Profecia para uma Virgem que Sangra

Risco: Eis aqui a repulsa criada pelo homem. Entre se quiser, ria se quiser e tente esquecer se quiser...

Profecia para uma Virgem que Sangra

Uma mulher poderá ser o arco do pórtico para abranger o mal ignoto e invólucro de uma revolta escabrosa de injúrias e perversões contra o homem numa carnificina sangrenta que culminará no apogeu do mal e que escravizará os restos putrescentes e ensangüentados do que restar da humanidade; uma cabeça destroçada aqui; um braço com gangrena ali; uma mão deletéria acolá. O bem perecera antes mesmo de suscitar nos corações humanos.

Hoje a virgem sangra, pois não cessa seu ciclo menstrual. O sangue sai daquele chafariz tentaculoso e apodrece; os glóbulos coagulam nos grandes lábios fedorentos e a miserável sente urticárias desgraçadas nos órgãos genitais.

Ela quer um filho. De mente prostituta ela só ouve a voz perversa que a deixa mais excitada. Mulher virgem você é parva! É o que é. Pois seu fado, seu desolado fado é ser seca para sempre; é ser maldita para sempre; é ser mulher para sempre; e sangrar a impotência execrável sempre.

Maldita! É o que é mulher. Com a vontade proibida e deplorável de parir um rebento, seja qual for a criatura genitora de tal aberração.

Eis aqui a lúgubre, repulsiva e audaz profecia que poderá se tornar o crepúsculo do infortúnio a seu bel-prazer virgem mulher:

Depois de receber o sêmen aglutinado da coisa abominável, começara a germinar em teu ventre um ser pentagônico, cabeçudo e fêmea que há de rasgar ainda mias sua vagina, numa metamorfose encarniçada onde as moscas hão de botar seus ovos purulentos e sua vulva há de ser o ninho pútrido desses vermes contorcionistas.

Vermes esses mulher, que será o alimento do aborto atrevido que irá habitar teu ventre triangularmente descendente. Será martirizada, mulher, pelas dores da corrosão, pois as lavas se alimentarão dos tentáculos repulsivos dos grandes lábios e das paredes do teu útero pichados com a vontade de sentir os prazeres da vara da libido. Nem o sangue que corre como o rio há de levar essas impurezas pestilentas que também devoram os cadáveres.

Os cães vira-latas atraídos pelo odor, vão vir arrancar tuas roupas e lamber a sua vergonha, pois o sangue lhes é familiar, bem como os pequenos pedaços de carne que se despregam de seus órgãos internos. Impiedosos, e uivando de satisfação, eles urinarão sobre teus pés descalços no vidro.

Em teu ventre o rebento, que é fruto do mal, vai rasgar-te com suas garras perversas e demoníacas. Também devorará suas trompas errantes e invalidas; e beberá do rubro fluído que jorra e se entorpecerá com esse licor vermelho como se fosse vinho e fará você, mulher, ter os mais horrendos e fúnebres pesadelos que resultará em loucura.

Louca aos nove meses, no dia do parto hediondo, você sairá nua e insana pela rua a cantar plangente as litanias das desgraças que governaram sua vida miserável.

A criatura que terá no ventre, mulher será Satã. Você terá a Caixa de Pandora aí dentro de suas entranhas fecalóides.

Viu mulher? Você, ao mesmo tempo, é tão insignificante quanto essencial. Mata-se. Essa voz que escuta hoje em sua cabeça é oriunda de outras esferas distintas, reino do Diabo, que quer transpassar para esse mundo pernicioso, fétido e tragicômico. Ele sussurra em sua mente mulher. Não o escute. Escolha a tua consciência e não a vontade vomitante de seus pensamentos e desejos maculados.

Viu mulher? Não copule com a serpente que quer penetrar e aprofundar sua devassidão por entre o dédalo de seu clitóris, pois esta é a mesma serpente que seduziu e enganou Eva ( mas com outro fruto). Quer fazer ao mundo um lugar ainda pior do que Eva o fez? Han mulher?

Fica intocada, pois só a serpente maligna adentra ao lago de sangue em ti. Nenhum outro animal se excita ao ver a sua vagina sangrenta e disforme.

Mata-se, ande mulher, pois sou sua consciência. E não fique pensando em perder sua virgindade azeda; ou sentir a volúpia da outro órgão; ou mesmo ter uma criança. Morra virgem! E seja feliz, mas não se renda ao crime do sexo.

lord edu
Enviado por lord edu em 14/03/2007
Reeditado em 14/03/2007
Código do texto: T412488