ZUMBIS 2 – O ESCORPIÃO
 
 
            -Não quero conversa com você Denis,  só vim aqui por que você disse que era sobre a industria Humer  -Disse Lívia entregando o envelope.
            -Um café , só um misero café em Londres, veja que charmoso– disse cheio de esperança.
            -Só estou entregando isso, quero que a minha participação nisso acabe aqui e agora, Denis essa gente é perigosa - disse ela apontando para o envelope – tem criança envolvida, esse pessoal da HEMER é pior que o demônio. Só estou de dando isso, porque apesar de péssimo marido, pai nem se fala, acho que é bom  policial.
            Lívia ganhava a vida em Londres como professora de farmacologia, Denis pensou que talvez tivesse feito um bem para ela tirando o gordo fora do caminho, almofadinha de merda.
            Olhou para o envelope amarelo, nele estava escrito, “ilhas Humer”, isso ia ser uma pedreira, Denis detestava andar de Helicóptero, desde criança tinha medo de altura.
A ILHA
            O helicóptero sobrevoou o descampado, havia uma vila abandonada, o lugar era horrível, deu para ver do helicóptero, pedaços de corpos espalhados.
 Denis, acompanhado de Alex, um negro de porte militar, com mais de um metro e noventa, ex-atirador de elite da policia civil, Samanta, que trabalhou um tempo com Denis em operações especiais, sabia lidar com telecomunicações e computador como ninguém, finalmente, Carter, americano cientista , conhecedor profundo da pesquisa proibida feita pela Hamer, com conhecimentos em explosivos.
            -Vamos – falou Denis com o fuzil na mão e guardando a nove milímetros nas costas.
            A missão deles era perder e levar Carlos para Brasília.
            A mata era fechada, Alex ia à frente, Denis atrás fechando o grupo, no envelope tinha a localização de Carlos, quando falta menos de uma hora para a escuridão total, Denis disse para acamparem ali.
            -Está quieto demais. – Disse Samanta.
            -Também não gosto disso – disse Denis colocando o equipamento no chão.
            Escutaram vários tiros de pistola.
            -Onde está Carter? – disse Denis.
            -Foi dá uma mijada – disse Alex, olhando em volta, mas Denis já tinha corrido em direção aos tiros, parou a corrida: a sua frente um quadro aterrorizante, centenas de crianças zumbis dilaceravam Carter, uma segurava a sua cabeça na mão enquanto mastigava o seu nariz, Denis atirou entre os olhos e ela soltou a cabeça de Carter caindo em seguida, o que chamou atenção das outras crianças. Olharam em direção do Denis. 
            Denis correu até onde estava o acampamento.
            -Acertem na cabeça, entre os olhos. – disse Denis gritando.
            Samanta acertou três, Alex, com uma pontaria maior já abatera mais de vinte, as crianças zumbis continuavam aparecendo.
            Até que derrubaram o ultimo.
            -Tem mais – disse Alex – já estou gostando, isso parece um tiro ao alvo, cara sempre quis matar um zumbi com a minha faca.
            Os zumbis sumiram, Denis ficou no primeiro turno de vigia, Samanta dormia ao seu lado,era uma mulher bonita, forte, Denis não sentia nada, a única mulher que desejava era Lívia,todas as vezes pensava em Lívia, quando estava com outra mulher.
            Denis pegou a pistola nove milímetros, havia escutado um barulho, parecia que vinha das árvores.
            Homens de preto desceram das arvores, Denis atirou em dois, foi quando ouviu o barulho do carro.
