O Fogo e o Amor-CLTS 02

O homem consegue alcançá-la.

"Não! Não! Mãe!"

Agarra-a pelos cabelos. A dor é como um choque.

Sem nenhum esforço, faz com que ela ajoelhe, os tapas na cara a deixam com um gosto salubre na boca, ele pisa nos dedos de sua mão esquerda e eles estalam, ela sente por entre as pernas magras um calor molhado, o calor aumenta quando o soco a atinge nas costelas, a mão no cabelo afrouxa, mas ela sabe o que vem na sequência... a dor é algo familiar... sorrateiro...

"Não pai! Não... por favor... não bate nele não... eu dou ele pra alguém... não..."

"Se esconde minha fia... se esconde! Né seu pai não... é o Fogo..."

E eles já estão caminhando pela trilha na mata. Os quatro. A mãe vem por último, lamentando, seu olho está roxo, ela tenta amparar a menina que em prantos pede para que o pai solte seu cãozinho.

"Sua putinha cretina! Agora cê vai aprender a num trazê porra de cachorro pa dento de casa nunca mais!"

Eles chegam aos trilhos. Seguiram um atalho pela mata. O silêncio é absoluto. O pai tem um rolo de fio na mão e o filhote na outra. Em instantes, ele está atado ao trilho com força, o rabinho preto balançando, ele não entende as lágrimas e os gritos, ele foi um cãozinho bom, dias antes estava na rua, abandonado, até que uma boa menininha o encontrou e o chamou de Anjinho... e o amou por três dias em segredo... até que Papai o encontrou. Quando papai chegava em casa com aquele cheiro forte, ele não era o Papai de verdade... era outra coisa...

"Nããããããooo! Mãããee! Não deixa não mãinha! Por favor!"

O silêncio é quebrado pelos gritos e por um som que vem de longe, em crescente, faz com que a terra abaixo dos pés dela comece a tremer, uma cratera começa a se abrir emitindo vapores infernais conforme os gritos vão ficando mais altos... mais altos... desesperados... acompanhando o apito do trem que rápido se aproxima... antes que a cratera a engula, ela consegue ver Anjinho amarrado, rabinho balançando... e o trem então passa... os trilhos estão vermelhos e cheios de pelos... Anjinho não está mais entre eles...

O pai sorri.

Eliza acorda.

São 3 da manhã e seu corpo dolorido treme, a madrugada é de uma frieza incomum, o coração ainda está acelerado pelos momentos vividos do lado de dentro da máscara que ela corajosamente imposta. Ninguém sabe de seu íntimo, de seus sofrimentos, ela é só mais uma Maria no mundo.

"Foi só um sonho... um sonho... não aconteceu... por favor meu Deus... me deixe dormir... tenho que trabalhar... preciso descansar Senhor..."

Um pouco mais calma, decide acender a luz, sabe o que procura, sabe que somente isso fará com que ela volte a dormir, somente isso espantará qualquer medo do que lhe era desconhecido... e escondido...

A mãe dorme. Ela ouve sua respiração.

Eliza a olha por alguns minutos. O corpo de sua mãe, de sua rainha, está magro, perdido no vestido florido, a pele enrugada está um pouco ressecada, os cabelos brancos como a neve que nunca viu estão presos e cheirosos, a boca sem nenhum dente, semiaberta, deixa escorrer um filete de saliva que umedece a fronha do travesseiro. A fralda fora trocada pouco antes de ela deitá-la com carinho sobre a cama limpa, a mesma cama que também era a sua. Ela jamais estaria sozinha... as duas contra a mundo... na mesma cama... no mesmo coração... no mesmo destino...

"Eu te amo minha mãe... amo demais..."

