Andromeda

Nas profundezas do calabouço de um castelo medieval, é esquecido uma criatura pertubada pelos horrores daquele reino, cujos soldados andavam sempre apreensivos, segurando suas lanças de ferro com muita firmeza e nervosismo, como se algo ruim fosse ocorrer á qualquer momento. O rei daquele templo, exercia a sua glória através das torturas físicas de sua corrente de aço, que ele mesmo aplicava em seus escravos, onde eram mantidos em jaulas imundas, repletos de fezes espalhados pelas grades e moscas voavam sobre os pães mofados pelo tempo de angústia e sofrimento. A maléfica rainha Sara, ordena ao seu marido que trouxesse a cabeça de um homem, em uma bandeja de alumínio, para festejar a morte de mais um verme, aborrecendo a majestade, que acompanha a esposa ao sótão do castelo e arrasta a corrente em torno do pescoço de sua mulher, que desconfia daquele homem barbudo de pele clara e olhos verdes, ela sentia a corrente sufocar a sua garganta de uma maneira agonizante, queimando o seu esôfago com o calor do aço, até explodir uma de suas veias cerebrais, ocorrendo uma hemorragia interna, falecendo no mesmo instante, e o rei esconde o corpo atrás de um velho baú enferrujado.
Anoitece e um dos escravos consegue fugir da cadeia, caminhava descalço sobre o barro molhado pela água da chuva , avista a entrada dos fundos, protegido por um guarda adormecido, segurando seu capacete de ferro, entrou discretamente no corredor escuro do castelo, observa imagens de estátuas diabólicas, cercada de chifres e asas de morcegos, repentinamente, ouve um gemido assustador vindo das profundezas daquele calabouço, esquecidos pela memória de todos, aproximou da figura corcunda, tendo seus pés presos por velhas correntes enferrujadas, e as sombras das grades cobria o seu rosto sinistro, marcado por uma terrível cicatriz no olho esquerdo, ferido pelo rei Libu, por um golpe de corrente pesada, pelo seu destino cruel. Ouviu passos fortes em sua direção, se tratava dos soldados que o encontram de pé, pronto para morrer pelas mãos da majestade. O grande rei acorda e ao entrar no sótão escuro, ergue a cabeça de sua falecida esposa e deixa o sangue de seu pescoço escorrer em sua taça de cristal, e ingere o seu sangue vermelho, escorrendo em sua barba preta, aquela atrocidade era o seu café da manhã, que o deixava disposto o dia inteiro. Foi avisado sobre o intruso que invadiu o seu lar, enfurecendo aquele rei poderoso que ao ficar sentado no trono de frente daquele homem magro, ordena aos guardas que o despissem, ficando completamente nu e sem reação, fazendo os soldados darem muitas gargalhadas ao seu respeito, o rei Libu pede silêncio e ordena aos soldados que trouxessem a misteriosa criatura da prisão, acompanhada por dois guardas armados, escoltando aquele monstro de pele escura e escamosa, encurvado como se fosse atacar a vítima á qualquer momento. O escravo sentia o suor escorrer em sua testa molhada, até que de repente, os soldados destrancam as algemas de ferro daquele ser abominável e a criatura avança sobre seu corpo franzino e deixa a saliva gosmenta sujar o seu rosto, mordendo a sua face com as mandíbulas afiadas, arrancando um pedaço de carne viva, soltando um grito de dor e agonia, mesmo naquele estado fraco, ele caminha mancando e o sangue escorrendo no salão do castelo, onde a arcádea dentária já estava exposta junto com a carne de seu rosto, aborrecendo a criatura diabólica que usa suas garras para cortar as costas daquele homem debilitado, caindo sobre o chão inconcientemente. Ao abrir os olhos, observa que estava no calabouço perdido, e avista á sua frente a criatura devorando suas pernas intensamente, algum tempo depois, um guarda passa ao lado da grade e observa o corpo do escravo esquartejado, onde o monstro roía os seus ossos. A maldade daquele homem desperta a fúria de um jovem cavaleiro chamado Rick, que teve sua família assassinada pelos soldados do rei Libu, por isso cortou o braço com uma faca afiada e deixando o sangue molhar a terra seca de sua aldeia, prometeu vingança em sua alma sinistra.
