SUSSURROS 6 TERROR DE IONE AZ E PAULO FOG

As aulas ficam mais intensivas devido ao teste geral do meio do ano onde todos os alunos serão sujeitos a um teste de todas as matérias onde se destacarão os melhores de cada sala e o ranking da escola.

Ja por 3 anos, Celso ficou entre os 5 primeiros da escola e o numero 1 de sua classe, posição que lhe daria notariedade porém devido ao seu gênio um tanto explosivo e por ser sempre a par dos outros continua sendo um aluno comum porém que obtêm respeito dos colegas e dos professores, seus 2 irmãos ficam entre os 15 da escola.

Fernanda passa a matéria para eles e sugere que façam pesquisas na biblioteca da escola e da cidade, sempre com cautela diante aos alunos de um certo tempo evitara a Celso o máximo que pode.

- Professora.

- Sim Celso.

- Minha tia estranhou que não mandara mais costuras para ela.

- Devido ao acidente fiquei sem tempo e ainda o teste geral que esta por vir.

- Pois é, acho que esta evitando a gente.

- Não Celso, não diga isso, gosto muito de todos vocês.

- Obrigado professora.

- Celso posso lhe perguntar algo?

- Sim professora.

- Sabe quem poderia ter derrubado a moto de Lêonidas?

- Seu namorado?

- Noivo.

Celso fica em extrema raiva mais se contém.

- Não faço idéia.

- Obrigado Celso.

- Nada professora, mais fique tranquila se souber eu mesmo falarei com ele.

- Por favor Celso, não quero você metido em confusão.

- Fique tranquila professora.

O garoto sai e Fernanda sente calafrios.

- Meu Deus o Celso esta cada vez mais misterioso. No corredor ele ouve e abre um sorriso de pôr medo em qualquer um, próximo a cantina a garota que o chantageia o aguarda.

- O que foi desta vez?

- Vamos sair.

- Esta louca?

- Quero te dizer algo.

- Fale logo.

- Aqui não, na sorveteria ali perto do ponto, me pague um sorvete.

- Tudo bem.

Na sorveteria a garota se acaba numa taça de sundae gigante enquanto ele num picolé a observa.

- Não pode estar falando sério.

- Acredite o tal noivo dela não engoliu o caso da moto e ja entrou em contato com a direção vai tirar do bolso dele e colocar câmeras na escola.

- Que daria uma idéia dessas?

- Oras seu trouxa, sua adorada professora.

- Vaca.

- Isso ela é.

- Olhe só eu posso xinga-la.

- Meu Deus você é um garoto muito estranho.

- Por quê me disse isso?

- Ainda não acordou, somos sócios.

- Sócios?

- Sim, o que eu souber te passo em troca me dará coisas.

- Para uma garota és bem interesseira.

- Lógico aprendi com a vida.

- Tudo bem.

- Bem ja vou indo também.

No caminho Celso pensa em um jeito de atrapalhar aquilo, finalmente o domingo tão esperado, o teste geral é aplicado em todas as salas com presença de 97% dos alunos, Fernanda e os outros professores são os responsáveis por passar os testes sendo que 4 salas fizeram seus testes no ginásio sob a fiscalização de 5 professores.

Celso termina seu teste no tempo minimo de 90 minutos saindo dali para um outro ginásio onde estivera que esperar até que 45% dos alunos terminassem para que fossem liberados, lá praticaram alguns exercícios sob orientação do professor de educação fisica.

Ele aproveita a descontração ali e segue para a diretoria onde entra sem muito esforço lá dentro procura nos armários até encontrar 3 caixas onde estão os aparelhos que serão instalados procura por qualquer cãmera ali instalada e nada, abre o frigobar e tira deste uma garrafa de água jogando o liquido nos pc's e com auxilio de um canivete perfura todas as caixas várias vezes, sai dali indo para o sanitário mais alguém o vê.

Glicélia que ficara na fiscalização de tudo vai até sua sala buscar canetas para alguns alunos que tiveram problemas com seus materiais, ao entrar vê ali a catastrofe, pc's molhados e caixas perfuradas, logo liga para a policia.

