A FORMA DO MEDO - CLTS 02

O auditório de conferências da Organização Internacional de Pesquisas Espaciais estava lotado. Embaixadores de praticamente todos os países sentaram-se em meio a discussões fervorosas, produzindo um coro ininteligível de vozes exaltadas. Os olhos do mundo voltavam-se com atenção para as projeções holográficas que indicavam o posicionamento de cada uma das 15 naves enviadas ao espaço alguns anos antes. A missão, articulada em escala global, tinha como objetivo explorar planetas que compartilhavam de condições atmosféricas semelhantes aquelas encontradas na terra.

Até aquele momento, oito naves haviam alcançado seus respectivos destinos, mas a organização perdera contato com cinco delas. Nos outros três casos, constatou-se ambientes hostis onde a vida como a conhecemos era impossível. O alvoroço girava em torno de uma mensagem recebida no dia anterior. A equipe centauro, que permaneceu incomunicável durante muito tempo, entrara em contato por meio de um vídeo de duração inferior a três segundos. Entre chiados e estática, ouviu-se dizer a palavra vida inteligente, e aquilo bastou para despertar o interesse de todos os presentes. Se confirmado o fenômeno, aquela seria a descoberta científica mais importante da história. Um intervalo de quatro anos se interpunha entre a data de envio do vídeo e a chegada do mesmo à terra.

Uma tela se projetou no meio do auditório, e então um silêncio sepulcral se fez presente. As palavras “capitando sinal” se acenderam no meio do salão e então o rosto de uma astronauta espanhola se materializou. Seus olhos estavam vermelhos, e a voz da jovem era trêmula. As expectativas que giravam em torno de boas notícias se desfizeram instantaneamente, e um clima de tensão foi instaurado. Cientistas, jornalistas e embaixadores ouviam atentamente.

08 DE JANEIRO DE 2247 - PUPILA VII, SATÉLITE NATURAL DO PLANETA EURON 5243-X

Suzana olhou para a grande janela panorâmica enquanto seu corpo levitava graciosamente. Lá estava ela, afinal de contas. Diante de si, pairava uma das magníficas luas que orbitavam o planeta Euron 5243, apelidada carinhosamente de Pupila VII pelos tripulantes da nave Centauro. Atrás da esfera de matizes azuladas, o inabitável planeta Euron flutuava em dimensões descomunais, prendendo a si diversas outras esferas menores – eram 9 satélites naturais ao todo. O gigante alaranjado, como era popularmente conhecido, integrava um sistema composto por outros quatro grandes planetas, todos orbitando ao redor de uma anã vermelha.

Depois de sete anos na criogenia, era chegada a hora de desembarcar e explorar o novo mundo. Suzana fazia parte de uma equipe formada por seis astronautas, todos voluntários. Embora não houvessem garantias de um retorno à terra, a equipe Centauro estava mergulhada em honrarias – integravam a missão espacial mais desafiadora de todas, percorrendo distâncias nunca antes alcançadas por viagens tripuladas. A jovem olhou mais uma vez para a magnifica lua azulada e se perguntou o que encontrariam em sua superfície. Voltou para a cabine central e se preparou para a sequência de pouso.

A nave deixou a escuridão estrelada e cortou a atmosfera da Pupila VII. A luminosidade de um céu púrpuro invadiu a cabine principal, e um brilho de esperança cintilou nos olhos de cada um dos seis tripulantes. Não muito tempo depois, eles pousaram sobre uma superfície descampada. Vestiram então seus trajes de exploração e entraram na câmara que separava o interior da nave da porta de saída. Quando estas se abriram, toda a magnificência daquelas terras desconhecidas surgiu diante dos jovens astronautas. Haviam chegado ao seu destino.

Suzana sorriu maravilhada. Sentiu o peso de seu próprio corpo e lembrou-se de que estavam em um lugar de massa inferior à de seu planeta natal. Olhou para os quilômetros que se desenrolavam para além da nave, admirando o que parecia ser algum tipo de vegetação. Mas a beleza primordial estava nas alturas: o planeta Euron se desenhava majestoso no céu, como um enorme disco alaranjado; outras luas, irmãs da Pupila VII, também se exibiam em uma profusão de astros circulares. Incontáveis estrelas salpicavam a manta arroxeada que era a atmosfera daquele lugar, criando uma composição fantástica.

