Minha nova caminhonete

La estava eu andando mais uma vez, com meu primeiro carro, já tinha completado 18 anos e recebi de presente do meu pai Seu Francisco. Uma caminhonete prateada, linda que chegava a dar inveja aos que passavam perto. Andava por todos os cantos, claro esbanjando tamanha felicidade e me achando um pouco, nos finais de semana pegava minhas coisas e fazia trilha. Era extremamente maravilhoso, aquela tração 4x4 parecia fazer andar em ruas normais, e logo no final da tarde dava uma pausa para um lanche e voltava para casa. Fazia isso com certo tipo de freqüência até que um dia quando cheguei em casa a caminhonete estava toda arranhada na parte traseira, mas com arranhões profundos impossível de se fazer com algumas pedras que encontrava nas terras, quando meu pai viu aqueles arranhões ficou uma fera.

-Mais você pode me explicar do que se tratam esses arranhões Augusto?

- Eu não tenho a mínima idéia pai, só sei que apareceram do nada.

- Como do nada? Não faz dois meses que lhe dei o carro e já o vejo neste estado?Deve ter sido aquela trilha que anda fazendo, isso não está fazendo bem para seu carro.

- Mais pai, não tem como algumas pedrinhas e a terra fazerem isso com a caminhonete, essas marcas parecem ter sido feitas por algum animal não sei.

- Que animal o quê, se você continuar a fazer trilha pode começar a guardar dinheiro e comprar outro carro porque com este você não anda mais! Está entendido?

-Mais pai...

-Sem mais Augusto, o que eu disse é ordem.

Certo, meu pai não acreditava em mim, o que restava era falar com minha mãe Teresa para tentar convencê-lo.

-Oi mãe, sou eu Augusto.

-Oi meu filho.

-Acredita que o pai quer me proibir de fazer trilha nos finais de semana?

-Mais tem algum motivo específico?

-A caminhonete de uns tempos pra cá começou a arranhar, mas tenho certeza que não foi de minhas trilhas, pois da penúltima vez que vi, estava intacta, deve ter sido da última vez e olha que não foi o terreno e sim um animal, ou algo do tipo.

-Muito estranho isso, mas seu pai está com razão, alias não faz 2 meses que ele te deu o carro.

Aqueles arranhões eram muito profundos, realmente eu tinha que investigar o caso e tentar achar uma resposta para tal fato ocorrido. No dia seguinte esperei dar o horário da minha trilha e tive que mentir para meu pai e minha mãe dizendo que estava indo na casa de um amigo que não via há meses. Por sorte acreditaram, porque eu não estava indo com as roupas que geralmente vou, estava normal, pois queria apenas investigar o fato. Quando cheguei no lugar, estacionei a caminhonete e fiquei a observar a mata por mais de 2 horas, mas nada encontrei então acabei caindo no sono. Quando acordei pude ouvir muito bem os barulhos de arranhões no carro e logo sai para ver o quê era, mas me arrependi muito ao ver que aquilo não era um animal parecia uma mistura de tigre com presas enormes e águia com asas gigantescas. Voltei correndo para o carro e tranquei a porta, aquele bicho começava a balançar o carro de um lado para o outro me deixando tonto, parecia tentar virar o carro de ponta cabeça, mas antes que tentou acelerei muito forte conseguindo me afastar da fera. Puis o pé na taboa, mas a fera me seguia muito rapidamente voando, volta e meia descia e arranhava mais ainda a lataria do carro, até que certo ponto vi um lago a frente, desacelerei e abri a porta peguei uma pedra enorme que se encontrava ao lado e esperei a fera entrar, assim que entrou coloquei a pedra no acelerador e me movi rapidamente ao banco do passageiro e logo saltei do carro. Seu destino final foi o lago junto com a fera que não existirá mais. Agora volto para casa sã e salvo com um único receio.

-Meu pai vai me matar!

Rafael Fernando Cibi
Enviado por Rafael Fernando Cibi em 03/06/2013
Reeditado em 03/06/2013
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