O crítico literário – O livro maldito

Ele acordou, esticou os braços e estralou os ossos. Fritou os ovos o bacon e colocou-se a ler o jornal de todas as manhãs. Na manchete: escritor Steven Queen, em início de carreira foi encontrado morto em uma caçamba. Engoliu a saliva, sentindo-a escorrer pela sua garganta. Lembrou-se do rapaz franzino e extremamente tímido, e o seu calhamaço de folhas nas mãos trêmulas. Ele havia avaliado os escritos sem muito entusiasmo, afinal, a experiência lhe dizia, autor tímido não vende, mesmo que possua talento. De fato, o rapaz revelava uma certa destreza incomum para o ofício, mas os excessos de adjetivismos e rebuscamento tornavam a leitura intragável para um leitor despreparado, enfim, não era adequado ao mercado editorial.

Folheou novamente o jornal, e lá estava a face do jovem rapaz em preto e branco, como um foto em uma lápide. Aqueles olhos negros e profundos, o rosto anguloso demais e magro, era simpático, mas a expressão de estar agonizando pelo fato de estar vivo, lhe forneciam uma certa morbidez. Fitando os olhos do falecido, pode sentir um frio lhe percorrer o corpo como uma corrente elétrica. Como se aqueles olhos impressos no noticiário o estivessem observando e cobrando algo de sua própria consciência.

Lhe veio a memória o primeiro dia em que o viu, entrou em seu escritório um pouco esbaforido, ajeitou os óculos e os cabelos muito lisos grudados no suor de sua testa, estava visivelmente tenso e nervoso. Observou o terno surrado marrom que usava, três números maior que ele, provavelmente emprestado de algum defunto pré-morto. A figura estranha saída diretamente de um filme de Hitchcock, era o próprio Norman Bates, dez anos mais novo diante dele.

Apresentou-se gaguejadamente e desviava os olhos nervosos a todo momento. ´´ o crítico literário`` conhecido como o devorador de sonhos, apenas o observava em um paciente silêncio. Olhou para o relógio, era a última entrevista agendada do dia, depois dos insistentes telefonemas e pedidos do rapaz, decidiu dar-lhe uma chance. Estava ansioso para o fim do dia, chegaria a sua humilde casa, depois de enfrentar o trânsito infernal da grande São Paulo. Tomaria uma ducha, e assistiria um documentário no history channel, com uma boa dose de Chivas no copo. No entanto, estava ali com aquele rapaz parvo, que lhe havia tomado trinta minutos de sua preciosa vida.

Folheou as primeiras folhas do calhamaço encardido, e crispou a face, ajeitou os óculos para aparentar um possível interesse. Parou subitamente, e retirou os óculos em uma expressão descontente.

- Sinto muito, isso não vende – recebeu o olhar triste do rapaz – se quiser editar, procure uma editora independente.

O rapaz permaneceu estático, como se fosse tomado por um choque abrupto. Em seus pensamentos, podia contabilizar os dias de pesquisa e produção, as noites em claro a reescrever pela milésima vez em busca de sua utópica perfeição. Aquele sonho havia lhe custado quinze meses de sua vida, e fora destruída em apenas alguns minutos.

- Mas por favor, leia com mais calma, são apenas os capítulos iniciais, quem sabe não é algo rentável? – insistiu o rapaz em um tom de apelo.

O crítico moveu-se em sua cadeira desconfortávelmente, colocou o corpo a frente de sua mesa e cruzou os dedos, suspirou, pois não era a primeira vez que virá esta mesma cena. Eram anos de profissão, mais de sessenta livros editados de autores surpreendentes, eram dois casamentos, sem filhos, e dois divórcios, parecia bem experiente no assunto.

- Como eu disse sinto muito, mas não podemos arriscar nossos investimentos em algo que tenho certeza que não irá vender, seus exemplares ficaram presos nas prateleiras juntando pó, creio eu.

- É a minha vida, minha vida está neste livro, você não pode me descartar assim!