O rei devorava um enorme pernil de porco e os ossos eram levados ao calabouço que serviam de alimento á criatura monstruosa, que vivia acorrentada. Porém o salão é invadido pelo garoto armado com sua espada de ferro, cuja lâmina estava ensopada de sangue humano e desafia aquele senhor dos senhores, dizendo que havia chegado o seu fim, os escravos tinham sido libertados daquela prisão e depositavam suas esperanças ao jovem guerreiro, que naquele tenso momento, ordena que oferecesse sua cabeça aquele povo sofrido, o velho sorriu e pegou suas correntes de aço, mostrando que sua arma era lendária, que pertencia á Andromeda da mitologia grega e o seu ódio e sofrimento estavam presas naquela misteriosa corrente. Em seguida o rei caminhou em sua direção, arrastando sua arma pesada e fria sobre o chão quente do maldito templo, aborrecendo o cavaleiro assustado, que tenta fugir, mas os guardas o cercam de todos os lados, ficando completamente encurralado naquela situação, sem saída ele se ajoelha diante daquele poderoso homem, pedindo misericórdia por sua alma, entretanto suas palavras foram inúteis, por que ele ordena aos soldados que o despissem, como fez com a outra vítima, que teve o corpo esquartejado pela criatura. O garoto tremia de medo e sente aquela corrente gelada tocar o seu corpo magro, envolvendo suas pernas finas e os seus testículos, sendo obrigado a ouvir risos ao seu redor, inesperadamente o rei puxa com muita força, arrancando o seu órgão genital, soltando um gemido de dor e sofrimento, caindo no local ensanguentado, e chorando desesperadamente, sem ninguém para ajudá-lo naquele momento de fraqueza , onde cada lágrima que escorria do seu rosto, era um motivo maior para que o rei o torturasse até a morte; Levantou-se e tentou caminhar até a porta com o sangue escorrendo em suas pernas, mas um soldado o empurra, chutando a sua cabeça violentamente, como se fosse uma pedra no meio da estrada.
A majestade pega em seus cabelos escuros e olhando profundamente nos olhos da vítima, disse sem remorso algum:
-Eu transei com o cadáver da sua mãe, ela era uma vaca...
Pegou novamente sua corrente suja de sangue e acorrentou o seu queixo trêmulo, pedindo perdão ao homem que matou sua família, sua resposta foi arrancar o seu maxilar brutalmente, morrendo na hora e sem receios, assustando inclusive os guardas que já estavam acostumados a presenciar esses terríveis acontecimentos. Entregaram os restos mortais daquele jovem á criatura do calabouço que estava agitada, pois estava faminta por carne humana.
Aquele homem estava enlouquecendo, e sobe ao sótão do castelo sozinho e afastou o velho baú enferrujado, e ao avistar o cadáver de sua esposa apodrecido e com um forte odor de carniça, abaixou as calças e se masturbou, fazendo o sêmen jorrar sobre o corpo deformado da mulher e sem medo, ele beija o cadáver fedorento, infestado de vermes rastejantes que já se alimentavam de sua carne em decomposição, dizendo que a amava do fundo do seus sentimentos; De repente ele ouve correntes se arrastando pelo chão do sótão, e um enorme arrepio invade sua alma, ao virar-se, observa a rainha de pé, e ao beijá-lo, o corpo dele começa a apodrecer misteriosamente e seu espírito é lançado em um profundo abismo perdido, onde ficará preso no sofrimento para sempre. Um soldado descobre o corpo do rei ao lado da falecida rainha e dá a notícia de sua morte á todos, alguns sentiram alívio em sua alma, porém outros ficaram transtornados e queriam vingança.
Aborrecido, um dos guardas do castelo resolve pegar o corpo do rei e entregar a criatura do calabouço, que devora os seus ossos intensamente, como nunca havia comido antes, parecendo que soubesse de quem era o cadáver, o soldado observa através das grades de ferro, aquela cena terrível do monstro acorrentado e corcunda, roendo as costelas do rei e sorriu aliviado, retirava-se do local e misteriosamente, ele ouve a voz da majestade pedindo por socorro eterno...
Alexandre S Nascimento
Enviado por Alexandre S Nascimento em 08/03/2007
Reeditado em 27/09/2016
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