A segunda natureza de Adriano
Os olhos levemente estrábicos de Letícia brilharam ao ver sua imagem refletida no espelho. Vestido novo, cabelo arrumado, maquiagem perfeita. A festa era em uma embarcação, navegando pelo lago Paranoá noite adentro. Fazia tempo que estava sozinha, estava na hora de encontrar um novo parceiro.
Marcou com as amigas mais cedo num bar ao lado do ancoradouro. Tomava uma Margarita quando o coração disparou. O despertar de um antigo medo. Percebeu que não teria coragem de navegar sequer por uma hora, ainda que na tranquilidade daquele lago em noite de ventos calmos.
Uma sombra escondeu o brilho dos seus olhos pequenos. Gotas de suor geladas umedeceram as costas e as coxas, a boca ficou seca. À dor aguda na mandíbula e na cabeça seguiu-se uma sensação de perda de forças no braço e na mão esquerda. Tomou quase de um gole só a água que acompanhava sua bebida sobre a mesa.
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