Pré-Mentira

Pré-mentira: A pré-estória da pós-modernidade

“– Raphael may amech zabi almi – gritou o gigante. – Ó alma tola – respondeu Virgílio – fica com essa tua trompa, que está presa a teu peito, e faze uso dela para descarregar tua raiva! – e depois voltou-se para mim – Ele mesmo se acusa. Ele é Nemrod, o construtor da torre de Babel. Para ele, língua alguma faz sentido, portanto vamos deixá-lo, pois é perda de tempo tentar falar com ele”.

(Dante Alighieri – A Divina Comédia – Canto XXXI) “

pré-

prefixo

Refere-se ao preparo de algo ou o que está antes do início

(Dicionário inFormal)

men·ti·ra

(origem controversa)

substantivo feminino

1. Engano dos sentidos ou do espírito; erro, ilusão:

2. Ideia, opinião, doutrina ou juízo falso.

3. Fábula, ficção

(Dicionário inFormal)

Ele era o melhor investigador de toda a cidade, conhecido por Cherlóqui, por isso sabia que aquela chamada, em plena madrugada, só podia ser um caso muito sério. Chegou ao local do crime, onde se encontrou com o perito.

“Qual a história?”

“Homem, aparentando uns 35 anos de idade, teve a cabeça e os pés arrancados de forma violenta”.

“Identificação?”

“Não temos a arcada dentária, pois falta a cabeça”.

“Arrancaram os pés para torturá-lo, depois deceparam a cabeça para dificultar a identificação?”

“Não, nossa perícia indica que primeiro arrancaram a cabeça, depois os pés”.

O investigador procurava compreender por que o assassino arrancaria os pés de uma vítima já morta, não era como se ela pudesse fugir faltando-lhe a cabeça.

“Além disso, deixaram as mãos, com as digitais perfeitas”.

O chamaram em plena madrugada para aquilo?A vítima seria facilmente identificada. “Qual o resultado da papiloscopia?”

“Então, doutor, isso que é o pior?”

“Não houve identificação?”

“Sim, duas.”

“Duas?Isso não é possível, algum erro no procedimento”.

“Pior que não, doutor, repetimos o procedimento diversas vezes, o resultado é esse mesmo”.

“Fascinante, a vítima são duas pessoas”.

“É pior que isso, doutor”.

“Como assim?”

“As digitais da mão direita são uma combinação perfeita das minhas digitais.”

“Do senhor? Mas isso não é possível, o senhor está aqui, vivo, não pode ser a vítima”.

“Pois é”.

“E as digitais da mão esquerda?”.

“São do senhor, combinação perfeita”.

“Eu?”

“Sim”.

“Mas isso não faz sentido, eu estou aqui, vivo”.

“Pois é, eu também”.

“Mais alguma prova?”

“Sim, uma testemunha do crime”.

“Ótimo, vamos falar com ela”. O perito indicou a um policial que fosse buscar a testemunha.

“Esse é o corpo de delito mais estranho que já vi, por isso mandei chamar o senhor imediatamente”, disse o perito, com um sorriso de admiração.

“Fez muito bem, logo encontraremos a lógica disso tudo”.

O policial voltou trazendo a testemunha pelo braço.

“Então o senhor testemunhou o crime?”

“Não”.

“Encontrou o corpo?”

“Também não”.

“Mas por que está aqui como testemunha?”

“Melhor dizer ao doutor tudo que você sabe”, disse o policial, sacudindo a testemunha pelo braço”.

“Eu não sei de nada, estava visitando um amigo em Sapopemba, me pegaram e trouxeram pra cá”

“Sapopemba?Mas isso é do outro lado da cidade”.

“Pois é, eu nunca nem estive por esses lados da cidade”

O investigador se via diante do maior desafio de sua bem sucedida trajetória profissional. Um crime com uma testemunha que não sabia nada do caso, provas periciais que apontavam para vítimas impossíveis, todos os elementos que indicavam uma grande conspiração, envolvendo os figurões mais poderosos da cidade, desmascarados pela lógica apurada do investigador Pauderney de Oliveira, mais conhecido como o Cherlóqui de Guaianazes.

