Ômega Parte XII

Capítulo XII

[Tetragrammaton]

O reino de Tellure era composto de densas vegetações e fantásticas edificações rochosas. Identificou de imediato o gigantesco ser, depois de destroçar os seres que o protegiam. Conseguiam sem grandes dificuldades, desmembrar aquele gigante. Invadindo os domínios de Ignis. Mais uma comitiva que vencera e estava diante daqueles olhos de fogo, em outra batalha com grau de de dificuldade moderada, devido a experiências passadas. O vale de vulcões ficara para trás e um imenso oceano se apresentava, formando um paredão de água que procurava impedir sua progressão. Não só conseguiu adentrar a barreira, como se deparou com Fluere. Era uma criatura estupenda. Sedutora na medida certa. O flerte foi breve, já que estavam na eminência do conflito. Mas a fluidez fez com que precisasse de transformações mais poderosas, o que fez mais uma vez obter êxito diante de tal entidade.

Olhando para cima, identificou onde estaria a sua próxima batalha. Éter habitava nas nuvens. Ômega fora recebido sem precisar enfrentar súditos, com o próprio soberano, muito bem trajado, saindo de seu trono e vindo ao encontro do inconveniente visitante.

— Seja bem-vindo, Ômega!

— …!

— Muitos não contaram com sua ousadia ou subestimaram suas habilidades... Não faço parte deste grupo.

— Você parece sensato.

— Milênios de existência cria alguma sapiência.

— Não duvido disso.

— Antes de ser seu oponente, estou aqui para lhe impedir de prosseguir pelo convencimento. Apelando ao seu bom sendo.

— Não posso mais recuar.

— Sempre podemos fazer aquilo que desejamos.

— Mas esse é o meu desejo.

— Desejos mudam.

— Até o momento os meus continuam os mesmos.

— Embora sejam mais ambiciosos.

— Faz parte da progressão.

— Sem dúvidas... Mas como todo grande conquistador, deve ter cautela para não cometer os mesmos equívocos. Devemos saber a hora de parar ou mesmo recuar.

— Não sinto que seja essa a hora.

— O fato de ter conseguido superar o planeta que chamaram de prisão, demonstra o passo que havia dado. Um passo que poderia ter sido desmedido, não fosse seu grande discernimento... Por observar grande sapiência em um ser tão jovem, apelo a sua sensatez. As visitas dos que lhe alertaram em relação ao que estava além dos portais não foi um impedimento. Asseguro que até aqui posso garantir seu retorno em segurança, ainda que tenha modificado a ordem das coisas. Se passar por mim, estará além das minhas possibilidades.

— O que busco é justamente o além.

— Então sem mais delongas...

Éter atingira Ômega com um golpe rápido e mortal. Inúmeras transformações ocorreram. O adversário era poderoso e muito versátil. Uma grande batalha ocorreu. Por fim, o êxito de Ômega, apesar do grande esforço. Sentiu certa admiração por Éter. Mas não poderia se deter naquele momento. Chegou em uma região que parecia o núcleo daquela esfera, observando um ser magnífico, que não teve dúvidas, se tratava de Solaris. Seu corpo irradiava energia, de uma luminosidade realmente solar. O ser Não conversou. Parecia ter sido libertado, já que as quatro entidades eram como pilares que o aprisionavam. A criatura era de um poder imenso, sendo devastador a medida que se libertava. Desferia golpes que faziam os portais se desintegrarem. Ômega precisou utilizar transformações poderosas, apelando para super-heróis e super-vilões, até conseguir conter e destruir Solaris. Uma grande onda de destruição de espalhou, como o efeito de uma explosão atômica. Suas habilidades fizeram conter a energia e não deixar que ultrapassasse os portais e consequentemente afetasse a Terra. Somente restou um portal. Havia concluído a etapa.

Surpreendentemente, observara o rastro de um caminho. Seguiu o trajeto e chegou em uma região isolada. Lá foi possível observar as almas dos mortos em peregrinação. Havia adentrado no reino dos mortos. Uma figura parecia gerenciar a estada dos moribundos. Precisou confrontar esse Thanatos. Mais uma dura batalha. A forma que assumiu por fim foi do The Four Horsemen, personagem do jogo Darkness, possuindo a habilidade de manipular a morte, o que fez anular o poder de se oponente, causando uma extinção recíproca. Ômega descobrira esse limbo e mais uma vez dominara uma outra realidade, fazendo com que não apenas se tornasse o guardião daquela esfera, como o responsável pela transição dos que caminham pelo Vale da Morte. No seu peito sentia a pressão do Pentagrama que parecia circundar teu ser.

Bruno Azevedo
Enviado por Bruno Azevedo em 21/06/2015
Código do texto: T5284702
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