Criaturas assassinas

7:10 h daquela manhã de quarta feira.

Antes de dizer bom dia a chefe asquerosa entrou gritado para abrirem as janelas.

-Está muito abafado. Dizia ela.

Abafado para ela e seu corpo obeso.

Alguns funcionários estavam usando blusas ainda. Abafado, pois sim.

Apesar do ódio contido e represado, ele abriu a janela de sua sala, sem nem mesmo olhar para ela.

A claridade o incomodava, e a raiva se acumulando em seu âmago, estava no limite.

O dia se arrastou como uma minhoca no asflato quente.

À tarde, bateu seu cartão. Dirigiu-se ao ponto do ônibus. Alguns minutos depois o ônibus etacionou e ele entrou.

Encontrou um lugar vago ao lado de homem magro, alto usando um terno preto e óculos escuros.

Seu rosto ossudo e seus lábios finos não deixavam definir sua idade.

Mas aparentava ter mais do que realmente tinha.

O ônibus partiu e pessoas foram subindo...

- Você tem ódi e quer matá-la. Acertei?

Disse o homem de terno preto.

- Que diise?

- Exatamente o que você ouviu. - O homem respondeu mantendo o olhar fixo olhando para o nada.

- Não sei do que você está falando.

- Sim, você sabe. Aceite seu destino. Você é uma criatura assassina. Está dentro de você! - O homem de terno preto afirmou.

- Não, nem sei quem é você.

Deu o sinal d eparada.

Já na calçada, notou que o homem de terno preto também havia descido e o acompanhava.

E disse:

- Posso te ajudar a aceitar as coisas como são. E a fazer o que tem de ser feito.

- Afinal quem é você? Como sabe meus desejos?

O homem deu um sorriso frio.

- Porque você acha que o sol te incomoda?

Porque sonha com tantoas assassinatos?

Pessoas morrendo. Gritando.

Porque não se lembra de seu passado?

Você é um dos nossos. Somos criaturas assassinas. Vivemos para isso. Aceite.

Você já fez isso em outraos locais e tem fugido o tempo todo. E vai ser assim sempre.

De repente soemnte os dois estavamna rua, tudo começou a girar e visões preencheram sua mente.

Viu todos seus crimes em tempos passados. Morte. Ódio. Dor.

Lembrou de sua chefe. E quando voltou a si estava em seu quarto.

Dormiu o sono dos justos. Aceitou sua maldição. Agora sabia o que ele era.

6:50 h

Apenas ele estava em sua sala . A chefe subiu, sem bom dia como sempre.

- Abra as janelas. está abafado aqui. Ela disse.

- Venha abrir. Ele retrucou com a cabeça baixa.

- Como disse?

- Isso mesmo que você ouviu. Venha abrir você mesma.

E levantou seu olhar para ela. Seus olhos estavam vermelho, e seus dentes afiados e unhas como garras estavam visíveis.

Ela arregalou os olhos apavorada e deu dois passos para trás.

Ele saltou sobre ela, cravando unhas e dentes. Rasgando sua carne como se fosse uma roupa velha.

O cheiro do sangue inundando a sala. Os olhos arregalados de pavor e dor.

Menos de 5 minutos e estava feito. Saltou pela janela, quebrando os vidros e sumindo em meio ao trãnsito.

A polícia foi acionada quando outros funcionários chegaram.

Ninguém soub explicar.

O caso foi arquivado por falta de pistas e provas.

Longe dali ele tomava um ônibus. O homem de terno preto estava sentado, esperando-o.

- Bom trabalho! Bom trabalho !

O ônibus partiu.

Ele retribuiu com um sorriso de satisfação.

Uma criatura assasssina. Mais uma no meio da multidão.

Paulo Sutto
Enviado por Paulo Sutto em 11/09/2013
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