‡ O hospedeiro ‡

Despertei naquela manhã pálida, d´onde a bruma insistia em encobrir os rútilos raios do astro-rei.

A dor estava exageradamente em exacerbo, devido aos espasmos sofridos pela noite anterior. O sabor acre tomava conta de minhas glândulas salivares e o meus globos oculares, ah, pareciam saltitarem de mia face, devido à dor intensa e pulsante.

Contorcia-me a cada pontada colossal em meu estômago. Meu umbigo, por vezes, obtinha uma similaridade à de uma boca, a cada fisgada que meu abdômen apresentava.

- Não é possível, existe algo em meu corpo - pensei em "voz alta".

De repente alguém bateu à porta:

- Filho, você não vai sair deste quarto hoje?

Eu, sem saber o que dizer, respondi atônito:

- Deixa eu espreguiçar-me por mais um tempo, ok? - respondi à minha mãe.

De repente uma ânsia de vômito tenebrosa tomou-me conta, que, mal deu tempo de correr para meu banheiro. Golfei sangue por tudo quanto é canto da mátria treva de meu quarto. Receava em acender a luz para não deparar-me com tamanha sordidez presente naquele ambiente.

Levantei-me e no mesmo momento escorreguei no visco sanguífico o qual havia expelido. Caí de costas no chão e bati minha nuca.

Resisti por alguns segundos e, aos poucos, fui-me apoiando ao pé da cama e levantei-me. Algo de muito viscoso havia vomitado. Corri e acendi a luz. Sim, era um pedaço de meu fígado, que ali, ao chão, ornava o ambiente esquálido o qual o meu quarto havia se tornado.

Rumei ao toalete, acendi a luz e olhei-me ao espelho.

- Uau - novamente em alto e bom som, emiti espantado.

Meus olhos estavam esbranquiçados, como se uma espécie de membrana alva os revestia e ao mesmo tempo as veias dos mesmos, saltavam para fora; dando um ar totalmente soturno e estarrecedor.

- Deus, o que há comigo? - indaguei.

Andei encurvado, devido às dores abdominais sofridas e sentei-me à cama. Permaneci catatônico por alguns minutos olhando para o chão, quando de repente, outra saraivada de vômito expeli, só que agora mais forte e ainda mais fétido e asqueroso.

Notei que a cada espasmo que meu estômago proferia, pedaços e mais pedaços internos meus, eram ejaculados com tamanha violência.

Minha mãe novamente insistia em bater à porta para que eu abrisse e fosse tomar meu café da manhã.

Tarde demais. Sentia as estruturas de cada célula de meu corpo se dissiparem. Era como se parte minha fosse transformada em outra e meu corpo se degenerasse a cada segundo que se passava.

- Isso já está ficando sério. - conversei novamente comigo mesmo.

Foi quando um solavanco tão estrondoso se fez presente em meu abdômen, que pude sentir, tais quais tentáculos, esmagar minhas entranhas e insistirem em apontarem na direção de meu umbigo.

O sangue então começava a esguichar de meus ouvidos, e de meus olhos, as glândulas lacrimais expulsavam um líquido amarelado e purulento. Sim, uma transformação esdrúxula e decrépita estava acontecendo comigo. Não sabia de onde, quando ou como tudo aquilo poderia estar em um processo auto-degenerativo, mas, era real e assaz doloroso.

Foi então que alguns insights foram dando o ar da graça em minha mente, e lembrei-me de algo que havia acontecido pela noite anterior, que era realmente assustador. Pensava estar sonhando, mas não.

Lá pelas tantas da madrugada um ruído em meu quarto se fez presente e eu, receoso de nascença, abri meus olhos. Senti que aquele barulho ruidoso, vinha debaixo de minha cama. O som parecia tal qual ao de um grilo, onde suas pequenas perninhas riscavam umas nas outras, originando um barulhinho terrivelmente ensurdecedor para meus ouvidos. Quando eu ia encurvar-me a fim de observar o que estava enfurecendo-me por não deixar-me dormir, senti uma picada violenta na coluna vertebral. Algo sugava meu sangue e ao mesmo tempo aplicava alguma substância gordurosa em mim, por aquele mesmo orifício originado pela picada.

Meu corpo além de estremecer por completo, debatia-se feito um ataque epilético. Meus olhos esbugalhavam-se e reviravam-se, tal qual uma sessão de possessão. Minha língua, lentamente, rasgava-se ao meio até que a mesma, bifurcava-se por completo. De minha boca soltava um líquido purulento e asqueroso. Aos poucos, caí em sono novamente.

E foi assim que tudo começou.

