Sangue nas ruas dtrl

A pequena e agitada cidade de candoza city estava estranhamente quase deserta naquela noite.

Apesar de sua rotina movimentada com seus moradores sempre em seus portões a brincar com seus filhos catarrentos e a ficar fazendo fofoca dos seus vizinhos, hoje isso não acontecia.

A cidade estava completamente deserta e não era por causa do feriado do dia dos namorados (dia 12 de junho que o dito prefeito desta cidade havia proclamado como feriado municipal).

As ruas desertas denunciavam algo de muito estranho no ar.

A rádio dias antes não parava de noticiar sobre um suposto maníaco que costumava atacar, violentar e matar jovens incautos casais de namorados que as noites ficavam nas ruas ou praças a namorar.

Quase ninguém se sentia seguro para sair de suas casas o medo reinava.

Só o Carlos que teimava com sua mãe em sair apesar dos apelos delas.

_Carlos meu filho já são mais de 22h00min da noite porque você não fica em casa e deixa para ir à casa da sua namorada amanhã? Perguntava sua mãe em tom de suplica ao olhar o seu relógio digital que ficava na estante em sua sala ao lado da televisão.

_Deixa de bobagem mãe eu só vou à casa de Juliana levar o presente dos dias namorados que comprei para ela e já já estou de volta.Respondeu o Carlos tentando tranqüilizar a sua mãe.

Dona Mariana olhava seu filho passar pela porta da sala todo faceiro enquanto algo angustiava o seu ser.

_Meu filho, por favor, quando você chegar à casa de Juliana dá uma ligada para eu saber que você chegou bem?Pediu dona Mariana apreensiva.

Antes de fechar a porta atrás de si o Carlos respondeu:

_Poxa a senhora vive preocupada atóa nada vai acontecer comigo, mas eu vou ligar sim!Respondeu o Carlos na tentativa de tranqüilizar sua mãe e foi embora.

Enquanto o Carlos caminhava desatento pelas ruas escuras de seu bairro, sua mãe ouvia apreensiva a noticia que tocava no seu rádio.

_ O porta voz da policia militar tenente Frederico gantz divulgou um comunicado pedindo à população que nesta noite dos dias dos namorados fiquem em suas casas, pois o maníaco mal amado e corno (assim apelidado pelo o populacho) esta a solta nas ruas procurando a sua próxima vitima!Dizia o locutor da rádio Alan de castro.

_O Deus proteja aquele cabeça dura do meu filho!Orava dona Mariana pedindo proteção para seu amado rebento.

Enquanto isso a poucos metros dali o desditoso Carlos caminhava a passos lentos sem imaginar que uma sombra o seguia esgueirando-se entre as latas de lixo e os postes de luz que no momento encontravam-se apagados.

_ Ainda bem que a Juliana mora só há algumas quadras de distancia da minha casa, pois do jeito que estou ansioso para ver a sua cara de surpresa ao abrir o presente que comprei para ela!-Pensava Carlos segurando em suas mão uma caixa de presente bem embrulhada contendo em seu interior uma linda pulseira de ouro dezoito quilates que há tanto tempo poupara para poder comprar.

Nesse instante não muito longe dali em uma modesta mais bem aconchegante casinha duas pessoas conversavam:

_Não, não e não você não vai sair hoje!Ordenava Joel pai de Juliana e naturalmente sogro de Carlos.

_Mas pai o Carlos já ta vindo para cá, eu não posso dizer para ele que o senhor proibiu a minha saída de casa!Dizia Juliana em tom de suplica.

_Isso pouco me importa mocinha você não vai sair e pronto!Disse o Joel tentando colocar um ponto final em toda aquela conversa.

_Droga logo hoje meu pai cismou de não me deixar sair, tudo por causa desse louco idiota que esta a solta!Resmungou a Juliana.

Nesse momento alguém bateu palmas no seu portão.

Juliana com o coração batendo mais que bateria de escola de samba foi correndo até o portão ver quem chamava na esperanças que fosse Carlos seu namorado.

_Meu amor que saudades, trouxe um presente para você!Disse Carlos em um tom romântico.

_Não precisava meu amor!Respondeu Juliana mentindo é claro.

Algo que escondia em meio às sombras e observava o jovem casal de “pombinhos” Se deliciava pensando:

_Oba hoje a caçada vai ser boa, Venham crianças vamos passear para o titio poder brincar com vocês!Divertia-se o monstro com esse pensamento.

_Vamos meu amor dar umas voltas pela praça? Perguntou Carlos.

_Não sei não papai me proibiu de sair!Respondeu Juliana.

_Ah vamos lá ele não ele vai nem saber que você saiu, e outra coisa a praça e logo aqui perto nada de ruim pode nos acontecer!Disse Carlos.

E assim os dois resolveram ir caminhando até a praça, enamorados como eram foram trocando caricias e beijos apaixonados sem perceber que seu algoz perseguidor os acompanhava bem de perto.

A caminhada até a praça foi tranqüila apesar de a rua estar deserta e escura e a praça também estava deserta e a iluminação era bem precária, cenário perfeito para um casal namorar, ou um maníaco cometer qualquer atrocidade sem ser visto.

Ao chegar a seu destino os dois escolheram um banco mais afastado para sentarem, ele ficava embaixo de um pé de amendoeira frondoso, que evitava qualquer tipo iluminação naquele canto.

Enquanto os dois perdiam-se do mundo entregues a um beijo ardente algo se movia ligeiro em sua direção.

Os seus olhos eram vermelho igual a sangue sua pele negra o camuflava no escuro da noite.

Na mão direita ele trazia o seu velho mais afiado facão companheiro de meses na empreitada de esquartejar vitima indefesas.

O seu pensamento era rápido como a sua respiração o olhar fixo em suas presas, o deixava bem excitado.

Carlos não teve tempo de ver o brilho do facão que estava erguido no ar, e nem de sentir o frio aço que em um só golpe separou a cabeça de seu corpo.

_Agora, meu bem que estamos finalmente sozinhos que tal um beijinho?Perguntou o maníaco aproximando sua boca fedorenta sem dentes dos finos lábios de Juliana.

Antes que ela pudesse ter qualquer reação o velho facão atravessou seu coração deixando seu corpo sem vida caído sobre o banco da praça.

E o velho maníaco depois de abusar do corpo da jovem falecida desapareceu na escuridão da noite deixando para trás mais uma de suas “obras”.

Feliz dia dos namorados a todos!

Um abraço Sidney Muniz

Antonio C B Filho
Enviado por Antonio C B Filho em 17/06/2013
Reeditado em 20/06/2013
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