MORTE ESQUECIDA
O som veio dos alto-falantes:
- UM MINUTO DE SILÊNCIO! .
A multidão se cala. Um minuto de silêncio?! Pra quê?! Ninguém sabia. Uns e outros se olhavam e, com gestos, perguntavam:
- E daí?
- Sei lá! - com gestos, a resposta.
E o tempo transcorria...
Quem teria morrido? Nada fora divulgado pelos jornais, ou pela televisão, ou pelas rádios.
Ninguém ouvira nada de nada. Por que o minuto de silêncio? Será que...? Não, não podia ser... ou será que...? Especulações que não faziam sentido algum!
Trinta e dois segundos...
Cada um, ali, compenetrado em sua dúvida, esquecido de rezar, começava a se impacientar e, disfarçadamente, olhava pro relógio.
Quarenta e oito segundos... e esse tempo que não passa!
...
Cinqüenta e oito... cinqüenta e nove...
SESSENTA!
E o jogo começa, para alívio geral!