Antes de deitar novamente, Eliza olha ao redor, vê as paredes de madeirite e papelão em seu mosaico protetor, a lona preta que dias antes fora trocada por Seu Alcides parece ter ficado bem colocada, talvez não pingasse mais durante a chuva, as panelas penduradas que quase nunca eram usadas reluzem, no piso de terra que todo dia era varrido algumas baratas correm, quase nenhum móvel. Sente o cheiro de esgoto vindo de fora que era impossível de se acostumar. Na favela “Sururu de Capote” os ratos não precisavam de licença para entrar, e sem geladeira, elas não podiam guardar nada... a fome fazia parte dos planos... por enquanto... as coisas mudariam... com fé em Deus...

Ou não.

Pela manhã, Eliza a chama com carinho. O sonho não a incomoda tanto, ela entende seu simbolismo, evita pensar à respeito.

— Mãezinha? Vamo acordá? Eu vou fazê um cafézinho pa gente tá? O seu é cum leite e sem açúcar, pra num engordar, tá certo?

Olhos vagos a observam. Um grande mérito do Alzheimer. Ou sequela de muitos socos. Dona Nalva quis ser a melhor mulher para o pior marido possível. A ingenuidade que herdara da mãe a conduziu para um casamento de privações e omissões, uma negligência que nunca poderia ser contornada. Suportou com seu terço na mão todos os abusos, hematomas e fraturas porque tinha sua pequena pra defender... a menina Elizinha... enquanto ela não crescesse... e hoje essa pequena era sua mãe... trocava-lhe a fralda cheia de excrementos, dava de comer em sua boca com toda a paciência, a banhava como um dia banhara suas bonecas no quintal do sítio... e não havia mais voz para agradecê-la, e dizer que também a amava... seu espírito emudeceu.

— Sabe mãezinha, hoje vou receber duas faxinas que eu fiz, mamãe, adivinha o que eu vou comprá pa nóis? Advinha?

A boca nua de Dona Nalva se abre. As mãos se movem sem coordenação.

— Um ventilador! Eu sei que de tarde aqui é muito quente e minha mãezinha sempre foi muito calorenta, né minha mãe?

Eliza a beija na testa.

Depois de sua rotina matinal de cuidados, Eliza põe a mãe na cadeira de balanço com almofadas no assento e nas costas, a sonda para alimentação na barriga está limpa.

— Mãe, vou chamar a Alessandra, venho já viu?

Sempre sem resposta.

Alessandra, vizinha de Eliza, morava no barraco ao lado, vinte e cinco anos mais nova, dois filhos, sem marido, pobre ao extremo, era como um anjo, Eliza a pagava cem reais por mês para que ficasse com a mãe três dias por semana enquanto ela se virava para fazer entre três a quatro diárias nas casas bem arrumadas de seus patrões, saia de uma para a outra com pressa. Por mais que gostasse de Alessandra e não duvidasse de sua honestidade para com sua mãe enferma, sabia que somente ela poderia oferecer o devido cuidado e o sentimento capaz de amenizar a triste condição que a acometeu pouco depois que a própria Eliza fez vinte anos, dias após o funeral do marido... O derrame seguido de diversas patologias neurais e do espírito culminou num estado vegetativo que já se estendia por vinte anos. Não havia a mínima expectativa de mudança, a aposentadoria de salário mínimo que a mãe recebia mal dava pra custear os remédios que não eram cedidos pelo Governo, e sem condições de conseguir bons empregos, Eliza se viu forçada a se mudar com a mãe para a favela por necessidade, à margem da sociedade, numa estrutura de caos e rejeição, não podia mais pagar aluguel com o pouco que ganhava e sabia que precisava ter tempo para cuidar da mãe até o fim, jamais a deixaria à mercê de um asilo ou do destino certo que a falta de amparo a guiaria. Eliza se privou de tudo para viver e morrer ao lado da mãe, ao lado daquela que sempre a defendeu como pôde dele...

Do Fogo...

O sonho retorna. A lembrança é nítida, dolorosa, diária...