- Já vi muitas histórias como a sua, vá pra casa rapaz...não há profundidade, é oco, e os adjetivos, manere neles....

O rapaz engoliu aquele sapo viscoso, empurrando com o dedo garganta abaixo, junto com seu auto respeito e dignidade. Retirou-se desolado, era a sua última opção de editora, famosa por editar livros improváveis, para leitores prováveis. Mas era isso, o crítico havia dado seu veredito, reuniu os caquinhos miúdos do seus sonhos e partiu.

Sua consciência lhe dizia: deveria ter escutado meu pai alcoolizado, afinal, a bebida cria grandes filósofos, dizem que boa parte do que falamos bêbados foi pensando sóbrio. Meu pai dono de verdades filosóficas embriagadas – sorriu – ele sempre diz, ser autor nesse país de bosta é morrer de fome, quem lê neste país?, poucos... eu lhe digo garoto, arrume um emprego e pare de viver as minhas custas! – sua mãe, uma pobre mulher de aparência sempre cansada, intervia em sua defesa e lhe dizia – você tem talento filho, não dê ouvidos ao seu pai, ele é um homem frustrado, vá em busca dos seus sonhos, não desista! – mesmo com as palavras de apoio de sua mãe ecoando em sua mente, não eram suficientes para apartar o amargor de mais um ´´não``.

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Dezenove ligações. Vinte e-mails. Algumas tentativas frustradas de um novo agendamento, perseguições a secretária. Steven Queen, poderia ser um rapaz extremamente persistente e um pouco obsessivo. Enviou seus escritos reescritos pele enésima vez, e a resposta fora sempre a mesma, não. Descobriu o endereço do crítico e lhe enviou junto a uma cesta cheia de flores uma cópia, que fora imediatamente descartada junto as flores.

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Reescrever os períodos incessantemente tornou-se sua maior obsessão. Pilhas e mais pilhas de capítulos descartados acumulavam-se na sua escrivaninha. Papéis rabiscados, esquemas recriados, tudo meticulosamente orquestrado por suas palavras obsessivas. Tornar seus escritos rentáveis eram muito mais do que um simples ofício, eram a reconquista de sua dignidade. Quando finalizou o último capítulo, finalmente aquele parto complicado havia terminado. Sentiu como se todos os seus neurônios estivessem falecido devido aquele esforço sobre-humano, mas no final releu-o, e pela primeira vez gostou de ter escrito aquelas palavras tão brilhantes. Estava finalmente pronto, sua cria respirava e emanava poesia, podia sentir seu próprio coração pulsar no papel, como se tivesse-o arrancado de seu corpo e impresso. Era sua mais bela criação, respirou aliviado e sorriu, como Dr. Frankstein sorriu para sua criação, afinal, estava vivo.

Andou pelas ruas a sua procura, ligou diversas vezes no escritório, mas recebeu apenas respostas evasivas. Esperou, esperou até o sol se pôr, esperou até o fim do expediente. Já era noite quando viu o homem atravessar a rua em direção ao carro, e o seguiu, era sua última chance.

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Tirou as chaves do bolso e acionou o alarme do carro, olhou ao redor não havia mais ninguém naquele área, sentiu-se até um pouco solitário. Era o segundo dia que iria para casa um pouco mais tarde, pois estava cuidando de um autor carioca em início de carreira, talentoso e simpático, e naquele dia havia fechado contrato para três volumes de seu universo fantasticamente rico.

Entrou no carro, e antes de fechar a porta, lá estava ele, Steve Queen, nas sombras da noite, segurando a porta com as mãos, olhando o crítico literário intensamente. Quando ele iria desistir perguntou a si mesmo.

- Você precisa ver meus escritos, deixo recados, mensagens, cartas, cópias e nenhuma resposta, você precisa ler! Ele está perfeito, ele vive!

Notou o olhar alucinado do rapaz, e sentiu medo.

