SUSSURROS 23 TERROR DE PAULO FOG E IONE AZ

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Aparecida apresenta melhoras consideráveis com o acompanhamento psiquiátrico e apoio da família de Mauro, Celso certo dia entre fotos para o site de vendas das peças de Cida, atende a um telefonema, a principio não acredita mais logo recebe a confirmação por e-mail uma exposição das peças que Cida criara no Museu de Curitiba.

- Minha nossa, meus filhinhos.

- Sim D. Cida, será um grande espaço e terá cobertura da tv.

- Mais eu não sei o que fazer.

- É só ser você.

- Você vai comigo?

- Se a senhora quiser...

- Lógico que quero.

- Então eu irei. Cida abraça Celso, nisso toca a campainha, Amanda vai á porta e logo vem com Mauro, detalhe, de mãos dadas com ele.

- Oi D. Cida.

- Oi moço bonito, te conheço?

- Claro que sim D. Cida, sou o irmão de Celso.

- Prazer Cida.

- Mauro.

- Você é bonito.

Celso observa aquilo, de fato a memória dela continua um tanto falha, os dois ali na sala travam uma prosa e Celso aproveita que Amanda fora na cozinha buscar café e bolo.

- Então esta ficando com Mauro?

- Oi.

- Não precisa disfarçar, você é solteira ele também.

- Estamos nos conhecendo.

- Que bom.

- Fiquei com medo que não gostasse.

- Jamais, prezo pela felicidade de meu mano e sua também.

- Obrigado.

- Oras, quando vão oficializar este namoro?

Ja na sala, Mauro degusta o café junto deles.

- Na próxima semana farei uma revelação a família.

- Sobre seu namoro com Amanda?

- O quê?

- Ele ja sabe. Amanda diz.

- Como soube?

- Fácil, já desconfiava, há pouco vi os dois de mãos dadas.

- Nossa.

Cida entra no assunto.

- Quem é Amanda?

- Sua enfermeira.

- Ela?

- Sim.

- Faço gosto por vocês. Risos.

Mauro após o café e mais alguns minutos de conversa sai dali com mais uma obra que comprara de Cida, além de ter dado mais um cheque para as despesas a Celso.

- Se cuide.

- Você também.

Celso leva Cida para o ateliê onde a deixa com suas esculturas e agora ela esta a iniciar pintura em quadros.

- Estão ficando lindos.

- Estão mesmo.

- Maravilhosos.

- Você é um bom rapaz.

Ali ela se sente em seu mundo mágico entre gesso e tintas.

Celso vai a janela para puxar a cortina á pedido dela, vê no portão Amanda se despedir de Mauro com um beijo, este vai e ela segue de volta a casa quando Celso é chamado a atenção pelo fato dela tirar do bolso o celular e atender logo demonstra estar com raiva e ameaça jogar o aparelho, ele sai do ateliê pedindo licença a Cida.

- Claro pode ir.

Na cozinha, Amanda coloca a louça do café na pia, o celular na mesa vibra e ela o atende.

- O que foi desta vez, vá para o inferno, não sou tua escrava, fiz tudo que me pediu, ainda não encontrei, estou pouco me lixando para isso, pare de me ameaçar, cretino, tá bom, eu te ligo.

Ela desliga e confere com olhar se alguém esta por perto, termina de lavar a louça, vai ao banheiro e retorna com outra roupa indo para o ateliê.

- D. Cida.

- Sim moça.

- Preciso ir ao mercado, comprar algumas coisas.

- Por mim.

Celso olha, ela pede o dinheiro, ele lhe dá.

- Não demorarei.

- Tudo bem.

Amanda passa frente ao mercado mais não entra, para num orelhão faz uma ligação e segue, numa mesa da sorveteria ela senta, logo a atendente vem, ela pede uma água com gáz e ali fica, logo vem o seu pedido, sempre de olho no relógio até que para ali próximo um carro novo deste desce um casal, uma mulher já de seus 50 anos e um rapaz de seus 25 anos.

- Olá.

- Demoraram.

- E aí o que descobriu?