“Meus caros, estamos diante de um caso fascinante, talvez um dos maiores crimes da história, e digo isso com grande convicção”. Ao ouvir as palavras do grande Cherlóqui, testemunha, policial e perito se estenderam eretos, sentindo-se importantes por fazer parte de um caso de tamanha gravidade.

“E a arma do crime?”, perguntou o investigador.

“Mais um embrolho, doutor. Nossa perícia indica que os pés e a cabeça foram arrancados por meio de um cortador de unhas”

“Cortador de unhas?”

“Sim, cortador de unhas”.

“Aquela faquinha que tem no meio, pra tirar sujeira debaixo das unhas?”

“Pior que nem isso, doutor, foi o cortador de unhas mesmo”.

“Mas isso não faz sentido. Quanto tempo o assassino ia levar pra cortar uma cabeça com um cortador de unhas?”

“Pois é”.

“Aliás, falando em tempo, qual o horário da morte”.

“Mais um problema, doutor. Rigor mortis indica a hora da morte às 3h”.

“E qual o problema?”

“Bom, como foi usado um relógio de ponteiro, não sabemos se é 3 da tarde ou 3 da madrugada”.

“Como assim?”

“Pois é, doutor, não faz sentido”.

Cherlóqui se via diante do maior enigma de sua vida. Um corpo com os pés e a cabeça arrancados por um assassino armado com um cortador de unhas, que o utilizou com grande destreza para mutilar sua vítima, cuja identificação permanece desconhecida. Estava diante de um assassino frio e impiedoso, que certamente agiria de novo. Mas como desvendar esse crime diante da completa ausência de lógica na cena crime?Cherlóqui acendeu seu cachimbo e começou a baforar, enquanto refletia sobre as possibilidades do caso. Os demais acompanhavam em silêncio, sentido o aroma do burley queimando.

“Elementar, meus caros, já desvendei o caso, já sei de tudo”.

“Mas como, doutor, sem provas, sem testemunha?”, indagou o perito, admirado.

“Deduzi quem é a vítima analisando as peças do caso”.

“Mas quem?”, perguntou a testemunha que nada havia testemunhado.

“Vejam bem, temos um corpo do qual foram arrancados a cabeça e os pés a golpes de cortador de unhas, instrumento praticamente inviável para a prática desse odioso crime, um ato completamente sem sentido. Depois, temos a hora da morte, que pode ter uma diferença de até 12 horas, devido ao recurso a um relógio de ponteiros, conduta inexplicável por parte dos profissionais envolvidos Isso também não faz qualquer sentido. Se isso não fora o bastante, temos a prova pericial que apresenta impressões digitais com combinações perfeitas e cientificamente inquestionáveis com as impressões do nobre colega perito e aquelas do investigador do caso, ambos aparentemente vivos, e com os pés e cabeça intactos, como se pode facilmente comprovar”, disse Cherlóqui, abrindo os braços, como se permitindo que sua integridade física fosse avaliada pelos presentes, gesto repetido pelo perito. “Além disso, senhores, temos uma testemunha que nada viu, que nada sabe, que se encontrava em Sapopemba, fazendo sabe-se lá o quê, mas que, ainda assim, está aqui diante de nós como testemunha”.

“Eu tava visitando um amigo, tenho culpa de ele morar lá?E desde o começo eu disse que não sabia de nada”, se justificou a testemunha, “cala a boca”, disse o policial, chacoalhando seu braço.

“Doutor, mas esses fatos não fazem qualquer sentido”.

“Exato, não fazem sentido para os leigos, mas para a mente experimentada nos caminhos da lógica, para o raciocínio apurado de um investigador, a conclusão é inevitável: a vítima é a história”, os três se entreolharam em dúvida com a resposta do renomado investigador.

“Prezados, a vítima é a história, estamos diante de uma história sem pé nem cabeça”, concluiu o grande Cherlóqui.

“Meu Deus, e a gente dentro?Eu quero voltar pra Sapopemba!!”, gritou a testemunha, desesperada, “já falei pra você calar a boca”, repreendeu o policial, sacudindo-lhe pelo braço.

