No elevador

O elevador parou no oitavo andar, Os quatro ocupantes olharam para a porta á espera da pessoa que acionara o botão de subida. O que entrou foi uma lufada de mau cheiro. Os quatro taparam o nariz e fizeram menção de sair, mas naquele momento a porta do elevador se fechou. O odor de carne podre foi se intensificando e um vento vindo de lugar nenhum começou a soprar fortemente. Uma das mulheres desmaiou e a outra começou a gritar histericamente. Um dos homens, um senhor obeso tentava abrir a porta, enquanto o outro discava em vão no celular com o objetivo de pedir ajuda. Desesperado ele percebeu que não havia sinal. Estavam incomunicáveis.

De repente uma gargalhada rouca se fez ouvir. Era da mulher que desmaiara anteriormente e agora se arrastava pelo chão babando e gargalhando insanamente. Os outros três a olharam apavorados e se encolheram num canto. A gargalhada cessou e a mulher começou arranhar o próprio rosto enquanto vomitava. Minutos depois ela morria em uma poça de vomito. Ao vê-la inerte os outros começaram a bater na porta e a gritar por socorro. As luzes se apagaram por alguns minutos e quando voltou a acender, apenas um deles continuava vivo. Os outros dois jaziam com as línguas de fora e os rostos arroxeados. Hirto de medo o senhor gordo começou a chorar e a rezar baixinho. Um forte solavanco sacudiu o elevador que começou a cair. A última coisa que o homem viu, foi o rosto desfigurado de uma mulher que eles não viram entrar, mas que apertara o botão no oitavo andar.