Voltei ao banheiro e agora, algo ainda mais aterrador acontecera. Minha pele estava degenerando-se arduamente. A derme descamava-se de uma maneira tão intrigante, que podia observar a carne decrépita em mia face, aparecendo. Quebrei o espelho em um ato espavorido, coloquei as mãos à cabeça e comecei a debater-me na cama sem parar. A dor no estômago estava cada vez mais forte, até que...

- Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!! - meu grito pôde ser ouvido por toda a vizinhança.

Pelo meu umbigo, uma criatura saía persistente. Suas garras nefandas e afiadas rasgavam mias entranhas, saindo por meu abdômen e resvalando por mia pélvis. Seus olhinhos pequeninos e riscados, observavam meus gritos de horror. Enquanto isso, aquele louva-a-deus extraterreno abriu de uma maneira tão exímia a minha barriga, que, ainda vivo, pude notar a pulsação de meu estômago, tomado literalmente por um líquido esverdeado, deixado pela criatura.

Em um ato desesperado, tentei pegar meu canivete, mas, com a exacerbação momentânea fiz um estardalhaço tão grande, que derrubei meu criado-mudo sem conseguir nada ao meu alcance.

Ainda com um restante de força, apertei a face daquele bicho de mais ou menos uns trinta centímetros de comprimento, perfurando seus olhos e estourando seu corpo insetiforme. O sangue marrom-esverdeado da criatura, fora ornando meu corpo a cada golpe que eu transferia a ele. Foi então que prostrei-me à cama e chorei lágrimas carmesins, ao sentir que o sangue de meu sangue havia sido morto por minhas próprias mãos. Sim, naquele momento senti que o inseto gigante, aquele alienígena inescrupuloso, pertencia à mia família, ao meu orbe, concebido por mim.

- Mas como? - pensei eu.

Mia barriga, aos poucos, regenerava-se com uma velocidade assustadoramente atroz, que permaneci atônito. Lentamente abri a janela de meu quarto, olhei para rua e notei que uma nuvem de gafanhotos fazia uma espécie de escudo ao redor de minha casa. Eram milhares de insetos, não extraterrenos, mas sim, insetos deste nosso planeta mesmo; como se estivessem fazendo uma ronda protetora ao meu redor.

Ao longe, milhares de pessoas aproximavam-se cambaleantes. Quanto mais chegavam perto, notava o terror que poderia estar acontecendo. A população havia se transformado em zumbis, sim, isso mesmo; "mortos-vivos da silva"!! Estarreci-me naquele momento singular. Percebi que minha mãe não mais batia na porta de meu quarto e que a vizinhança e porque não a população inteira daquela cidade, havia se transformado em zumbis.

Novamente correu a pergunta em mia mente: - Mas, como isso pode acontecer? O que sou eu? Tudo isso não passa de um pesadelo?

O desespero tomava-me conta à medida em que a imensidão de insetos e zumbis aproximavam-se de mia casa.

Resolvi fazer o inesperado.

Abri a janela, pulei para fora por mais de 3 metros de altura, fincando-me ao chão - Uau, eu posso fazer isso, é? - pensei exclamativo por tamanha destreza.

Levantei as mãos e olhei atônito para todos.

A nuvem de gafanhoto ornou-me com sua proteção, enquanto que a nação inteira de zumbis, corria em mia direção a fim de devorar-me vivo. Cada morto-vivo que ousava aproximar-se de mim era devorado pela nuvem de insetos e isso, deixava o ambiente por demais interessante. De repente ouvi minha mãe chamando-me novamente porta afora. Mas, desta vez ela persistia demais.

Pulei para dentro de meu quarto e quando abri a porta fui surpreendido por uma mordida voraz em meu pescoço, arrancando um naco absurdo de mia jugular.

Era ela, minha mãe, transformada em algo que eu realmente jamais poderia imaginar.

Tal qual uma mutante, parte inseto, parte zumbi, ela, aos poucos, devorava meu corpo. Primeiro a jugular, depois com sua unha afiada abriu uma fenda imensa em um de meus olhos, puxando meu globo ocular para fora e alimentando-se do mesmo. Não sabia o porque, mas, aquela nuvem de gafanhotos havia voado céu afora, e agora, a imensidão de zumbis, aguardava afoito pelo lado de fora da casa. Naquele momento, novamente, as perguntas refaziam-se em mia mente, até que...

- Mas o que está havendo aqui? – Indagou meu pai, o único são da família, até aquele momento.

Foi então que com uma seringa ele desacordou mamãe, fazendo-a cair ao chão.

Eu, naquele momento, já permanecia exânime naquele marmóreo ambiente, mas, não sei de que maneira, eu ainda enxergava. Ele então pegou-me no colo e levou-me em seu laboratório subterrâneo, o qual ficava em nossa casa.

Ele era um cientista e nós (eu e mamãe), mal sabíamos de suas experiências envolvendo a genética, magia negra e substâncias perigosas e radioativas.