Mas aquela viagem não havia sido patrocinada para fins turísticos. Javier, o mais jovem membro da equipe Centauro, acionou uma sequência de comandos e logo um compartimento se abriu na base da Nave, revelando o veículo de pesquisas que também serviria como acampamento. Os seis companheiros embarcaram no automóvel multifuncional e deram início à missão. Dirigiram até a base de uma colina, onde estranhos espécimes arbóreos formavam uma floresta. Suzana, Javier, Sheila, Richard e Eugenio desceram para coletar amostras. Oscar, responsável pela comunicação com a terra, permaneceu no veículo para reportar a situação.

A primeira coisa em que Suzana reparou foi o formato estranho daquelas árvores. Eram extremamente altas e possuíam tronco azulado, tomado por veios que lembravam vasos sanguíneos humanos. A jovem ficou chocada quando tentou tocar a superfície de um dos troncos e viu seu dedo indicador submergir: eram estruturas flexíveis, de consistência macia. Quando puxou de volta o dedo, constatou que um líquido viscoso havia tingido a superfície das grossas luvas que compunham seu traje espacial. Intrigada, Sheila se postou ao seu lado, retirou da maleta uma seringa e perfurou o tronco, coletando uma amostra de seiva esverdeada. A equipe seguiu, adentrando-se cada vez mais no interior da floresta.

No veículo-acampamento, Oscar aguardava. Dedicava-se ao envio dos relatórios à terra, sem ter obtido sucesso até aquele momento. Focado nos painéis de controle, tentava cumprir com os protocolos de chegada, mas os hologramas indicavam algum tipo de interferência. De acordo com as projeções, restavam apenas duas horas para o fim do ciclo diurno na Pupila VII. O jovem então tentou contato com o restante de sua equipe, pretendendo alertá-los, mas as mesmas interferências se interpunham entre o seu comunicador e o receptor deles. Continuaria tentando contatá-los, não fosse o estranho ruído que chegou aos seus ouvidos naquele mesmo instante.

A princípio, pensou estar imaginando coisas. Procurou mil justificativas para invalidar o que sua audição captara, e quando estava prestes a ignorar o acontecido, o som se repetiu. Era um gemido grave, trêmulo. Precisou ouvir aquela lamúria uma terceira vez para então traçar um paralelo entre ela e a voz de Javier. De repente alarmado, correu para a janela lateral e viu o corpo do amigo estirado no chão, a cerca de três metros de distância do veículo. Estava encolhido em posição fetal, remexendo-se um pouco enquanto aqueles gemidos de agonia prosseguiam. Oscar não perdeu tempo. Vestiu seu traje às pressas, acoplou o capacete arredondado e saiu para a pequena câmara de climatização. Quando a porta externa se abriu, correu ao encontro de seu amigo, aparentemente ferido.

O jovem se ajoelhou ao lado do companheiro e tentou girar seu corpo inerte. Quando suas luvas o tocaram, um tremor instantâneo percorreu sua espinha, fazendo arrepiar os cabelos da nuca. O traje de Javier, embora cintilasse na coloração prateada usual, não tinha a consistência firme do material que o constituía: cedia ao toque, como uma massa de modelar. Ao tentar erguer o amigo, Oscar sentiu os braços afundarem em seu corpo, deformando-o. Era como se tentasse segurar uma geleia ao invés de um ser humano. Incrédulo, notou que a coloração do traje se desfizera, aproximando-se de um azul-acinzentado. Javier finalmente girou em um espasmo repentino e encarou Oscar nos olhos. Este último, gritou desesperadamente.

