O Sonho

Tive um sonho muito louco, passeava no meio de uma floresta escura, não enxergava nada nem mesmo os meus pés e onde eles estavam pisando. Lembro que no meio dessa floresta havia um buraco muito fundo, praticamente sem fim, se tivesse um fim eu não gostaria de conhecer. Caminhando mais um pouco comecei a ouvir uns sons, como se fosse de muitos animais, mas, estava muito escuro não sabia se eram lobos, cachorros ou algo do gênero, pois a escuridão era muito forte e eu estava praticamente cego naquele momento. A única coisa que conseguia enxergar era uma luzinha em cima de uma árvore. No meio da minha caminhada acabei tropeçando em uma pedra e caindo de boca no chão, nesse momento acho que engoli muita terra de um jeito em que nos meus dentes sentia como se estivesse mastigando algumas pedrinhas, em seguida tentei olhar para frente com a expectativa de ver algo ou pelo menos um vulto. Para minha surpresa eu vi um vulto de uma ave gigantesca em minha frente onde o meu coração quase saiu pela boca. Essa ave estava mastigando algo que na hora eu não consegui ver o que comia, mas ouvia o mastigado daquele mostro, levantei e sai correndo sem saber para onde iria, mas o desespero era tanto que corri muito. Depois de correr, com o sentimento de não sair do mesmo lugar, olhei para trás e vi uma árvore caindo, só deu tempo de dar um passo para o lado e ela cair. Neste momento saiu várias cobras que estavam em seu tronco, fechei meus olhos e como num passe de mágica fui parar dentro de uma casa de madeira muito antiga e pequena. Logo em seguida notei que havia uma senhora sentada em uma cadeira de ferro no meio da cozinha, procurei uma porta algo que poderia fugir deste local, mas para minha surpresa não havia nada, apenas uma pequena parte da luz do sol entre as madeiras. Nesse momento perguntei: - Quem era? Nada foi respondido, a senhora nem uma palavra falou. Eu apenas ouvia a sua respiração a qual era muito forte, tornei chama-la e nada, estava chamando em vão. A velhinha nem me ouvia ou então estava se fazendo de surda. Nisso ouço um telefone tocar, nem imaginava que poderia haver um telefone naquele local, pois ele tocava muito, mas muito mesmo. O som era muito conhecido, como se fosse uma música, eu procurava de onde poderia estar vindo esse som, mas nada, o som parecia que vinha dos “céus”, pois daquela casa é que não vinha. Então essa velhinha que estava o tempo todo parada ali como se fosse uma estátua olhou para mim com uma cara assustadora e começou a gritar:

-Acorda já está na hora.

-Acorda já está na hora.

-ACOOOORDAAA!!!

E foi neste momento em que vi o meu despertador tocar e minha esposa a me chamar.

Francis Betim
Enviado por Francis Betim em 21/07/2017
Reeditado em 26/07/2017
Código do texto: T6061106
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