ESTÓRIAS DE UMA BRUXA BRASILEIRA - PARTE 19!!!! ( O SEQUESTRO)

AOS SONS DAS CANTIGAS DE NINAR..............

O porsche preto estacionou atrás da Pró-matre e de dentro do conversível saíram duas figuras vestidas em longos capuz negros e bem conhecidas dos leitores e fãs de bruxaria. Mimico e Évora se preparavam para a grande empreitada de suas vidas. Faltavam cerca de 1 hora para o ano-novo e a festa rolava solta por toda a cidade maravilhosa.O plano sobre o rapto do bêbê teria de ser exatamente a meia-noite e elas não poderiam falhar. Elas se despediram do hotel pagando tudo e ainda deram 1000 reais de caixinha à todos os empregados que agradeceram as suas amas e lhes desejaram boa sorte. (Ala jacta est), a sorte estava lançada, era elas contra o destino e isso seria o ínico de tudo, pois suas vidas ainda tinham muitas aventuras para acontecer e.......

As bruxas que estavam armadas, entraram sorrateiramente pelos fundos do hospital e logo de entrada encontraram duas enfermeiras que estavam no local errado e na hora errada, então, elas pagaram o preço dos azarados. Mimico com dois tiros de 9 mm (ela usava silenciador) terminou com as testemunhas oculares para que niguém se intrometesse nos planos hediondos das wiccas, pois era o tudo ou nada. Então Évora e sua amante continuaram a percorrer os corredores escuros da Pro-matre que naquela noite, por ironia do destino estava vazia e então elas acharam o setor de gestantes que parecia um deserto e só um parto ocorria naquele momento, era o parto de ouro para as bruxas.

Évora olhou para seu celular e viu que faltavam cerca de 10 minutos para a hora marcada. Ela achou uma sala iluminada onde berros de dor ecoavam por toda parte. Da fresta de uma janela as bruxas viram sua presa e esperaram.......Exatamente a profecia se cumpriu e a doze horas das badaladas noturnas nascia uma linda meninha de olhos azuis que mudaria para sempre o destino de todos. Amãe da menininha chorava compulsivamente de emoção ao ver sua filha tão linda que logo ao nascer soltou um sorriso angelical, Amélia estava feliz e enem imaginava o que aconteceria no minuto seguinte.

O ataque foi devastador, Évora invadiu o quarto gritando que levaria a criança enquanto Mimico com a 9mm fazia disparos a esmo assustando toda equipe médica que tentou fugir, mas não houve tempo, o obstetra, o anestesista e as 3 enfermeiras foram mortos à tiro. O pai da bêbê tentou proteger sua filha aos prantos, mas Évora não deu chance a ele e arrancou seu coração com um só golpe, só faltava a mãe da bêbe que chorava desesperada e implorava : - Pelo amor de Deus não levem minha filhinha, por favor! Prefiro morrer ao perder minha bêbêzinha.

- Que assim seja!!!!!! - disse Évora pondo a mão na cabecinha da neném.

" Pelas hordas escuras que pranteiam o luar, leve esta infeliz de volta para seu lugar"

Então o que se viu foi apavorante, a mulher ficou extática e seu corpo foi se desmanchando aos poucos enquanto era observado por Évora e Mimico que apenas enrolavam o bêbê que ainda estava com o cordão umbilical. Mimico apanhou toda a placenta que estava sobre a mesa de cirurgia, e com um bisturi, ela abriu uma longa vala desde a vagina até o ventre da mãe da criança para arrancar o resto da placenta que ficara dentro da mulher, pois Bafomé disse que teria de ser toda a placenta. Pôs o conteúdo num frasco e o guardou dentro da bolsa. O corpo da mulher estava em total decomposição e as bruxas após conferirem se tuda estava certo, enrolaram a bêbê que berrava alto e seus gritos se misturavam com os fogos da noite de Reveillon, tudo era festa no Rio, menos para uma família que acabava de ser destruída por duas bruxas que colocavam seus propósitos em primeiro lugar.

Entraram no carro, mas antes deste ocorrido, elas ainda tiveram que matar dois seguranças que desconfiaram dos barulhos estranhos e foram verificar o fato, sem chance de reação foram mortos a tiros. O porsche preto corria a 220 Km/h pelas ruas do centro do Rio e ainda por cima ela atropelaram um mendigo bêbado que perambulava por aquelas paragens (morreu na hora), o veículo seguia rumo a Petrópolis. Elas decidiram voltar de carro para o pantanal para não levantar nenhuma suspeita do sequestro. Nesta hora a bêbê dormia tranquilamente, pois Mimico tinha dado um alimento especial a ela que consistia num mix de leite materno com ervas calmantes, então, a criança pegou no sono e após meia hora de cochilo a neném parecia sonhar o sonho dos anjinhos. Mimico parecia ter gostar muito da menina, ela não parava de olha-la e babava o tempo e então curiosa ela falou:

- Amor, qual será o nome dela?

- Sei lá!!! Qualquer um, ela vai morrer mesmo.....

- Ah!! Mas vai morrer sem nome?

- Tanto faz para mim!

- Vou batiza-la de Sthephânia, gostou?

- Lindo, realmente este nome combina com ela e ela tambêm é um bêbê muy lindo, seus olhos azuis são encantadores e eu até estou começando a gostar dela tambêm. Ela é um das crianças mais belas que já conheci e dá dó ter que mata-las, mas fazer o quê?

- Tambêm, você não viu o pais dela? Pessoas belas que infelizmente pagaram o preço do destino e.....

- Não adianta lamentar Mimico, tivemos que faze-lo e pronto, esta menina é o nosso amuleto para se tornarmos as maiores bruxas do mundo.

- Eu sei, mas é realmente necessário mata-la no caldeirão?

- É!!! temos que joga-la no caldeirão com cordão, placenta e tudo mais, fazer o quê? Me dá pena, mas são ossos do ofício e além do mais......

- Alêm do mais o quê?

- Quêm cuidaria desta guria?

- Ora quêm? Eu, é calro!!!!!!

- Não alimente fantasias pseudo-mamãe, você sabe quais são as ordens, então cale-se e vê se dorme que eu vou dirigir à noite toda, pois quero chegar ao pantanal até amanhã de tarde.

Então Mimico abraçou Sthephânia e a fez dormir, a criança parecia um anjinho e a bruxa chorou ao lembrar do triste destino que era reservado a esta linda criança. A noite corria solta, quando um vulto atravessou o caminho do porsche e então o carro de desgovernou e caiu numa ribanceira e tudo enfim se apagou como as trevas noturnas, no fim só o silêncio reinava........(cont)