“Sim, meus caros, temo que sim, somos parte de uma história sem pé nem cabeça”, lamentou Cherlóqui.

“E o assassino, quem é esse vagabundo, doutor?”, inquiriu o policial.

“Ah, estava quase me esquecendo, obrigado por me lembrar. Senhores, o assassino pode ser facilmente deduzido a partir da vítima, a lógica é impecável: o assassino é o autor.

“O autor?”, perguntou o perito.

“Sim, não resta dúvida, o assassino é o autor da história”, conclui Chelóqui.

“Mas por que ele fez isso com a pobre da história?”, questionou a testemunha.

“Boa pergunta, meu caro”.

“Writer´s block?Um autor sem imaginação?”, especulou o perito.

“Melhor não provocar”, recomendou o policial, “nossa vida tá na ponta da caneta do homem”.

“Escritores costumam ser seres caprichosos, difícil entender a lógica que os guia, sempre muito carregada de subjetividade”, palpitou Cherlóqui.

“O assassino é o autor dessa história sem pé nem cabeça, nosso destino está nas mãos desse facínora. E agora, doutor?”, perguntou o perito.

“Temo que sim, nossa realidade é mera ficção. Creio que precisamos descobrir uma maneira de restabelecer a lógica dessa história, e assim retornar ao sentido cotidiano de nossas vidas”.

O grupo refletia em silêncio, imaginando uma maneira de restabelecer o sentido daquela história.

“E se tentássemos discutir temas científicos?Algo das ciências exatas?É dois mais dois, nada mais lógico”, sugeriu o perito.

“Tenho minhas dúvidas, algumas discussões científicas descambam para o que há de mais irracional. Imagine se descambamos a discutir o princípio da incerteza de Heisenberg?Além disso, como ensina o grande mestre Kuhn, os pressupostos que balizam o pensamento científico decorrem de mero ato de fé. Creio que discussões como essa apenas trarão mais confusão, complicando ainda mais a nossa já complicada situação”, argumentou Cherlóqui.

“E se a gente falar de futebol?”, opinou a testemunha, mas ninguém lhe deu atenção, nem o policial que costumava chacoalhar o seu braço. Sem graça, ele voltou a fuçar seu nariz em silêncio.

“Podemos discutir as possibilidades de livre-arbítrio diante de um autor autoritário e sem empatia”, sugeriu mais uma vez o perito.

“Tenho minhas ressalvas, esses temas metafísicos são ainda mais complicados que a ciência”, opinou Cherlóqui.

“O que é livre-arbítrio?”, perguntou o policial. A testemunha permanecia em silêncio, cutucando seu nariz.

Apesar da situação desfavorável, Chelóqui contemplava tudo em um estado de êxtase, uma quase alegria, como uma criança diante de um brinquedo novo. Já não tinha dúvidas de que havia chegado ao ápice de sua brilhante carreira, finalmente encarava o criador da história em pessoa, e toda sua lógica cartesiana não seria suficiente para desvendar seus enigmas, necessitaria de um raciocínio quântico, de recurso às ciências ocultas. Nesse estado de contemplação, Cherlóqui simplesmente perdeu a noção do tempo-espaço, e mergulhou de cabeça no maior mistério do universo, indiferente a seus colegas de infortúnio. E foi nesse delírio que finalmente viu a luz.

“EUREKA!!!”, gritou Cherlóqui, excitado, “é isso, é isso”!!

“Que foi, doutor?”, perguntou o perito, espantado.

“É isso, é isso, desvendei o enigma!!!”, Cherlóqui parecia possuído, sua face havia se transformado totalmente, não mais apresentava a expressão serena do lógico investigador, mas o sorriso abobalhado, o olhar distante, típico daqueles que perderam a razão.