- Nada, o tal empresário não dá chance.

- Não existe chance, a gente cria.

- Para você é fácil é homem e as suas vitimas são sempre bobas.

- Você que diz.

- Parem com isso, precisamos arquitetar um plano.

Diz a senhora.

- Como?

- Prestem atenção. A mulher diz a eles o que tem em mente, Amanda presta total atenção a tudo que esta diz.

- Um tanto dificil.

- Tem que ser assim.

- E se ela acordar?

- Ai não resta jeito.

- Matar?

- Conhece outro modo?

- Não.

- Quando?

- Ainda nesta semana.

- Tão rápido.

- Não temos mais tempo e você já esta ficando conhecida ali.

- Tem razão.

- Além de quê, o chefe já decidiu ou ele vai pessoalmente resolver.

- Não, isso não.

- Perderemos nosso ganho. Diz o rapaz.

- Pior do que isso, seremos expulsos da organização.

- Faremos.

- Sim.

24122017 .............................

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Já é madrugada, Amanda levanta cuidadosamente, confere se Aparecida dorme e sim, desce para a sala onde desliga o alarme vai para a cozinha e prepara um leite, bolachas, bebe água e sobe com o lanche, acorda Aparecida.

- O que foi?

- Estava roncando muito.

- O que quer?

- Beba isso.

- Não quero nada.

- Vai te ajudar a relaxar.

- Eu quero dormir.

- Por favor D. Aparecida.

- Esta bem. A patroa bebe um tanto desconfiada, come duas bolachas e fica a olhar para Amanda.

- Você não é enfermeira.

- Como assim D. Cida, de onde tirou isso?

- Quem te mandou.

- Não sei o que diz.

- Vai fale logo.

- Por favor. Aparecida avança em Amanda que desvia, a mulher vem a Amanda novamente mais perde as forças e cai sonolenta.

- O que pôs no meu leite?

- Oras, a senhora deveria saber, Olga.

Aparecida franzi o cenho e tenta levantar-se sem sucesso.

- Agora me diga, a senha do cofre.

- Ladra.

- Vai me diz.

Amanda prepara uma injeção.

- O que vai fazer?

- Melhor dizer Olga, a ordem não quer problemas.

- Cretina.

- Como você foi há tempos atrás.

- Ladra.

- A senha. Toca o celular de Amanda, ela atende liberando para que entrem.

Ali no quarto, Aparecida se vê diante aos olhos da senhora e do rapaz além de Amanda.

- Vocês não morreram?

- Era o que queria, não, Olga.

- Me deixem em paz.

- Ela já disse a senha?

- Ainda não.

- mE DEIXE A SÓS COM ELA.

- Mais.

- Sem mais.

Amanda e o rapaz saem, minutos depois a senhora os chama.

- A senha, anotem.

- Como conseguiu?

- Vão conferir se esta mesma.

- Sim.

Amanda vai para o outro quarto e abre o armário, digita a senha no cofre e retira deste um livro antigo e bem grosso e um embrulho.

- É isso?

- Sim.

A senhora guarda os objetos em uma sacola e diz a Amanda que termine o serviço.

- Fique tranquila, eu o farei.

- Assim espero.

- Adeus.

- Adeus.

Eles saem, Amanda aciona o alarme e retorna ao quarto, ali Aparecida esta caída no chão, com marcas no pescoço e um hematoma a criar-se no olho direito.

- É não tiveram dó da senhora.

- O que vai fazer?

- Sabe o procedimento.

- Por favor não.

- Acredite, eu odeio isso, mais.

Amanda vem com a seringa até Aparecida, nisso a luz é apagada, um grito abafado, quando acesa, ali no chão, Amanda com um corte profundo no pescoço, sangue esguinchando.

- Sua pilantra.

Ao lado de Aparecida, a garota infernal sorri com uma espécie de fio preso a uma pulseira e seguro com a outra mão.

Amanda morre ali em segundos, ainda no quintal da casa, jaz a velha e o rapaz do mesmo modo.

paulo fogaça e IONE AZ
Enviado por paulo fogaça em 30/12/2017
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