A ÚLTIMA CEIA - CAPÍTULO II

E o rapaz fixou o olhar, e procurou o ato, ele resolveu sentar, e apreciar aquela obra de arte mais de perto: Tirou os sapatos dos pés, sentou em um sofá que havia do lado do quadro, se esparramou sobre o móvel, e continuou seu trabalho de investigador.

A Dona Adélia chegou de supetão, meia hora após este processo que envolvia o moço, que calado, não fez alarde nenhum do fenômeno; ele apenas ficou extasiado, com aquilo que para ele representava algo além história, além física, além tudo, que até então ele havia estudado ao longo de sua estrada acadêmica.

A mulher de uns oitenta anos mais ou menos, disse de forma bem aconchegante: Seu pai está à mesa, fiz um franguinho com quiabo daqueles, acho que o senhor irá se deliciar com esta iguaria, que sua avô fazia para o senhor quando era bem pequeno...

A senhora muito educada e dedicada àquela família interiorana e claro um pouco burguesa, com pitadas de aristocracia conhecia muito bem todo o mecanismo de incursão daquele que parecia ser um cientista, mas que também tinha um coração de peão.

Foi hilária a resposta dele: Olha minha querida, eu vou ver pesquisar este quadro só mais uns dez minutinhos e já desço, para degustar o franguinho que a senhora fez para minha avó...

A senhora de olhos azuis e cabelos branquinhos, sorriu de forma bem desbotada, e sentiu um arrepio...da cabeça aos pés...

Continua depois...o final já chegará...

Valéria Guerra
Enviado por Valéria Guerra em 06/05/2015
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