            Carlos apareceu com duas camionetes e vinte homens armados, juntando-se aos homens que vestiam preto, a área estava dominada, todos haviam se rendido.
Um militar mascarado atirou de fuzil em Samanta e Alex, eles já haviam entregado suas armas, foi a sangue frio, nem mesmo na guerra Denis viu algo assim tão brutal.
            -Denis, deixe a sua arma no chão – disse Carlos –seja civilizado e vamos conversar, acredite se quisesse matar você já estaria morto.
A ESPERIENCIA
            Carlos servia o café, para ele e Denis.
            -Não fique chateado – disse olhando para Denis e suas tatuagens – li sobre você, é um homem de muitos talentos e pouco caráter, temos algumas coisas em comum, conseguimos o que desejamos, não é?
            -Você é um louco Carlos, fazendo experiências com crianças? – disse Denis só levantando o olhar.
            -Alguém tem que fazer essa ciência avançar, qual foi o primeiro grande avanço da nossa civilização, não  foi os nazistas quem deram? Agora estamos parados, engordando o mundo de uma gordura de bobagens, enchendo o planeta de pessoas burras e sentimentais, e a ciência para onde vai?Homens como eu e você podemos realmente fazer a diferença.
            -Agora vai querer me convencer que experiências com crianças que viram zumbis vai curar o câncer? – disse Denis zombando.
            Carlos olhou Denis com desprezo, disse alto para um dos guardas.
            -Tragam Luiz até aqui.
            Luiz chegou, estava meio tonto, mas mantinha a vontade de comer carne crua.
            -Esse homem voltou da morte, ele agora viverá para sempre, criamos uma cura para a morte ,pense Denis quanto vale isso?- disse Carlos.
            Luiz tinha uma cor azulada. Para Denis, ficar feio daquele jeito era pior que a morte, ale de parecer meio imbecil.
            -Pra mim ele continua morto. -olhando Luiz, com aquela cor azulada.
            -Gosto do seu senso de humor. – Falou Carlos com uma risada sínica.
            -O que quer de mim? – disse Denis – não pode me ferir Carlos, não perde por esperar, quando lhe matar te dou a porra do antídoto, e você vira o Frankenstein, igual aquele ali.
            -Tudo bem, pode zombar, mas antes quero que veja uma coisa. - disse Carlos sorrindo
            Em uma tela apareceu à imagem de Lívia presa e os filhos de Denis.
            -Deixa ver de quem você gosta menos- Carlos vez um gesto com a mão na cabeça, fingindo refletir – já sei: mate o pequeno, você nunca gostou dele mesmo. – um dos soldados deu um tiro no caçula de Denis, ele caiu, Denis chorou, nunca pensou que fosse possível alguém fazer isso, Lívia desmaiou.
            -Viu que agora tem que me ajudar,  eu posso deixar seu caçula igual ao Luiz, o Frankenstein retardado, bem ali, e você vai amar, pelo menos Lívia vai amar, e você só liga para ela.
            -Vou matar você Carlos. -Disse Denis, suando de ódio.
            -Não faça sena, se me ajudar, posso poupar a vida de quem realmente te interessa– disse Carlos – e então, vai me ajudar?Ou posso matar o resto?
            -O que eu tenho que fazer?
            Tem um delegado que está no nosso pé, ele não é como você Denis, ele é honesto, tem caráter, eu mesmo já tive um dia, ele achou uma brecha legal na Humer, você tem que matá-lo para nós, arrumar uma desculpa e se entregar, proto, Lívia está livre.
            -Se eu não fizer?
            -O que sobrou da sua família morre, depois transformo em zumbis.
LEMOS
 
