Conto de uma noite sangrenta

O meu sangue ardia mesmo depois de seu corpo já pálido ainda em minha cama, minha sede já havia sido saciada de sua vida. Eu queria mais e tu me negou um pouco mais...

Eu disse que tudo ficaria bem, mas você me negou, mesmo dizendo que era só mais um pouco... Agora não há mais volta, desejo sumir por uns tempos, para espiar a culpa que mora em meu coração, mesmo assim não sei se conseguirei escapar do teu fantasma em minha mente. Na minha alma você agora está presa e apesar de todo amor que tinha, não, na verdade ainda tenho o mesmo amor por você, o mesmo amor que antes nutria em versos e em rosas vermelhas, mas não sei se posso fugir.

Sim eu tinha esse sentimento por ti antes, mas agora não faz mais sentido algum isso tudo que estou pensando, você agora só interessa aos vermes. Mesmo tocando sua pele lisa, suave e agora gélida o que eu poderia fazer?

Talvez deseje sentir ainda por algum tempo o teu perfume que impregna o ar deste quarto pequeno, nosso destino era tão belo! Você não quis a eternidade comigo, então não a terá com ninguém!

Eu te amava e mesmo agora ainda te amo, eu percebi a falta que vai fazer só depois que seu coração parou de bater e seu corpo desfaleceu eternamente em meus braços, aquela imagem ainda marcada na minha mente será meu eterno tormento, a tua face de dor e angústia, não precisava ser assim... seu sangue ainda escorre pelo chão e isso me lembra que vermelho sempre foi a sua cor predileta, não foi?

Meu amor meu castigo será eternamente andar pelas sombras e sentindo que o que me mantém vivo é o teu sangue, ele me manterá quente até a próxima noite, até que eu me lembre novamente de ti... até a proxima noite... Adeus, você não me amava.

Lorde Wenceslau , 19 de julho de 2007. [data da reescritura]

Lorde Wenceslau
Enviado por Lorde Wenceslau em 19/07/2007
Código do texto: T571617