Passados alguns dias, lá estava eu, deitado em uma de suas macas naquele laboratório imenso. Mamãe estava em uma espécie de freezer, congelada, com seus olhar esbugalhado e eternizado, fitando-me.

- E aí filhão, como se sente? – perguntou meu pai, acarinhando meu ombro esquerdo.

- Bem, mas um pouco tonto.

- É normal, meu filho. Apliquei-lhe alguns medicamentos e estes, o deixarão um pouco entorpecido. Seus ferimentos precisam ser ardorosamente muito bem cuidados e sua visão, voltará aos poucos.

- Me diga, o que está havendo por aqui? – perguntei ainda trôpego.

- Ah meu filho, os mistérios da vida e além dela, são algo para ser guardados às sete chaves, muitas vezes. Mas, só digo-lhe o seguinte, não haverá alguém mais poderoso do que você neste planeta, confie em mim.

E caí novamente em sono profundo.

Neste ínterim de tempo, tive sonhos estranhos, pesadelos, pessoas me chamando, seres clamando-me por piedade e muito sangue.

Foi então que ao levantar-me e conferir todas as anotações de meu pai, notei suas reais intenções: transformar toda a população da terra em mutantes alienígenas-zumbis, além de uma quota gigantesca de demônios invocados por sua magia.

Seu plano era maligno e diabólico, e eu, seria a peça chave para seus experimentos, pois, meu sangue e genética eram ímpares.

- Pois então, meu filho, descobriu o que realmente almejo?

- Como você pode ser tão pérfido, pai, em usar-me de tal maneira para proliferar o mal?

- Ah, meu filho, não fale assim com seu pai, só quero seu bem!

- O meu bem? E desde quando o meu bem é propagar o mal para a humanidade? Desde quando o meu bem é transformar mamãe em um monstro?

- Filho, sua mãe sempre foi uma pedra em meu encalço. Apenas a agradeço por tê-lo gerado e assim, customizar minhas fórmulas para propagar a cura da humanidade.

- Cura? Mas que cura? Você está alastrando um veneno mortal para todos.

- É aí que você se engana! Apenas quero combater o mal, a peste humana, com a fórmula mágica dos antigos sacerdotes pagãos, misturado às práticas de feitiçaria e, é claro, de nossos amigos alienígenas, ancorados em nossa cidade desde há muitos e muitos anos.

- Como assim?

- Os “zumbis” tais quais você os nominou lá fora, são apenas possessões demoníacas oriundas de magia negra. Usei da magia somente nos humanos possuidores do mal em seu sangue, mas, o experimento saiu do controle e inocentes acabaram pagando o alto preço.

- Me diga, como você sabia quem era mal e quem era bom? Como segregou um de outro para fazer seus experimentos.

- Os alienígenas me ajudaram.

- E a nuvem de gafanhotos?

- São insetos controlados pelos aliens os quais pactuaram comigo.

- Pactuaram?

- Sim, fizemos um pacto: como eles precisavam de um humano com características exclusivas de biótipo, tipo sanguíneo e genética; fizemos uma troca. Eles me ajudariam na “construção” de um exército de humanóides dos bons e em troca você se fundiria a eles.

- O que? Como ousa trocar-me por seus experimentos com alienígenas?

- Calma lá. Fiz com o intuito de salva-lo. Filho, você nasceu com uma doença incurável, uma leucemia jamais antes vista por qualquer médico terráqueo. Foram anos de estudos e análises clínicas, e nada. Então, em uma certa noite, onde o desespero tomou-me conta, um ser apossou-se de mim e hospedou-se em meu corpo, clamando por outros seres e por alimento. Estes seres alimentaram-se de meu sangue por dias e constataram que sua mãe era a portadora chave da genética que almejavam para a sua perfeição. Mas o experimento com sua mãe deu errado e daí tive que pactuar com estes seres para salvar sua vida, filho, e assim ajuda-los a criar o ser perfeito: você!

- Eu?

- Sim, você! E como eu também fui infectado no momento em que eles hospedaram-se em meu corpo, ambos teremos que sair deste planeta, antes que acabemos sendo comidos vivos pelos zumbis demoníacos.

- Espere aí, você está dizendo que vamos nos unir àquelas criaturas alienígenas?

- Sim, exatamente. Nos uniremos a eles, mas acredito que permaneceremos sim na Terra. E aí, o que me diz?

- É a coisa mais estúpida que você poderia ter dito ou feito!