“Desvendei o enigma, desvendei o enigma. Meus caros, é muito simples, nenhuma história tem pé nem cabeça, nenhuma faz sentido, assim, não há nada de anormal nessa história na qual figuramos, é só mais uma consequência lógica, mais um capítulo da história das histórias, o final é sempre Deus Ex Machina, é tudo uma farsa, uma grande gambiarra, uma solução ad hoc criada para nos iludir com a ideia de que existe algum sentido nisso tudo, quando nada, repito, absolutamente nada faz sentido, NADA FAZ SENTIDO HAHAHAHA”.

“Como assim, doutor?”, perguntou o perito. O policial já não entendia mais nada, e teve vergonha de perguntar o que era Deus Ex Machina. A testemunha continuava entretida com as entranhas de seu nariz, como se nada tivesse acontecido.

“Pensem nas outras histórias que são contadas, nenhuma faz sentido. É esse o enigma, nada tem sentido, hahahaha”, os demais permaneceram calados, tinha o grande Cherlóqui sido acometido pela loucura?Tinha a história sem pé nem cabeça prejudicado seu juízo?

“Por que o senhor está rindo, doutor?”, perguntou o perito, desconfiado da sanidade mental do grande Cherlóqui.

“Porque posso, o homem ri porque pode, não há necessidade de motivo, na verdade, rir sem motivo algum é a maior homenagem a esse vazio indiferente. É o riso imotivado que nos integra ao absurdo, ao absoluto sem sentido que orienta nossa existência. O todo é apenas a maior história sem pé nem cabeça já contada. E assim, rindo à toa, somos parte do inexplicável, do inconcebível”.

“Mas, sejamos práticos, o que vamos fazer pra sair dessa?”, disse o perito, tentando restaurar o bom senso na conduta do investigador.

“Continuar tentando restabelecer o sentido parece ser o único ato de resistência possível, a única maneira de impedir que o sentido de nossa individualidade se desintegre em uma abstração vazia. Decorrência lógica disso é a constatação de que nenhuma dessas histórias que nos contaram a vida toda faz algum sentido. Já pensaram nisso?A falta de fundamento dos pressupostos de nossas vidas?É assustador”.

“É verdade, pensa naquela história da Arca de Noé, onde ia caber tanto bicho?”, argumentou o perito, “sem falar que aquela bicharada toda ia se matar lá dentro, só ia sobrar o leão e outros animais dos mais fortes. Nem Noé e sua família escapariam”.

“E o Pinóquio?”, indagou o policial, “o nariz do cara cresce, onde já se viu?Se cada vez que mentisse o nariz crescesse, daí ficava fácil, era só sair prendendo os narigudos. Mas eu já vi vagabundo sem unha que continuava mentindo, tem mentira que nem pau-de-arara quebra, é uma coisa poderosa demais, a mentira é mais forte que o medo da dor”.

E os três(a testemunha continuava cutucando o nariz, eventualmente comendo o que encontrasse) se empenharam em desnudar a falta de sentido de todas as histórias que já ouviram, desde a bíblia até os mais recentes filmes de Hollywood, e tudo parecia, enfim, ter algum norte.

“Parece que está funcionando”, disse o perito, “estamos recobrando o sentido”.

“Prezados, tudo indica que vamos, por fim, sobreviver a essa história sem pé nem cabeça”, disse Cherlóqui, otimista.

“Socorro!!!Me ajudem!!Me ajudem!!!!A testemunha se transformou numa barata gigante”, gritou o policial, tentando conter as dezenas de braços que se agitavam pelo ar”.

“Não vamos perder o foco”, disse Cherlóqui, “é só um livro do Kafka".

“Quem?”, disse o policial, já se rendendo ao baratão.

“É, há mais coisas entre o céu e a terra do que julga a vã filosofia”, parabolou o perito.

“Não!!!!!!!!!”, gritou Cherlóqui, mas era tarde. Um enorme abismo se abriu sob seus pés, exibindo aos três as profundezas do Inferno.

“São os nove círculos do inferno de Dante”, gritou Cherlóqui, com os cabelos agitados pelo redemoinho de fogo que os envolvia, “eu falei pra evitar temas metafísicos”.

“Mas era Shakespeare”, retrucou o perito.

