As Aparências Enganam

Vanessa era uma menina de cerca de dezessete anos de idade. Muito obediente aos seus pais, pensava muito antes de andar sozinha durante a noite, ainda mais quando se tratava de um local totalmente desconhecido por ela. Porém, naquela quinta feira ela precisava passar na casa de uma amiga para pegar um livro o qual ela esquecera com ela. Deixaria para outro dia se não fosse tão importante para a prova que teria na semana seguinte.

Era por volta das oito da noite, mas devido à forte chuva que acabara de cair, não tinham tantas pessoas na rua. Vanessa apressou os passos, na tentativa de alcançar mais rápido a casa de sua amiga. O vento soprava as copas das árvores e este barulho a assustava. A impressão que tal barulho passava era que a garota estava sendo observada por alguém.

De repente, o celular de Vanessa caiu. Com pressa, ela se abaixou para pegar o aparelho. Então, naquele instante, quando ela se colocou de pé, percebeu que não estava mais sozinha.

Ao lado da menina, estava agora, um homem, que sorria maliciosamente para ela.

Tendo a certeza de que aquele homem lhe faria algum mal, a menina que se via sozinha, reuniu todas as suas forças e correu. Em seu caminho ela não encontrava ninguém, apenas as casas ali devidamente muradas e árvores sendo invadidas pelo vento.

Vanessa já estava quase se entregando à morte, quando avistou uma casa com o portão aberto. Olhou para todos os lados e já não podia mais ver o homem tão assustador que a segundos atrás a perseguira.

Do lado de fora da casa, uma senhorinha de cabelos brancos e olhos serenos observava Vanessa. Se aproximou da jovem e solicitou que ela entrasse até se recompor.

Naquele momento, Vanessa agradeceu aos céus por ter encontrado aquela senhora ali, no momento em que mais precisava. Explicou então o que tinha acontecido. Falou do homem maldoso e de todo o medo que havia sentido. A senhora fez um chá para a menina, a tranquilizou, dizendo que tinha um filho, e que este a deixaria em casa com segurança.

Quando o relógio marcou dez da noite, a bondosa senhora encaminhou Vanessa para o carro de seu filho. Assim como fazem as mães amorosas, alertou a menina sobre os perigos que a noite poderia oferecer, e, como uma forma carinhosa de se despedir, deu um beijo em sua testa.

A menina estava tão feliz por estar salva que não reparou em mais nada. Fechou a porta do carro e ficou acenando para sua nova amiga da terceira idade enquanto o veículo se afastava do local.

Do nada, um frio correu a espinha da garota e o medo tomou conta de seu corpo novamente.

"Pode me guiar até sua casa, mocinha?" Perguntou aquele mesmo homem que correra atrás dela poucas horas antes, em seguida de um sorriso malicioso.

Mayara Morenna
Enviado por Mayara Morenna em 01/11/2017
Código do texto: T6158905
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