A mãe sempre falava sobre o Fogo... como o Fogo havia queimado a alma de Papai quando ele trabalhou na mata, dizia que era por isso que ele fazia o que fazia. Ele viu o “Fogo Corredor” e não fugiu, daquele dia em diante, o Fogo faria ele ser qualquer coisa menos o homem que a pegava no colo e brincava com ela nos fundos do quintal do sítio. O Fogo perseguia... Eliza, agora uma senhora, refletia que o Fogo era sempre acompanhado daquele cheiro que ela desconhecia na época, mas que hoje qualquer criança seria capaz de identificá-lo: álcool. Todas as idas do pai à cidade terminavam em espancamentos, humilhações, submissões e abusos que ela aprendera a esquecer, o pai só parava quando a mãe estava inconsciente ou quando seu sangue era visto. O simbolismo do sonho parecia relembrá-la da verdade, nunca houve nenhum Anjinho... mas houve um gato chamado Félix... sim... esse o pai matou com pisadas na frente dela e depois tocou fogo com querosene, assim como queimou todas suas bonecas, as roupas da mãe e grande parte dos móveis velhos da casa. Havia uma espécie de fixação pelo fogo... o pai ficava de pé observando a pira em chamas enquanto as duas se ajudavam na tarefa de cuidar dos ferimentos sempre que o Fogo o dominava...

— Num odeie não ele minha fia... né culpa dele... é culpa do Fogo... reze pela alma dele minha fia... seu pai é um homem bom... só Deus vai livrar ele das mãos de Satanás...

Alcoolismo.

Hoje tudo fazia total sentido para Eliza. Não havia Fogo, aquilo era parte da crendice de uma boa mulher que nunca aprendeu a ler. O pai era um bêbado violento e negligente, apoiado pelo fato de viverem isolados no interior onde ninguém poderia ajuda-las, eram apenas os três, ou melhor, as duas... Quando os vizinhos que não sabiam de tudo que acontecia no sítio Olivença e que nada podiam fazer chegaram com a notícia de que Seu Chico Lopes tinha sido espancado num bar da cidade e que estava entre a vida e a morte, Eliza se ajoelhou e agradeceu a Deus... agradeceu porque todas as noites ela pedia para que ela e a mãe se livrassem do demônio que um dia chamou de pai, mas Dona Nalva chorou... chorou como se algum pressentimento funesto a avisasse de que as coisas não terminariam ali, não daquela maneira. No hospital, as duas viram Papai com o rosto desfigurado pelos golpes de cabo de enxada, os dentes quebrados, a cabeça com uma depressão na parte lateral, o corpo inchado e retorcido da surra que levara de três jovens fortes (aposta e cachaça eram levadas à sério) Eliza lembrava das últimas palavras que ouviu do homem que ela queria que morresse logo...

— Eu... eu mato cês duas... duas puta... eu mato... nem que eu vóte du inferno... — enquanto arquejava.

O que elas haviam feito a ele?

Após a morte do pai tudo aconteceu muito rápido, homens de terno chegaram ao sítio e tentaram explicar à mãe que as duas precisariam sair porque havia dívidas que só poderiam ser quitadas com a venda do sítio, e a digital da mãe figurou em diversas folhas acompanhadas de uma atitude servil de quem sequer imaginava o que aquilo significaria, ela lhes serviu café com torradas. O pai havia contraído uma dívida que as deixou em total miséria (empréstimos para bebedeiras e prostitutas) sem ninguém a quem recorrer, dependendo da misericórdia de poucos vizinhos que ajudaram não as deixando morrer de fome. E só. Agora, seriam as duas contra o mundo...

E a história delas era longa... e o trabalho a aguardava.

— Alessandra muito obrigada mais uma vez viu? — ela abraçou a vizinha — Deus há de lhe pagar em dobro o que você tem feito por mim e pela minha mãe.

— Num foi nada não Dona Eliza.

— Olha o que eu comprei Alê, é usado mas o hôme disse que tava bom, que esquentava um pouquinho quando ficava ligado mas que eu num me preocupasse não — Eliza mostrou o ventilador de metal com aparência de ferro velho — de dia aqui é um calor danado né mulé? Mamãe precisa de um e já tem tempo que eu venho juntando um dinheirinho pá comprá.

