Esqueleto Arcaico
Lá pelas ruínas do esquecimento, onde dificilmente há vida, estava enterrado um homem tão verdugo que praticava atos tão truculentos que lhe, quando vivo, lhe deram o nome funesto de Esqueleto. Não só por sua maldade incomensurável, mas também por sua aparência bicentenária com aquelas rugas pestilentas sulcando o rosto e enfatizando os olhos de besta esgazeados.
Esqueleto cometia todo o tipo de atrocidades em busca dos caminhos mais secretos que levam a obtenção do poder absoluto que só o satanismo pode levar.
Quando um dia ele já era um "negro" e suas práticas se davam à matança de crianças para enviar as carnes e almas ao fogo do demônio Moloc. Esqueleto foi descoberto pelo fanático povo da vila pitoresca.
Quando viram tal cômodo macabro, os homens da cidade, muito indignados, levaram Esqueleto para a forca. Mas antes da morte ele sofreu um martírio tão terrível quanto suas práticas.
Mesmo depois de morto as pessoas não o deixou em paz nem lhe deram sepultura. Largaram-no num campo bem ao sul da cidade onde foi comido por abutres e pelo tempo que apagou a obscura história desse homem demoníaco.
Muitos séculos depois, quando a vila não mais existia e todos da região estavam mortos, um grupo de freis peregrinos descobriu os despojos de Esqueleto. Não sabendo do passado daquela caveira ( e mesmo se soubessem não faria diferença) seguiram as leis das Sagradas Escrituras benzendo-o, enterrando-o e fazendo uma simples sepultura com uma cruz em cima.
Com esses atos sagrados da lei divina os deuses infernais que Esqueleto cultuava se enfureceram.
E esses mesmos deuses antigos resolveram se vingar desses antagonistas, homens de Deus tiraram a alma cruel e ma de Esqueleto das prisões mais obscuras do inferno para voltar ao mundo terreno encarnado em sua ossada milenarmente poderosa.
Assim ressuscitou a parte mais terrível de Esqueleto, que não era apenas um nome, mas sim um Todo repleto de mal e vendeta.