“Dá na mesma”, retorquiu Cherlóqui, "o bardo de Avon era notório por escrever peças que abordavam a profundidade da alma humana, ainda mais em Hamlet".

“Meu Deus, a barata foi engolida pelo quinto círculo”, gritou o policial, enquanto observava o inferno se aproximar cada vez mais deles.

Ao encarar a imensidão do abismo que se abria, o grande Cherlóqui constatara a insignificância de sua vida diante dos caprichos do destino. Não era mais o grande Cherlóqui, cidadão honorário da Vila Carrão, mas um mero ponto sem importância na vastidão do Universo. A busca por sentido era apenas mais uma estória na história das estórias. Havia algo ao mesmo tempo aterrador e magnífico na perspectiva que essa contemplação de uma força irresistível proporcionava ao investigador, “ah, João Paulo, como tinhas razão, o homem é uma paixão inútil”.

Toda a lógica, toda a razão, em todas as suas formas, se derretiam na corrente de eventos que se sucediam paradoxalmente de forma simultânea, destruindo completamente qualquer concepção de tempo, transformando tudo em uma enorme pasta disforme e sem propósito: expressão material da eternidade. Cherlóqui, por fim, compreendeu o sentido do grande poema florentino, o nono círculo do inferno, com suas muralhas de gelo, era o inferno individual de cada um, e refletia o medo do homem diante da inevitabilidade dos demais círculos, centrífugas do destino girando em órbitas irregulares a velocidades inconstantes, fragmentando o tempo em partículas microscópicas, impossibilitando qualquer construção de sentido. Por fim, compreendeu que a única saída do inferno gelado está em abandonar veleidades de narrativas individuais e lançar-se de vez nesse abismo de fogo, integrando-se assim ao ciclo de destruição e morte que sustenta o universo. “Eu me tornei a morte, destruidor de mundos”, pensou Chelóqui, em sua derradeira conclusão.

“Deixai toda esperança, ó vós que entrais”, berrou o perito, desesperado, “Cherlóqui, eu já consigo ler a placa do portal de entrada, e agora?”

Resignado, Cherlóqui sentenciou seu destino: “Prezados, agora só nos resta dançar um tango argentino”.

Na vertigem da contemplação do nada infinito prestes a devorá-los, nossos inusitados heróis decidiram encarar a música, deram-se as mãos solenemente, como se fossem fazer uma oração, e seguiram, nas pontinhas dos pés, fazendo piruetas em direção ao abismo.

NOTA DO AUTOR: Prezados leitores, não é do meu costume me intrometer em meus escritos, mas sinto-me obrigado a repudiar, com a mais eloquente veemência, as aleivosias imputadas à minha pessoa no decorrer desse conto. Sempre pautei os meus textos pelos mais elevados padrões de ética, quem escreve sabe como, muitas vezes, os personagens fogem ao controle do autor, e a história toma um rumo próprio, independente da vontade daquele que a escreve. Se alguma desgraça acometeu os personagens deste fatídico conto, mesmo que seja a eterna danação no último círculo do inferno de Dante, esses fatos decorrem única e exclusivamente das ações e escolhas dos próprios personagens, não podendo ser o autor responsabilizado por seu infortúnio. Peço mais uma vez desculpas aos leitores por essa indevida, porém necessária, intervenção, mas essa manifestação se mostra indispensável diante das inúmeras maledicências proferidas, infelizmente cada vez mais frequentes nesses lamentáveis tempos de pós-verdade.

Sobre as acusações levianas do senhor Cherlóqui de Guaianazes, meus advogados já estão tomando as devidas providências.

ver·da·de

(latim veritas, -atis, verdade, sinceridade, realidade)

substantivo feminino

1. Conformidade da ideia com o objeto, do dito com o feito, do discurso com a realidade.

(Dicionário Priberam da Língua Portuguesa)

pós-

(latim post, depois de)

prefixo

1. Após, depois do ocorrido.

(Dicionário Informal)

Antonio Netto Jr
Enviado por Antonio Netto Jr em 07/04/2017
Reeditado em 28/01/2018
Código do texto: T5964280
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