— Vai colocar ondi Dona Eliza?

— Sabe Alessandra, quando um dia nós sair daqui pa uma casa melhó eu vou querer em cada parede da minha casa um ventilador pendurado, eu acho lindo sabe, que nem nas casa dos meu patrão.

— Dona Eliza com jeitinho a gente pode colocar esse pendurado também, é só amarrar uns fio e eu arrumo uns prego grande pra gente pregar na madeirite, se ficar bem preso, acho que num cai não.

— É mesmo né mulé? Se eu conseguir colocar de frente pra cama de mamãe fica ótimo.

E as duas se prontificaram a realizar a operação, que ao final, foi um sucesso. O ventilador foi fixado com arames, tiras de varal e alguns pregos na parede de madeira e papelão, e seu movimento giratório espalhava o ar quente em diversas direções dando a impressão de que uma brisa as acariciava.

— Agora sim minha mãe! Agora a senhora pode dormir tranquila, sem mosquito incomodano né? Num é novo não mas tá servino!

Servindo...

Na tarde seguinte, Eliza não trabalharia, mas iria acertar uma faxina com alguém num bairro próximo, mais uma fonte de renda seria muito bem-vinda, mesmo que a dor em suas costas a fizesse chorar em segredo para que a mãe não visse quando ela chegava em casa. Eliza foi no barraco ao lado à procura de Alessandra, mas ela não estava. Um dos filhos estava doente e ela saiu em busca de qualquer amparo. Eliza refletiu no que poderia fazer já que precisava com urgência acertar o trabalho pessoalmente ou iria perder a vaga para outra diarista, não podia deixar a mãe só e não conhecia ninguém mais que pudesse ajuda-la. Quando retornou ao seu barraco, viu que a mãe dormia um sono profundo, na cama com lençol limpinho, o ventilador pendurado de frente a cama estava mirado em sua direção e ela tinha no rosto uma expressão de tranquilidade. Eliza observou por alguns instantes e lembrou que a mãe não se levantava da cama sozinha, não fazia nada sozinha, era como um corpo mecanizado que guardava uma alma silenciosa, mas que Eliza sentia com toda a verdade que estava totalmente ciente de tudo que acontecia ao seu redor. Aos 75 anos, a mãe só conheceu o sofrimento por toda a vida, viveu pra mostrar à ela que independente de qualquer coisa, era preciso ter fé... e Eliza aprendeu a cultivá-la... era pela fé que ela ainda não havia amarrado uma corda no pescoço ou tomado todas as cartelas de remédios tarja preta de uma vez. O Fogo a perseguiu durante décadas... mas agora ela estava segura... sim... sua Eliza faria tudo até o fim, até que Deus desse o descanso digno, justo, que sua amada mãe sempre mereceu e que lhe foi negado...

Deus era estranho.

Eliza decide então fazer algo totalmente fora do habitual, calculou que se tomasse uma moto-taxi levaria no máximo trinta minutos pra ir e voltar pra casa, a mãe certamente ainda estaria dormindo, sempre dormia a tarde toda, e se caso acordasse, ficaria quietinha em seu canto e saberia que estava só por alguma necessidade urgente, conhecia a filha que tinha.

Quarenta minutos depois, com a faxina confirmada por um valor bem acima da média, Eliza sente que precisa chegar rápido em casa. Era a hora do banho de sua mãe, nos últimos tempos vinha sendo um pouco difícil com tantas dores lombares erguê-la da cama sozinha, andar com ela até os fundos do barraco onde a sentaria na cadeira de plástico, lavaria todo o seu corpo com a água morna que estaria no balde, com todo o carinho. Todas as mães banhavam os filhos... mas quantos banhavam a mãe? Quem a banharia se a vida decidisse agir conforme seu irônico roteiro? Não importava. Eliza guardava muito bem na memória os últimos 25 anos em que vinha cuidando da mãe como se fosse a filha que nunca teve, toda a fome que juntas passaram, todas as noites em que juntas rezaram para que o Fogo não as pegasse... se a mãe pudesse falar com certeza diria que a amava, que sempre a amou e que a amaria mesmo que não estivesse ao seu lado...

