MASSACRE EM PETROPÓLIS

Essa e mais uma historia de terror produzida pelo Antonio motoboy e seu sobrinho João Pedro.

A cidade estava terrivelmente deserta, nem uma viva alma atrevia-se a colocar os seus pés na rua, apesar de não passar das dez horas da manhã.

Nem o pequeno colégio municipal Pedro João estava tendo aula os alunos haviam sido dispensados de seus respectivos compromisso escolares.

Os hospitais também se encontravam no mais completo abandono, o que dias antes era um movimentado hospital estadual com sua emergência abarrotada de gente em busca de atendimento para os seus males, agora não passava de enorme e mal conservado mausoléu.

A pequena cidade de Petrópolis estava completamente desabitada.

A rádio local não parava de tocar uma velha canção chamada Eu não sou cachorro não, do famoso cantor Val dique Soriano.

Enquanto isso numa cidade não muito longe dali...

Roberto não parava de falar com os seus colegas do escritório de contabilidade onde ele trabalhava sobre o bendito final de semana maravilhoso que ele teria com sua namorada, na cidade serrana de Petrópolis.

_Graças a deus hoje é sexta feira, não vejo a hora de chegar ao fim do expediente!Dizia Roberto em uma conversa informal com seu colega de trabalho Carlos.

Carlos apesar de ser uma boa pessoa, tinha um pequeno defeito era um tipo completamente pessimista.

_Olha só cara se eu fosse não ficaria nessa empolgação toda não!Disse o Carlos tentando destilar sua dose diária de pessimismo como sempre fazia.

¬¬_Porque você disse isso cara?Perguntou Roberto tentando entender o porquê de o Carlos ser sempre tão negativo em tudo.

_Ah, sei lá, alguma coisa de ruim pode sempre acontecer, e além do mais e sempre bom agente estar preparado para o pior!Disse o Carlos em um tom jocoso enquanto saboreava uma enorme xícara de café de sua garrafa térmica que ele sempre trazia de sua casa para saborear em qualquer intervalo que tivesse no serviço.

¬_Cara você tem que ser tão pessimista?Perguntou Roberto já sabendo a resposta do seu amigo adiposo.

_Eu não sou pessimista, apenas vejo as coisas de maneira pratica e realista!Disse o Carlos enquanto tentava limpar o café que desastradamente havia deixado entornar na própria gravata.

_Tudo bem cara, seja como for!Disse Roberto tentando se livrar daquela ave de agoura careca e gorda enquanto voltava aos seus afazeres, doido para que o expediente chegasse logo ao fim.

Enquanto isso não muito longe dali...

Juliana uma garota alta com os cabelos longos corpo definido por muita malhação olhava para o relógio que ficava na parede da cozinha.

_Meu Deus como à hora ta custando a passar hoje, Já preparei as malas, fiz as compras e aluguei uns filmes para assistir no final de semana, e ainda são só quatro horas da tarde!Pensava Juliana enquanto esperava Roberto chegar do trabalho para irem para tão sonhada viagem a Petrópolis.

Há semanas os dois vinham planejando esse tão sonhado final de semana.

O Roberto havia alugado um pequeno chalé afastado do centro da cidade e agora a Juliana não via à hora de seu amado chegar para juntos partirem pro seu ninho serrano de amor.

Enquanto Juliana estava perdida em seus devaneios esperando ansiosa pela volta do seu amado...

Roberto regressava do seu trabalho até o seu pequeno e suburbano apartamento.

_O dia foi cansativo, mas finalmente vou ter o meu tão sonhado fim de semana!Pensava o Roberto Enquanto dirigia o seu velho Fiat modelo 147, ano de fabricação 1976 em direção ao seu apartamento.

Enquanto aquele homem de porte atlético com seus noventas quilos de puro músculo e seus quase dois metros de altura ia sendo chacoalhado dentro daquela lata de sardinha que ele carinhosamente chamava de carro, sua amada já o esperava de malas prontas na porta do “aperta mento” onde eles moravam (Pessoal eu disse aperta mento, pois o apartamento onde eles moravam era tão pequeno, mas tão pequeno que era impossível não se esbarrarem o tempo todo).

Como que por magia o transito que apesar de ser sempre caótico naquela parte da cidade, hoje estava tranqüilo com poucos carros na rua e sem nenhum engarrafamento, por isso o seu regresso para o seu sagro lar foi tranqüilo e de certo modo bem rápido.

_Juju meu amor, ainda bem que você está aqui na porta do nosso apê. Disse o esbaforido Roberto por ter subido cinco andares de escada (E que para o azar de nosso camarada Roberto além dele morar no quinto andar o seu prédio era muito, muito antigo e não tinha elevador).

_Mas Beto meu amor por que você disse isto?-Perguntou Juliana fingindo não saber a resposta.

_Você está me perguntando por que eu disse isto, parece até que você não sabe a resposta, e por causa daquele maldito guarda de transito que fica de plantão na portaria do nosso prédio e toda vez que eu paro em fila dupla ele me aplica uma multa, eu já ganhei umas quatro dele só nesta semana!-disse Roberto enquanto conduzia a Juliana arrastada pelo braço escada abaixo.

_Calma Beto meu amor assim você me machuca!Dizia a juju enquanto era “carinhosamente” empurrada para dentro do Fiat do Roberto com mala e tudo.