- Olha garoto, aquela foi a minha resposta... – afastou a mão direta, e a levou até o fundo do casaco. Estava disposto a usá-la, mas apenas para sua proteção, sentiu o aço frio nas mãos. Iria ter de proteger-se se o rapaz tenta-se feri-lo – não insista, vá para casa!

O rapaz o pegou pelo colarinho, elevando-o, puxando o pobre homem para fora, empurrando-o contra o próprio carro.

- Você tem que ler, ele...ele está simplesmente perfeito!...

Mas um som de estouro, assustou ambos. Os olhos arregalados do rapaz, guiaram-se até o seu peito de onde uma linha grossa púrpura escorria por entre sua blusa de moletom. O corpo tombou, sem vida diante de seus pés. Sentiu o peso do aço em suas mãos, e sua temperatura, observou os olhos do rapaz, penetrantes, negros e brilhantes olhando diretamente para ele. O sangue escorreu manchando as folhas de seu último escrito. Olhou para caçamba do outro lado da rua, não havia movimento, ou alma viva que pudesse testemunhar o senhor de meia idade arrastar um corpo e depositá-lo em sua derradeira sepultura. Agradeceu por portar uma arma não registrada, daria fim a ela também. Ninguém, ninguém poderia saber, pois assim, sua carreira estaria arruinada.

Aquela noite dormiria com a consciência amarga.

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- Eu preciso...eu preciso...- uma voz rouca sussurrava – perfeição... escrever mais, escrever mais...- dizia a voz ofegante.

Os cabelos negros escorriam por entre a tez muito branca, morbidamente branca. Os olhos eram duas covas rasas, nas quais os olhos muitos negros moviam-se freneticamente. Os dedos finos como tiras de marfim, trêmulos e indecisos, moviam a pena no papel em busca das palavras perfeitas. Em uma súbita explosão de raiva, arrancava as folhas e as rasgava, formando uma pilha de papéis aos seus pés.

A figura mórbida curvou-se sobre seus escritos, afundando a pena sobre o papel, os dedos já sangravam devido a cólera do escritor – eu preciso, preciso provar...mais profundo, da alma! – dizia a si mesmo incessantemente em uma voz rouca e pausada, uma saliva louca escorria por entre os seus lábios. Os olhos vidrados buscavam a perfeição mesmo que isso lhe custasse a própria sanidade, seus dedos moviam-se velozmente apesar das feridas abertas, feitas pela fricção constante da caneta em suas mãos. Ele não poderia suportar mais aquele maldito ofício, mas era o seu dever e sua terrível maldição.

- Não! Não! Não é isso... – um grito explodiu em sua boca – ele precisa ser editado, precisa! – levou as mãos sujas de sangue a cabeça, esfregado os cabelos de forma louca. Seus olhos ficaram vermelhos e ardentes devido ao esforço da escrita, parou subitamente, e observou suas mãos pausadamente, admirando com horror as feridas em suas palmas, com os dedos secou as lágrimas dos olhos ardentes, duas esferas quentes e arenosas em seu crânio.

- Preciso ver os olhos da alma, aquilo que ninguém mais consegue ver... – sussurrou.

Os dedos finos guiaram até seus globos oculares, penetrando em sua úmida e macia superfície. A face crispou-se em um grito de dor terrível, enquanto as mãos como possuídas de vontade própria, forçavam seus músculos esguios contra a cavidade óssea. Um suco vermelho e quente escorreu por entre seus dedos, uma explosão rubra cobria o rosto do escritor. Em suas mãos jazia os fragmentos de seus próprios olhos, reduzidos a uma matéria morta e extremamente brilhante.

- Mais profundo, para você, em sua própria pele... – a voz sussurrou roucamente, mas desta vez, suas palavras pareciam direcionadas a alguém. Ele apenas sorriu.

Despertou abruptamente, com o coração tamborilando em seus ouvidos. Olhou para o relógio, ainda eram apenas três da madrugada, mas pareciam uma eternidade em seus pesadelos. Ainda podia lembrar da face medonha do rapaz em seu sonho. Levantou e olhou pela janela, a rua estava deserta, mas podia jurar que alguém o observava no outro lado do rua, escondido entre as sombras. Teve medo de dormir novamente, porque ao fechar os olhos o rapaz estaria lá, esperando por ele.

