Naquela manhã de sábado, eles esperaram uma distração dos pais e embrenharam na mata. Estavam proibidos de adentrar naquela região por se tratar de um local muito isolado e de vegetação cerrada. A proibição despertou nas crianças o forte desejo de explorarem o lugar e munidos de água e biscoitos, decidiram que a manhã estava propicia para o desbravamento.                                      Caminharam durante várias horas se esquivando de galhos e cipós. Coçando e reclamando da picada de insetos. Discutindo entre eles sobre como encontrar o caminho de volta, até que depararam com uma espécie de casebre feito de madeira e papelão. O mais novo do grupo tossia fortemente, e isso atraiu a atenção do morador. Um homem albino, alto e muito magro trajando um macacão preto rasgado. Os garotos perguntaram qual era o caminho mais perto para a vila. O sujeito sorriu com os dentes amarelados, prometeu ensinar o caminho, e os convidou a entrar para descansarem um pouco. Meio ressabiados os meninos entraram. O lugar era pequeno, úmido e muito sujo. Não havia cadeiras, apenas um velho colchão em um canto. O estranho os mandou sentar enquanto lhes faria um suco. Mesmo enojados eles estavam sedentos, e beberam de uma vez o líquido de cor indefinida. Segundos depois estavam adormecidos. Um dos garotos despertou minutos depois sentindo fortes dores. Percebeu que não estava mais dentro do casebre, e sim a beira de um riacho. O estranho amolava uma faca ritmicamente e assobiava alto uma canção de ninar. Ao escutar os gemidos se aproximou prendendo o menino no chão, e lhe esfaqueou certeiramente o coração.                       O segundo garoto também despertou de forma dolorosa. Estava amarrado pelos pés e mãos pendurado de cabeça para baixo em uma árvore média. Seus gritos de dor ecoaram á distancia quando o individuo jogou gasolina em seu corpo e ateou fogo, gargalhando insanamente.                                                             Os outros dois garotos acordaram ao mesmo tempo, dentro do casebre imundo ouvindo os urros de dor do lado de fora. Trêmulos de medo eles viram o companheiro ser queimado vivo.    Ainda sobre o efeito do sedativo eles correram para se afastar do monstro que os vira e munido de uma foice passou a perseguí-los. Um menino estava tão apavorado que não percebeu que corria em círculo, e logo teve a cabeça decepada á foiçada. Correndo e    Gritando desesperado o último menino se chocou com o pai que entrara na mata para procurá-lo .Entre soluços a criança narrou a morte dos companheiros e pediu desculpas por ter desobedecido. Com carinho o pai o abraçou consolando e nem chegou a sentir o golpe de foice que abriu sua cabeça ao meio. O garoto então encarou chorando o assassino e implorou para não morrer. O estranho balançou a cabeça como se não entendesse o que estava acontecendo, pegou o menino pela mão e o conduziu até a entrada da cidade. Em seguida retornou a mata. Passado o choque o garoto sobrevivente foi levado pela mãe á policia e lá ele contou sobre os assassinatos. Os policiais entraram no bosque acharam os corpos, mas não encontraram o monstro albino e nem sinal de sua fétida moradia.