De repente meu corpo novamente entrara em espasmos. A dor era terrífica e a conexão com os aliens, notoriamente, aumentava. Sentia que era uma mistura de mutação com possessão, algo a qual fugira realmente de meu são controle. As pontadas no coração eram hórridas, meus ossos começavam a estalar, meus olhos a esbugalharem, gárgulas brotavam de minha costas, os dentes rilhavam-se, com a língua bifurcada podia sentir o olor de morte pairando no ar e mias veias expandiam-se. Foi então que aumentei ferrenhamente de tamanho, chifres nasceram em minha testa e numa posição de louva-a-deus, permaneci, denotando mia real forma demo-alienígena. Sentia meus olhos faiscarem, meus dois corações a pulsarem cálidos em meu peito e mias gárgulas a afiarem-se feito dois gumes lívidos, ornando mias costas.

Meu pai, agora pequenino, fitava-me atônito e contente, por sua experiência ter dado certo. Foi então que o peguei, o coloquei em mias costas e rumamos para as ruas, a fim de exterminarmos com a legião de zumbis ali presentes.

O poder de meu pai era bem menor que o meu. Ele mais parecia um humanóide com a força de cinco homens juntos, além de ser um sugador de sangue.

Novamente, cercados por uma nuvem protetora de gafanhotos, começávamos nossa carnificina.

A cada decapitação em meus antigos irmãos terráqueos, uma alma negra era abduzida pelos alienígenas. E assim foi.

O sangue escorria rubro pelas ruas das cidades. Carnes, entranhas, cabeças e membros, eram encontrados em cada centímetro de asfalto.

Foi quando olhamos para o alto e vimos a nave mãe aproximando-se da cidade.

Ela pousou e de lá, uma corja de aliens corria em nossa direção.

Meu pai foi a primeira vítima, sendo totalmente dizimado pelas garras nefandas daquelas criaturas metade insetos, metades demônios. Notei que cada alma negrume humana abduzida por eles, seus poderes aumentavam e tornavam-se criaturas satânicas e sanguinárias.

Finalmente cercaram-me e aquela nuvem de gafanhotos, naquele momento, começou a atacar-me. Rilhavam minha pele árida, sugavam meu sangue marrom-esverdeado e tentavam a qualquer custo, entrar em meu corpo fortalecido por mia carcaça.

Lembrei-me das palavras de meu pai. Lembrei-me do poder que a mim foi limitado a partir do momento do pacto. Certo de mias ações, comecei a controlar os gafanhotos, fazendo com que a nuvem rumasse na direção dos alienígenas, iniciando assim, uma segunda carnificina. Os pequeninos insetos adentravam frívolos nas carcaças das criaturas, consumindo suas carnes enervadas e fétidas. Gritos de pavor, tais quais sibilos ensurdecedores, eram ouvidos, a partir daquele lânguido momento.

As pérfidas criaturas, aos poucos, eram consumidas pela nuvem de gafanhoto, mas; da grandiosa nave, seres maiores ainda do que eu, surgiam incessantes.

- Fodeu – pensei eu.

O ataque foi fulminante. Suas garras adentravam severamente em meu corpo, ornando-me com uma dor terrivelmente entorpecente. Meus olhos esbugalhavam-se de mia face esverdeada. Aos poucos, decapitavam meus membros, deixando-me somente com o restante do corpo e cabeça à mostra.

O mestre deles então aproximou-se e com sua garra demoníaca inseriu em mim uma espécie de larva a qual cresceria e me exterminaria por completo, deixando-me um ser vegetativo. Antes, sugou uma amostra de meu sangue.

Entraram na nave e rumaram espaço afora.

Hoje, rastejando tal qual uma larva fétida e pilosa, habito as profundezas do esgoto desta cidade. Por vezes ouço as vespas com seus ferrões farpados a procurarem-me, outras vezes, posso ouvir os gritos de minha mãe, clamando por mim, pedindo por socorro, escondida na casa, depois de o freezer onde ela encontrava-se, ser derretido pela batalha entre eu, os zumbis e os ET´s.

O meu desespero é tamanho que, a cada grito de minha mãe por esta terra inóspita à procura de comida e à mia procura; prefiro a morte, mas, infelizmente o legado que meu pai junto aos alienígenas deixaram-me, foi o de sofrer pela eternidade.

Agora sei o porque meu pai se vendera a eles: fazer-me sentir na carne, na pele; o que é sofrer por um ente querido sem poder ou saber como ajuda-lo. Meu pai revoltara-se contra Deus e o mundo, a partir do momento em que eu nasci, pois, sabia da abdução de minha mãe e a copulação dos alienígenas para com o seu corpo (o de minha mãe), originando assim, a mim. Um ser mutante e altamente capacitado para a destruição de uma nação. Pude ver toda esta cena a partir dos insights os quais os alienígenas me deixaram. Lembranças, somente frívolas lembranças.

O pior sofrimento é aquele em que você ganha o mundo e o poder, mas ao mesmo tempo perde tudo aquilo o qual sempre foi seu!

Tiago Tzepesch
Enviado por Tiago Tzepesch em 01/12/2014
Código do texto: T5055240
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