O demônio da sala 2

- Doutor Alfredo, pode examinar este paciente na sala dois, parece que ele teve algum pesadelo durante a noite e começou a dizer palavras estranhas. Não entendi muito bem o que se passava, mas quando adentrei na sala, as vozes se cessaram.

- Deve ser o efeito dos remédios enfermeira Cintia, o dia todo não disse uma só palavra, às vezes temos alguns casos semelhantes a este. Irei verificar.

As horas se passaram. Doutor Alfredo entrou na sala para examinar o paciente de nome Leopoldo e não notou nada de diferente, entretanto, mal ele sabia que, aquele paciente estava tomado pelas forças do mal, e através de seus pesadelos medonhos, conversava com aquele de baixo que lhe dava conselhos e preparava o demônio para o ataque. A nessa altura, tudo já se encaminhava para uma grande destruição.

- Vamos ver como esta seu batimento.

O batimento começava a subir de uma maneira exuberante, o que deixou o Doutor preocupado.

- O que esta acontecendo?

O demônio arranca os aparelhos que sustentavam seu corpo e morde o pescoço do homem bem sucedido fazendo jorrar sangue em toda sala. Logo após, se transforma em uma criatura medonha, de mais de 3 metros e o devora por completo. No dia seguinte a enfermeira Cinta chegou a sala para trazer o café da manhã à Leopoldo, e não notou Alfredo.

- Que estranho, o doutor disse-me que iria passar a noite aqui com o paciente, mas parece que se foi antes da hora.

O paciente em um descuido solta um arroto, e o dedo de Alfredo cai no chão.

- Ma, mas que diabos é isso?

- Sem chance, a pobre Cintia mal terminou de dizer e o demônio a engoliu por completo soltando outro arroto barulhento após alguns instantes.

Dois meses se passaram.

- Olá Enfermeira Lúcia, deve estar muito contente com seu novo emprego.

- Não vejo a hora de por as mãos na massa.

- Que bom, depois que o Doutor Alfredo e a enfermeira Cintia desaparecerão sem deixar rastros tudo esta diferente por aqui, várias pessoas pedirão demissão e nem se quer voltaram para acertar o pagamento.

- Que coisa estranha!

- Pois é, mas vamos começar. Vou viajar esta noite e preciso que cuide de um paciente neste período.

- Pode deixar as ordens.

- Muito bem, o nome dele é Leopoldo.

Rafael Fernando Cibi
Enviado por Rafael Fernando Cibi em 22/11/2013
Reeditado em 22/11/2013
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