NEM MORTO,NEM VIVO

Após ler um artigo de S. Júlio Schwantes sobre audácia e individualidade, do livro Colunas do Caráter, onde o autor busca na religiosidade a porta da libertação humana, Rayne Silva ,sozinha em sua enorme casa, reza suas novenas com intenção aos doentes, pela paz mundial, pela igreja no Brasil e no mundo, pelas almas que se foram para a outra dimensão, e mais ainda por aquelas almas mais necessitadas de oração. Longa reza. Cantou alguns cânticos em louvor à nossa amada mãe santíssima, Nossa Senhora de Aparecida. Depois foi dormir. Enquanto o sono não chegava, não parava de refletir naquelas palavras do autor , considerando um pouco exagerado, mas correto.

Altas horas da noite, Rayne, começa a sonhar que morava numa casa grande como a sua de então .Era noite, conferiu as janelas bem fechadas, muitos quartos, uma grande sala e cozinha sem economia de espaço, móveis maravilhosos e uma decoração finíssima.

Num dos quartos abriga uma senhora com duas filhinhas, uma de berço e outra já com seus quatro aninhos de idade. A senhora a chama para que Rayne lhe preste um auxílio. Ela vai ao quarto e encontra as duas meninas. O estranho era que, a voz que Rayne, ouviu veio da menina do berço, cuja idade ainda não lhe permitia o desenvolvimento da fala, outro fato curioso, foi que a menina de quatro anos, que já sabia usar a toalete na hora de suas necessidades fisiológicas, estava toda suja de cocô. Deitada de bumbum para cima, sobre a cama e um cocô visguento, amarelado, esquisito sobre ela. Rayne entendeu que deveria ajudar a menina na sua higiene e verificar o que ocorreu.

Socorreu a menina e depois se retirou, pensando que ela ouvira e vira mal as coisas. Foi para seu quarto. Quando já estava quase amanhecendo o dia, ali pelas cinco horas da manhã, apareceu-lhe uns dizeres por escrito , em letras grandes, e em português assim: “_ E eu que não sei se sou vivo ou sou morto?” Vindo em sequência uma pessoa que parecia um médico, pois estava de jaleco branco.

Rayne acordou encabulada. Percebeu que foi tudo sonho, ou pesadelo?

Lindalva
Enviado por Lindalva em 14/11/2014
Reeditado em 14/11/2014
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