O teste fora suspenso devido aos policiais ali todos foram ouvidos inclusive Celso que disse ter ficado o tempo todo no ginásio fazendo os exercícios, alguns alunos confirmaram pois o viram ali, Fernanda liga para Leônidas que vem logo e dá explicações aos policiais do por que ter comprado aquelas câmeras para a escola, ao fim fica aberta a investigação e todos ali são liberados, Áurea vem junto de Laura buscar o filho.

Fernanda pede um momento com elas.

- Não esta descofiando de meu filho, Fernanda, está?

- Olhe d Áurea me desculpe mais o Celso anda um tanto estranho.

- Professora, acho que terei de levar adiante esta acusação.

- Por favor d Áurea.

O clima fica tenso entre elas e Fernanda pede desculpas, Áurea e Laura saem dali a procura de Celso que ficara perto do portão.

- Vamos embora filho acho que teremos de coloca-lo em outra escola.

- Não mãe, por que, eu gosto daqui.

- Vamos ver com seu pai.

- Sim mãe.

Leônidas aproveita o fim do tumulto e anda pela área externa da escola onde aos fundos na casa máquina da caixa de água encontra uma touca e 1 par de luvas.

- E estas coisas. Ele vai até o lugar e percebe que a porta desta esta encostada ele abre e olha, dentro somente um painel de força mais ao lado uma portinhola, perto desta um par de chinelos ele decide mexer nesta, liga o interruptor e abre a portinhola, somente um grande reservatório de água subterrâneo ainda não preenchido em seu total, 2 tubos por onde escoa a água para a caixa com auxilio de bombas e outros 2 para abastecimento dali do reservatório, ele vê algo estranho na água, retira o celular do bolso e ilumina esta, ali deitado parte do corpo

para dentro somente as canelas e pés para fora dali, logo a luz pisca a porta é fechada o deixando preso em partes seu corpo ali a bomba é ligada, imediatamente o reservatório é inundado por água ele tenta por tudo sair dali mais esta preso, começa a gritar e fazer força mais não tem sucesso, seu celular cai na água ele tenta pega-lo, seu corpo escorrega, ele ali dentro da água tentas nadar mais a força da água é forte, com muito esforço chega a portinhola e tenta abri-la mais sem sucesso.

No pátio Vanusa, Glicélia e Fernanda conversam sobre o ocorrido ainda ali 2 policiais averiguam as salas, Vanusa vai até uma delas e da janela ouve o barulho da bomba, Glicélia esta a porta.

- Estranho diretora não me lembro de ter deixado a bomba do reservatória ligada.

- Mas a sala da máquina esta trancada.

- Vou lá ver.

- Também vou.

As duas seguem para a sala de máquinas que esta com a porta aberta, o barulho das bombas torna o lugar ensurdecedor e é desligada, a portinhola aberta Vanusa vai até a mesma para fecha-la.

- Amanhã vou dizer umas poucas para o Luis, com certeza ele andou por aqui, pois suas ferramentas não estão ali no canto.

Logo um grito ecoa por toda a escola.

Os policiais, a diretora, Fernanda todos ali na casa de máquinas, os bombeiros chegam e entram no reservatório, logo o corpo de Leônidas é retirado dali.

Fernanda reconhece e assina o papel que lhe é dado, sim, Leônidas esta morto.

Celso terminara seu lanche e vai para seu quarto, arruma suas roupas no armário e vai a janela de onde vê alguém conhecido na calçada.

- O que esta louca esta fazendo aqui.

Ele sai de seu quarto, coloca os chinelos e sai, ali na calçada a garota da escola brinca de pular amarelinha, no meio do tabuleiro do jogo ela olha para Celso.

- E você Celso, prefere o quê, o céu ou inferno?

- O que esta fazendo aqui?

Diz Celso cerrando os dentes.

- A rua é pública eu posso brincar onde quiser.

- Vai diz logo, o que quer?

- Um refri.

- Vou pegar.

- Ok.

Ele sai para casa logo retornando com uma garrafa pequena de refri.

- Nossa seus pais são ricos.

- Eles trabalham sabe o que é isso, não ficam por ai persuadindo e manipulando pessoas.

- Ai que frio você, vai bebe um pouco.

- Fale logo, o que houve?

- Leônidas esta morto.

