anos, Jessy e Thatyelly, não tinha tido muitas oportunidades de formarmos algum tipo de ligação, mas sentia que elas também temiam por essa decisão minha, com Grayce existia uma ligação diferente, eramos unidas pelos laços da magia, uma ligação que atravessava gerações, e ela precisava mais do que nunca de um apoio, uma familia.

Todos esperavam que Lisandra estivesse certa, e no fundo eu também esperava isso, mas não poderia me prender a essa esperança minha decisão já estava tomada e nada me faria voltar atrás, se fosse preciso faria sim o feitiço original e torceria para que aqueles que estavam ali ao meu redor, e também Fabbyanne e Lisandra ficassem bem.

Estavamos ali parados quando ouvi um grito de Fabbyanne vindo do quarto dela.

(...CONTINUA...)

Dani Moranguinho
Enviado por Dani Moranguinho em 04/11/2012
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