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Pela manhã, estava exausto pois não conseguira fechar os olhos. Havia assistido alguns documentários na tv, se alguém lhe perguntasse quem fosse Ragnar Lodbrock, ele com certeza saberia todos os detalhes do herói nórdico. Apesar do alimento intelectual noturno, sentia-se extremamente cansado, e qualquer um que o olha-se poderia perceber isso. Andou pelo escritório com a sensação de que muitos já haviam percebido, sua secretaria lhe trouxe o café.

- O senhor está bem, parece bem cansado?

- Não dormi muito bem essa noite... – ligou o notebook e revisou sua agenda do dia.

- O senhor precisa ver isso nos seus olhos, pode ser contagioso – observou ela.

´´ meus olhos, o que há de errado com eles?`` olhou para o espelho, e viu que seus olhos estavam da cor do sangue intenso, a íris extremamente azul lhe parecia boiar em uma piscina de sangue puro. Assustou-se e afastou a pálpebra inferior para avaliar a extensão dos dados, e lá estava escrito, unidos em minúsculos vasos sanguíneos, a palavra, morte.

Pegou seu paletó e saiu do escritório, precisaria consultar um médico imediatamente.

- O senhor está com uma conjuntivite bacteriana, não há riscos de contaminação, mas sugiro que fique de repouso... – disse o doutor, enquanto escrevia o receituário com sua letra indecifrável.

- Mas... havia algo mais, como se estivesse escrito nos meus olhos... – observou.

O médico levanto os olhos por cima dos óculos, com aquela expressão de ´´ do que diabos ele está falando?`` - o senhor andou bebendo ou consumindo drogas?

- Não... – sentia-se completamente ridículo e decidiu não insistir no assunto, poderia ser apenas sua mente lhe pregando peças.

Chegou em casa e um pacote pardo amarrado com barbante lhe aguardava na porta. Pegou-o e entrou largando o casaco sobre o sofá e deixando pacote sobre a mesa da cozinha. Provavelmente iria abri-lo mais tarde, pois teria alguns dias de folga. Curioso abriu o pacote rompendo o embrulho feito. Levou a mãos a boca, estarrecido, o escritos do rapaz tingidos de sangue enegrecido estavam diante dele. Enfurecido, imaginou tratar-se de uma brincadeira de mal gosto, ou a culpa já começava a lhe cobrar a memória. Jogou-o no lixo, assim como havia feito com o rapaz na noite anterior.

Decidiu que tomar um banho o deixaria mais relaxado, tomaria um calmante de dormiria um pouco. Deitou em sua cama, e logo estava adormecido.

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Vestiu seu melhor terno, iria a um sepultamento. Poucos ali estavam; uma mãe chorosa de face cansada com olheiras que escorriam até os lábios. O pai, com sua expressão dura e sofrida, apesar da aparente inexpressão, a tristeza lhe emanava pelos olhos. O padre faz sua prece. Tudo parece muito vazio e simples. Uma cova aberta aguardava o caixão barato. Observou o caixão descer a sepultura, e ouviu os soluços nervosos da mãe.

Adiantou-se para jogar uma rosa sob o caixão, quando notou uma tinta negra escorrer por entre as fendas da madeira. Observou-a com curiosidade pois a mesma subia em pequenos filetes buscando a superfície da terra úmida. Afastou os pés calçados em um Louis Vuitoon, e observou a coisa negra esgueira-se na terra. Parecia estar farejando algo.

Sentiu os pés presos, finas tiras negras estavam enroladas em seus tornozelos. Sentiu um solavanco e foi direto em um tombo seco ao chão. Enquanto era arrastado para a sepultura, rasgou a terra com os dedos, levado um pouco de grama nas mãos. Gritou o quanto seus pulmões permitiram e ainda viu de relance os pais apenas o observando com olhos culposos.