_Calma nada minha filha, quero sair daqui o mais rápido possível senão vem aquele mala do guarda e...!O coitado nem teve tempo de terminar a sua frase, mal ele olhou pelo espelho retrovisor para dar a marcha ré em seu veiculo e viu um maldito e asqueroso anão com mal fadado palmtop na mão.

_Amaldiçoado, guarda idiota hoje você conseguiu me multar, mas, um dia eu ainda me vingo!Pensava o Roberto enquanto saía em disparada com seu veiculo remoendo um ódio insuportável por ter sido multado mais uma vez pelo mesmo guarda cretino.

E enquanto o guarda olhava perdido em seus pensamentos o carro sumir no horizonte;

_Te peguei de novo seu otário!Pensava o vitorioso guarda enquanto rumava para fazer as suas rondas pelas ruas do bairro.

A viagem Transcorria de forma normal, o carro sacolejando bastante toda vez que passava por um buraco na pista, até eles chegarem ao pé serra ali o negocio começou a ficar estranho.

_Beto que barulho estranho é esse que está vindo do motor!Perguntava Juliana ao Roberto enquanto o carro subia de maneira penosa a íngreme serra de Petrópolis.

_Não é nada demais não, são só uns barulhos típico de carro velho, até parece que você não está acostumada com isso!Respondia Roberto pensando se seu velho Fiat de cor prata desbotado, lataria cheia de buracos de ferrugens e com o motor queimando óleo agüentaria chegar ao fim daquela jornada.

O caminho que era sempre movimentado por carros, caminhos e outras coisas do gênero trafegando para a cidade de Petrópolis hoje estava deserto e isso de certa maneira estava começando a incomodar ao Roberto.

Ele ficava tamborilando com os dedos no volante, gesto que só fazia quando estava nervoso ou preocupado. Juliana percebendo isso resolveu perguntar ao Roberto o que estava o incomodando.

_Não tem nada me aborrecendo, isso é maluquice da sua cabeça!Respondia o Roberto tentando tranqüilizar a sua namorada.

Quando eles estavam quase chegando à cidade Roberto notou algo incomum.

O velho rádio de AM de seu carro que a muito não funcionava começou a tocar uma canção muito peculiar.

Na mesma hora a Juliana muito assustada agarrou o braço de Roberto quase o fazendo perder o controle do veiculo.

Com muito esforço ele conseguiu livrar-se das mãos fortes de Juliana e com uma força sobre humana conseguiu retomar o controle de seu veiculo.

_ Ficou louca mulher?Perguntou Roberto depois de ter conseguido controlar seu velho Fiat.

_Não posso crer que você não escutou isso!Dizia a Juliana referindo-se ao fato do radio ter começado a funcionar sozinho.

_Você está falando sobre o mau contato do radio?Perguntou o Roberto fingindo não estar apavorado.

_Não venha me dizer que não há algo de estranho no ar!

_Que tudo está normal, que aquela merda de rádio que há muito tempo estava quebrado voltou a funcionar tocando esta musica cafona só por causa de um mau contato!Dizia Juliana aos berros já desesperada.

_Calma meu amor isso não é nada demais!Dizia Roberto enquanto guiava o seu carro por uma estrada tortuosa cercada por bosques em direção ao charmoso chalé que eles haviam alugado.

_É meu bem, você está certo!Disse Juliana agora mais calma.

_Olha amor já chegamos!Disse Roberto ao vislumbrar o antigo portão de ferro com flores trabalhadas em cobre e com pontas que mais pareciam lanças medievais apontando para o céu.

O Roberto estacionou saiu do carro e com um mole de chaves a mão foi abrir o portão.

_Veja mulher como é lindo!Disse Roberto apontando para um extenso canteiro de rosas vermelhas.

_É você tem toda razão!Respondia Juliana enquanto caminhava em sua direção.

Ela olhava admirada:

_Meu deus como são belas, parecem que foram pintadas, as cores são tão vivas!Pensava Juliana enquanto examinava uma rosa na mão.

Enquanto Juliana estava encantada olhando o roseiral, Roberto seguia a larga alameda em seu velho Fiat até o pátio que ficava próximo a entrada principal do chalé, a fim de estacionar seu veiculo.

E no meio do bosque que ficava enfrente ao portão principal uns pares de olhos vermelhos observavam atento o Roberto descer do carro e chamar a Juliana para conhecer o interior do chalé.

Os últimos raios de sol davam um tom amarelado no horizonte, e isso aumentava ainda mais a beleza daquele lugar para Juliana.

_Juliana anda logo vem conhecer a casa por dentro!Disse Roberto tirando a daquele transe contemplativo que se encontrava.

A casa apesar de simples era bem aconchegante não havia televisão muito menos internet mais tinha uma bela lareira com um belo tapete de pele de urso estendido na frente. E Juliana simplesmente adorou aquele ambiente. Ali parecia o paraíso tanto a juju como o Beto estava encantado com aquele lugar mágico (ou melhor, dizendo amaldiçoado).

Mas enquanto o casal de pombinhos estava distraído conhecendo o restante da casa algo se movia ligeiro em direção do jardim.

Algo feito de pura maldade com seus olhos vermelho como o fogo e que sempre andava em bandos a procura de pessoas incautas para Leva-las a destruição.

CONTINUA CONTINUA

DESCULPA PESSOAL MAS COMO O CONTO FICOU MUITO GRANDE TIVE QUE DIVIDI-LO EM DUAS PARTES

Antonio C B Filho
Enviado por Antonio C B Filho em 25/07/2013
Reeditado em 27/07/2013
Código do texto: T4404100
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