            Lemos entrou com o carro na garagem, estava esperando a filha chegar, Denis esperava que ela não aparecesse naquela hora.
            -Lemos.
            -Denis!
            Denis atirou no olho direito de Lemos, a cabeça tombou para  lado do carona, seu corpo pendeu para a frente sem vida e correu pelo banco, quando Denis olhou para trás um amenina de quinze anos estava olhando.
            -Vá chame a policia, tenho que me entregar.
CARLOS E DAVID HUMER
 
            -Tenho que admitir Carlos, você pensa em tudo – disse o diretor.
            -Denis é esperto – disse Carlos ao diretor da Humer.
            -Denis não é tão ruim assim – disse o diretor – mas com ele preso, estamos livres de um peso.
            -O que você vai fazer com a família dele? – perguntou Carlos.
            -Nada, a única forma de controlar caras como o Denis e manter a sua família presa e bem tratada, assim ele fica longe  do nosso pé e ajuda com outros policiais.
            Carlos entrou no seu quarto estava satisfeito com o seus planos e com a pesquisa, mais tarde visitaria a esposa, os testes com o antígeno estavam quase concluídos. Não via muito diferença entre ele e Denis, ambos queriam suas mulheres, para Carlos o poder do conhecimento era um premio colateral.
 
PRISÃO DE DENIS.
            Delegada Maria Rita olhou para Denis e com a arma na mão disse.
            -Sabe o que fazemos aqui com assassinos de policiais? – disse ela.
            -Não vai atirar em mim, vai?Isso é brutalidade policial? – disse Denis.
            -Matou um policial exemplar, na frente da filha dele, você é um monstro? – A delegada era bonita e tinha cabelos pretos presos no alto da cabeça.
            -Não tive escolha.
            Um delegado federal entrou seguido por um homem engravatado.
            -Meu Nome é Marcos Figueira, sou assessor do ministro da justiça, esse homem vai para Brasília – apontou para Denis.
            -Nenhuma possibilidade – disse a delegada.
            -Ordens do ministro – o assessor do ministro entregou o papel a delegada – ele está na custódia federal.
            Denis saiu com os dois homens.
            -O que houve Denis? – perguntou o homem do governo.
            -Estão com minha  mulher e filhos, pelo menos um deles, já que mataram o outro– disse Denis pegando a arma de volta.
 -Nada disso, para você já extrapolou ,está fora do caso. – disse o delegado federal um homem careca e de pouca conversa.
            -Denis você ficou louco, terá que sair de circulação.Por que você matou a merda do  delegado? – falou o assessor do ministro da justiça.
            -Eles pediram – disse  - eu estava refém de Carlos? – disse Denis.
            -Vai ter uma conversa com chefe, ele ligou alguns minutos atrás , disse para levar você para o escritório central.
            -Mas antes quero dá uma paradinha – Denis carregou a arma – tem um amigão na vizinhança, quero trocar uma ideia, Carlos está um passo a frente, para pegá-lo, eu tenho que inovar.
O TATUADOR
            O espelho mostrava um mostro, era para refletir a imagem de Denis, mas a figura que estava à frente era infernal.
            -O que você quer Denis? – perguntou a figura.
            -Ele pegou a minha família.
            -Você mexeu com fogo, agora não quer se queimar? – disse o monstro do espelho, a imagem espelhada do próprio Denis.
            -Quero a sua ajuda.
            -Você já me deve dois dias da sua semana, onde hospedo meu ser no seu corpo, que mais pode me dar?– disse o monstro dando uma gargalhada – mais dois dias?
            -Feito. –Denis disse  apertando o colar índio que estava no seu bolso ,breve usaria ele.
            -Como posso confiar? – o mostro olhava diretamente para o bolso de Denis.
            -É minha família – disse Denis.
            -Está bem, quatro dias, praticamente posso retomar a minha vida, sabe que posso ir atrás deles, de sua família, não é Denis? – disse o monstro – Posso colocar você na ilha, resolver todos os problemas, procure W. Helmer, ele já está sabendo, lembre-se Denis, trato é trato – o monstro desapareceu.
            -Chefe – disse o agente federal para um homem misterioso de cabelos grisalhos -  Denis está aqui– completou o homem do governo.
            -Mantenham Denis preso – por enquanto, vou pensar no destino dele.
            O homem algemou Denis.
            A porta do escritório do assessor do ministro abriu, dois homens carecas e tatuados até a cabeça entraram na sala armados de sub metralhadoras, atiraram nos dois agentes do governo, um deles tinha uma armação de metal nos ombros e na cabeça, ferros atravessavam seu corpo, uma mascara de ferro com centenas de agulhas cobria a sua face, ele disse.
            -Meu nome  e W. Helmer, mas pode me chamar de Escorpião.
 
           
           
           
 
JJ DE SOUZA
Enviado por JJ DE SOUZA em 21/11/2012
Reeditado em 21/11/2012
Código do texto: T3997797
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