Percebeu que algo estava a arranhar sua pele. Um bisturi brilhante penetrava a superfície de sua pele branca. A ardência o atordoava.

- Irei escrever em sua própria pele, você será meu mais amado e perfeito trabalho – dizia a voz rouca, mas estranhamente calma. Suas costas estavam feridas, podia sentir o cheiro de sangue fresco e as linhas finas que escorriam por entre seu dorso.

- O que você quer? – perguntou ao seu agressor – eu tenho dinheiro, te dou o que quiser! – ainda não podia ver o rosto do homem que o feria.

- Você sabe o que eu quero... – respondeu brevemente – sabe, muitas vezes pensei em como seria depois da morte. O que acontece antes do fim? Quantos minutos antecedem a morte? Será que o tempo cessa como as asas de um beija flor em pleno ar...

- Me deixe ir! – gemeu mais uma vez, a cada risco mínimo que o bisturi fazia.

- Os pulmões deixam de aspirar e somos imersos em um tempo sem tempo. E ai, a consciência desaparece? Quantos minutos antecedem a inexistência? Vislumbrei milhares de mortes. Das mais trágicas a mais cômicas. Olhei nos olhos de muitos antes da alma esvanecer, cuja chama é engolida pela escuridão. Ouvi os últimos pedidos, as súplicas por perdão, os arrependimentos dos moribundos até o derradeiro sopro de vida dentro de seus corpos...

Não estava feliz com o rumo daquela conversa, sentiu os pulsos paralisados, assim como os tornozelos, as tiras negras lhe prendiam, estavam vivas, e a cada movimento brusco, elas apertavam seus pulsos. Gritou novamente, seus pulmões ardiam, mas o seu agressor não parecia se importar.

-...logo o receptáculo da alma tora-se opaco, sem cor, suas pupilas se apagam. A partir daí, o processo natural desconstrói os receptáculos devolvendo-os a natureza. No entanto posso lhe dizer, não há nada do outro lado... do lado que você me condenou....

As tiras viscosas negras moveram seu corpo para frente deixando-o face a face com o agressor. O rapaz, o escritor daquela noite, vítima do seu dedo mole no gatilho. As cavidades oculares vazias e completamente negras o encaravam, o sorriso nos lábios do jovem, apenas formavam a face mais medonha já vista antes. Deixou-se mergulhar naquelas órbitas vazias, tragando-o para a escuridão.

-

Acordou com o som dos próprios gritos, revirando-se na cama, notou que estava ensopado, e suas costas doíam. Levantou, levando as mãos a extensão de suas costas, quando retornou, encontrou os dedos manchados de sangue. Saiu em disparada até o banheiro retirando a camisa, e lá estavam as letras escarificadas em sua pele, linhas retas que deixavam a carne exposta, o sangue escorria pelas costas, formando uma imagem aterradora. Em suas costas, abaixo da nuca, estava a palavra: assassino.

- O que você quer de mim!? Seu desgraçado! – gritou como se ele o pudesse ouvir. ´´ eu estou mal da cabeça, é isso, só pode ser isso. É a maldita crise dos trinta``, pensou por um instante, antes de notar que o calhamaço de folhas estava agora em sua cama.

Novas palavras surgiam em sua pele, expressões e até frases inteiras, eram quase poéticas e habilmente escritas, tentou cobrir as chagas como pode, mas o sangue que vertia era intenso, urrou de dor por horas. Os vizinhos incomodados pelo barulho de gritos vindos da casa, logo chamaram a polícia. Quarenta minutos agonizantes depois, encontraram o homem enforcado na sala de estar, seu corpo era praticamente um livro aberto, todos os membros cobertos por diversas palavras, não havia espaço para mais uma sequer. E Aos pés do morto, o livro maldito.

olá, por favor registre comentários e opiniões, todos são bem-vindos...

Taiane Gonçalves Dias
Enviado por Taiane Gonçalves Dias em 04/05/2014
Reeditado em 12/05/2014
Código do texto: T4794338
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