Um Sonho Macabro

Estava lá contemplando o silêncio da noite na qual aves noturnas ficam sorrateiras dentro da neblina do luar, fui ficando sonolenta e fechando os olhos devagar azuis como o mar, até que... meu medo se manifestou.

Não sei o porquê, mas tive a vontade de descobrir se o sobrenatural existisse. Estava andando eme uma rua pequena, onde só se encontrava metros e metros de árvores tão altas que pareciam ter fala através do vento. De tanto andar por aquelas imensas árvores percebi que algo vinha junto comigo me seguindo cada passos meus. Então corri para que a fera não me encontrasse e olhei para o fim da rua e vi uma casa escondida entre os arbustos e em sua grama havia crescido tanto que cobria a beleza e a tornava medonha, senti que a fera ainda estava por perto, então resolvi abrir caminho nos arbustos me cortando e deixando rastros do meu sangue e o cheiro do meu perfume no ar, meus cabelos louros cobertos de suor. Abri a porta girando a massaneta devagar que teve ruídos arrepiantes e pude ver que a casa era puro abandono, logo um calafrio percorreu pela minha espinha havia algo ali. Rapidamente peguei uma vela que estava perto da porta acessava, na qual achei estranho, para vencer o medo da escuridão em volta. Ferida e cansada adormeci em meio a um monte de lençóis brancos que cobriam todos os móveis velhos e já gastos. Acordei de repente exatamente as três da manhã, aonde o relógio antigo batia vagamente, e percebi que algo dormia ao meu lado. Em meio ao meu susto era uma criatura grande com pelos avermelhados e seus olhos pareciam duas rubis, pude logo ver que não estava dormindo e sim me olhando, era tão belo. Foi então que a fera começou a definir e transformar em algo macabro e perdido ao meu encontro tinha em seus olhos um extinto assassino e muita sede de sangue. Deu deu tempo para correr ou nem ou menos de gritar, havia tornado o banquete principal dele naquela noite. Entre rugidos e trovões a fera me disse com uma voz horripilante:

- Eu sou a morte e dentre a raça humana, escolhi você. Enquanto meu cadáver apodrecida, ninguém jamais ousou a voltar e entrar naquela casa.

Abri meus olhos arregalados, com a respiração acelerada, meu coração faltava sair para fora, olhei para a janela aberta e vi as imensas árvores, quando fui me acalmando aos poucos, busquei olhar para trás, e fui até a porta do quarto, aonde dava para ver a porta da entrada e ao lado se encontrava uma velha vela acessava. Voltei com as pernas cansadas, aonde me perguntei porque tanto doia para a cama e me encolhi entre os joelhos e fiquei pensando com a respiração ainda pesada o que este sonho queria dizer.

"O medo que te toma em seus pesadelos, podem ser você tentando sair." - Milla Lacerda.

Milla Christie Lacerda de Souza
Enviado por Milla Christie Lacerda de Souza em 30/01/2018
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