Talvez isso fosse amor... o verdadeiro...

Quando Eliza desceu da moto com certa dificuldade, ansiosa por chegar em casa, viu de longe a fumaça preta que subia vinda da direção para onde seguiria, as pessoas que corriam atordoadas, as crianças que choravam também sem saber o porquê. Eliza sentiu um calafrio subir da planta dos pés e se encerrar na nuca, seu coração começou a acelerar como o de alguém que de joelhos vê que lhe apontam uma arma para a cabeça. A fumaça parecia vir de algum lugar próximo de onde ela morava... “Meu Deus... o que é isso”, Eliza apressou o passo e antes que chegasse mais perto Seu Alcides a viu e de longe correu ao seu encontro, os olhos arregalados, o corpo tremendo.

— Dona Eliza! Dona Eliza! Pelo amor de Nosso Senhor Jesus! O barraco da senhora tá pegano fogo meu Deus! Me diga que sua mãe num tá em casa...

As palavras de Seu Alcides entraram em seus ouvidos como setas envenenadas. Eliza largou a bolsa de colo que carregava no chão e correu na direção da fumaça, passando pela multidão que com baldes tentava apagar o fogo que já havia atingido outros dois barracos. As chamas altas criavam uma atmosfera fervente, a fumaça impedia a respiração e o choro generalizado fazia com que o instinto de compaixão humana se aflorasse em abraços e lamentos em voz alta, todos jogavam água da maneira como podiam, o barraco de Eliza ardia, o lugar onde ficava a porta havia desabado, mas mesmo assim ela entrou... sob os gritos de desespero dos vizinhos em pânico... sentindo o cheiro de cabelo queimado e queimando as mãos, ela abriu caminho por entre as chamas, sentindo a dor insuportável e o calor queimando-a por dentro, as bolhas nas mãos e nos braços aumentando à medida que ela seguia em direção à cama onde estava sua mãe... e o que Eliza viu, ninguém jamais soube, ninguém jamais viu nem ouviu...

Deitada sobre um colchão negro que antes estivera sobre uma cama com lençol novinho, estava um corpo magro totalmente carbonizado... os braços em carne viva cruzados sobre o peito... a cabeça sem nenhum cabelo estampava feridas sanguinolentas... as pernas eram dois pedaços de carne negra... a mãe ainda respirava... seus olhos encontraram os olhos de Eliza... e ela soube o que havia acontecido... o ventilador que esquentava “um pouquinho” caiu sobre a cama em curto e as chamas se espalharam rapidamente... ela matou a mãe... matou a mãe... ela beijou o rosto da mãe e sentiu o gosto de carne queimada nos lábios enquanto o fogo a tocava nas costas... a dor invadindo sua vida como um abraço voraz... e nesse instante... ela ouviu...

— Ele veio Eliza... — a mãe falou — o Fogo veio nos pegar... voltou do Inferno... eu... eu te amo... eu te amo minha fia...

E elas se abraçaram... e o Fogo também...

A perícia constatou que um curto-circuito iniciou as chamas que destruíram cinco barracos na favela mais populosa de Maceió, não era o primeiro, e certamente não seria o último, mãe e filha acabaram morrendo, as únicas vítimas fatais de mais uma tragédia pessoal que poderia ser evitada se ambas tivessem a oportunidade de serem mais felizes, de terem a verdadeira dignidade que Deus as prometeu... se fossemos mais humanos... se nos importássemos mais com os outros...

Se o amor entre as pessoas fosse tão forte quanto o fogo...

TEMAS:Família\Lembranças\Ferrovia

Edgar Lins
Enviado por Edgar Lins em 04/02/2018
Reeditado em 01/03/2018
Código do texto: T6244987
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