Celso olha para ela boquiaberto, agarra a garota pelo braço e vai para a outra esquina frente a um terreno baldio.

- O que disse?

- Ele se afogou no reservatório de água na casa de máquina.

- E existe um reservatório na escola?

- Imbecil, sempre teve.

- Como sabe disso?

- Sabendo.

- Agora as coisas complicam para mim.

- Como você nem estava lá.

- Bem isso é.

- Pois é.

O garoto olha para os lados e fica mais próximo dela.

- Mais se eu já não estava significa que outro alguém fez isso?

- Pode ser. Os olhos dela tornam-se um vermelho sangue e surge em seus lábios um riso infernal.

- Você com certeza é o diabo.

- Acho que isso se torna mais cabível para ti.

- O que diz?

- Bem eu tenho um excelente professor.

- Você não existe.

- Acho melhor eu ir.

- Tudo bem.

Uma semana sem aula devido ao ocorrido, perícia científica e esvaziamento do reservatório, desinfecção dos canos e outros pormenores.

A noticia se espalhou com rádios e tv's ocupando até mesmo o horário nobre em telejornais locais e de âmbito nacional.

- Nossa escola agora esta sendo visada.

- Fique tranquila tudo será resolvido.

- Como posso ficar tranquila, nossa escola passara por um pente fino, já temos uma lista de desistência para o próximo ano.

- Logo a poeira abaixa.

- O problema é que até lá, tudo estará perdido.

14092017 ----------------------------------------------------.

9

Pouco a pouco, a vida escolar retorna, o acidente com Leônidas, as câmeras danificadas abriram um abismo na escola, deixando a instituição até então respeitável e acimas das outras, a mercê de todos os tipos de comentários maldosos, com a ajuda de um profissional de marketing, as mensalidades caem, fora a abertura de novas bolsas junto com ações sociais.

O que trouxe para a escola alguns jovens da periferia que foram escolhidos através de um sistema psicológico e alguns testes escritos tudo muito criterioso.

Sendo que assim tal ação trouxe um olhar de alguns jornais que fizeram reportagens sobre a nova forma de abrangência no ensino dali, a palavra da vez agora na escola é inclusão social, assim sendo e em conjunto com alguns empresários, nova pintura no prédio, reforma no sistema hidráulico deixando o lugar mais auto sustentável, os alunos em conjunto com ong's que protejem o verde, criam um novo canteiro próximo a caixa de água com algumas mudas nativas nacionais.

Glicélia realiza um concurso onde todos os alunos poderam dar dicas e até desenharem o novo estilo e logo da escola nos uniformes que vão usar, Celso em conjunto com outros 9 colegas vencem o concurso como prêmio ele ganha um notebook e os outros do grupo tablets e 50 reais para cada na cantina.

Áurea se emociona ao saber que seu filho ganhara, Pietra se aproxima do rapaz já com 15 anos, no inicio ele se tornou irredutível devido ao fato de ter criado uma conexão com a garota que o ajuda em seus arranjos infernais, mais agora Celso é só amores com Pietra de 14 anos, a garota é meiga e nada parecida com a outra de riso diabólico.

Fernanda se tornara calada, não participa mais tão ativamente das reuniões na escola e sociais, em sua casa não tem convívio, começa a faltar apresentando vários atestados médicos, Glicélia decide por afasta-la porém o órgão do governo que lida com tal assunto nega o pedido de afastamento da profissional.

Na escola em um momento em que Celso não esta com Pietra, a garota infernal vem a ele.

- Oi.

- Esta sumida, o que houve?

- Mais um vai deixar isto.

- O que diz?

- Sua querida professora não vai continuar.

- O que fez com ela?

- Eu, nada, ela quem fará.

- Explique melhor.

- Adeus gatinho. Ela corre para o ginásio, Celso tenta ir atrás mais Pietra o chama.

- O que aconteceu Celso?

- Nada eu ia ao banheiro.

- Mais é para lá.

- Sim, minha cabeça hoje, nada a ver. Risos.

Pietra segue para os bancos e Celso a acompanha mais vez por outra olhando para o ginásio.

15092017 ------------------------------------------------------------------

paulo fogaça e IONE AZ
Enviado por paulo fogaça em 16/09/2017
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