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A minha pele estava fria e ressecada, a cor azulada contrastava, com os vermes saindo de dentro de mim, isso era muito estranho, eu me via sendo devorado pelos próprios vermes que estavam dentro do meu corpo, o mais amedrontador era que não sentia dor, apenas um cheiro de carne podre.

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Naquele dia o céu estava em um azul exuberante, até os raios de sol estavam mais vividos, o dia 13/13, não parecia ser igual aos outros como era de costume, ele estava demonstrando para mim, que ele veio para ficar.

Já se passava do meio da tarde quando o telefone do escritório tocou, era minha irmã mais velha informando que minha mãe já com seus setenta e poucos anos havia caído da escada e se machucado, fui diretamente ao Pronto Socorro para ver como ela estava, mais ao chegar naquele lugar, tive uma sensação estranha, porém, não durou muito tempo, pois quando estava chegando ao lugar onde minha mãe se encontrava eu escutei algumas risadas e uma delas eu conseguiu destacar bem, pois era da Mary minha mãe.

Ao entrar no quarto o clima estava alegre e contagiante, minha mãe sempre com ar jovial me pediu um abraço, eu cheguei próximo a ela e a abracei fortemente, igual quando eu era criança, mais de repente um aberto em meu peito me deixou um pouco sem ar e, eu senti vontade de chorar, mais segurei, não sabia motivo, pois aquele dia seria o ultimo abraço que eu daria na minha mãe.

O médico a liberou e eu e minha irmã Judie a levamos até sua casa, Judie ficou com ela por algumas horas; pois eu tinha um compromisso e não poderia perdê-lo, só não sabia que aquilo seria o inicio de um grande pesadelo.

Fui até a minha casa tomei um banho e depois lanchei; o meu cachorro John estava um pouco quieto isto era de se estranhar, pois quando eu chegava em casa ele ficava todo alegre mais naquele dia foi diferente.

Pequei o meu paletó e fui conferir se as janelas estavam todas fechadas, e disse a mim mesmo, Peter pare de paranoia!

Ao chegar à janela do quarto, fui surpreendido com uma imagem grotesca, de um homem todo queimado, porém rapidamente da mesma forma que apareceu também desapareceu, então caminhei rumo a sala e percebi que a porta estava aberta, naquele momento as luzes se apagaram por completo, peguei meu celular, e liguei a lanterna, quando olhei para o chão vi algumas pegadas de sangue, meu coração gelou mais eu teria que ver o que estava dentro da minha casa, caminhei em pequenos passos, foi quando eu cheguei até a porta do meu quarto e não havia mais pegadas apenas a maçaneta esta suja de sangue, ao abrir a porta do quarto me deparei com aquele mesmo homem, ele estava me olhando profundamente e ele sorria de uma maneira diabólica, de repente aquele ser pegou algo dentro de seu bolso e começou a arrancar a sua pele queimada, com isso esguichava um sangue negro e um cheiro de carne podre pairou no ar, aquela coisa arrancava sua pele e olhava para mim, com aqueles olhos brancos, e com seus dentes sujos de sangue , tentei correr mais algo me segurou fortemente na perna, o chão estava completamente coberto por aquele liquido negro , foi quando uma criatura saiu de dentro do sangue negro, e quando aquele homem a viu brotar do chão ele começou a rosnar feito um animal, o meu medo era cada vez maior, a criatura que saiu se parecia com um cachorro, mais o seu rosto era aracnídeo, e ele tinha uma imensa cauda de escorpião, suas patas eram primitivas, então ele veio em minha direção, fazendo um barulho esquisito, de repente a criatura começou a andar mais rápido em minha direção; o homem queimado sentou-se e a observar o animal vir em minha direção, eu não sabia o porquê daquilo, ele cada vez mais perto, quando ele abriu sua boca dava para ver alguns olhos dentro dela, então o monstro pulou em cima de mim, e atacou diretamente o meu pescoço, e quando ele mordeu, senti que ele injetava algo em mim, desmaiei, devido a dor.

Ao acordar me vi dentado em uma câmara, e em meu redor estava completamente cheio de velas, não consegui mexer direito, pois meu corpo estava pesado, ao olhar para meu braço, notei que minha pele estava muito ressecada , e de tom azulado, mais algo me deixou muito mais aterrorizado, os poros da minha pele estavam todos dilatados, e de dentro saiam varias varejeiras.

Quando olhei para o lado, o homem queimado estava me observando e continuava com o sorriso irônico, ele chegou bem perto do meu ouvido e disse: VOCÊ NÃO SE LEMBRA DE MIM, FILHO!!!,

Em sua testa estava escrito um numero treze, ele passou suas mãos em meu rosto com aquelas unhas enormes e nojentas, e continuou, VOCÊ ESTA SE PERGUNTANDO, QUE LUGAR É ESTE?

E QUEM EU SOU?

OLHE BEM QUE VOCÊ VAI NOTAR ALGO DE FAMILIAR.

OLHE!!AGORAAA!! SEU MERDA, senti que não teria força para escapar daquele lugar, e o homem continuou a falar: PETER, ATÉ AGORA VOCÊ NÃO SE RECONHECEU, EU SOU VOCÊ...

Kildare Oliveira
Enviado por Kildare Oliveira em 25/01/2017
Código do texto: T5892617
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