O capacete daquela coisa estava sem o vidro. Aquela foi a primeira constatação que a mente apavorada de Oscar conseguiu estabelecer. Embora se parecesse muito com Javier, a massa mutável tinha olhos opacos, perdidos. Olhava ao redor como se nada enxergasse. A pele e as roupas começaram a se fundir, e todo o corpo daquela criatura se refez. Apenas o rosto de Javier continuava estampado ali, embora um liquido viscoso escorresse sobre ele. Um som gorgolejante substituiu aqueles gemidos, outrora tão idênticos à voz de Javier, e então a boca da coisa se abriu, evidenciando carreiras infindáveis de dentes afiados. Num movimento veloz, o alienígena metamorfo investiu contra Oscar. Os dentes quebraram o vidro do capacete e se afundaram no rosto do jovem astronauta, arrancando-o com uma só mordida.

Enquanto Oscar era devorado por uma estranha forma de vida, os outros membros da Equipe Centauro prosseguiam com suas buscas. Até então, haviam encontrado apenas espécimes vegetais. Estavam tão eufóricos que mal perceberam a noite se instaurando na Pupila VII. Foi Suzana quem chamou atenção para o fato, ao apontar para as incríveis nuvens luminosas que emolduravam o céu. Mais além, três luas se desenhavam nas alturas – a escuridão, pensou ela, jamais seria absoluta naquele canto do universo. Então, os cinco astronautas resolveram voltar para o acampamento. Poderiam dar prosseguimento as coletas no dia seguinte. Sheila mal podia esperar para analisar as quarenta e cinco amostras que mantinha em sua maleta.

A equipe descia a colina quando um estranho gemido ecoou por entre as árvores. Estagnaram de repente, os cinco ao mesmo tempo. Sheila reconheceu naquele gemido a voz de seu irmão Oscar e correu em seu auxílio, deixando sua preciosa maleta para trás. Eugenio e Javier tentaram acompanha-la, mas a perderam de vista na mata densa. A jovem correu até encontrar o corpo inerte de seu irmão estatelado nas folhagens e não hesitou em girá-lo. Foi tomada de horror quando o corpo da criatura se desfez em seus braços e começou a se sobrepor ao corpo dela. Algum tipo de ácido, liberado pelo metamorfo, corroeu o traje espacial e desintegrou a pele da astronauta. Ela tentou gritar enquanto agonizava, mas a corrosão de suas cordas vocais a silenciou.

Suzana e Richard esperavam pelo retorno dos companheiros de missão. Tentaram contato com o acampamento, mas ninguém respondeu. Tentaram se comunicar com os demais, e só então se deram conta de uma estranha interferência. Seus aparelhos estavam inutilizados. Ouviram Eugenio e Javier gritando desesperadamente, mas não ousaram entrar na floresta. O protocolo da missão deixava claro que, em situações de risco, a pesquisa deveria ser privilegiada. Suzana pegou a maleta e os dois começaram a descer a colina. Foi nesse instante que ouviram uma espécie de grunhido. Parecia a voz de Sheila.

Quando se voltaram para trás, a viram de pé, não muito longe de onde estavam. Sheila mancava, se arrastava lentamente colina abaixo. Parecia incapaz de se manter em pé por muito tempo. Richard tentou partir em seu auxílio, mas Suzanna o deteve. “Tem algo errado nela”, disse a jovem, apontando para Sheila. “Olhe para o visor do capacete, Richard! Veja!”. Ele viu, e ficou exasperado ao constatar que o vidro de proteção se fora. “Droga! Ela vai sufocar”, disse o rapaz, voltando a correr em direção à sua amiga. Suzana sentia que de alguma forma aquela não era Sheila –as feições que emolduravam aquele rosto e mesmo a voz que entonava aqueles gemidos eram idênticas, mas aquela expressão vazia, aqueles olhos opacos e desfocados não enganavam. Em um grito, implorou para que Richard voltasse, mas o jovem não lhe deu ouvidos.

Richard passou um braço pela cintura de Sheila e tentou apoiá-la. O assombro máximo se desenhou em seu rosto quando percebeu a textura inconsistente da jovem. Um momento depois a criatura alienígena revelou sua verdadeira forma, e então era tarde demais. O astronauta foi dilacerado diante de Suzana, que não hesitou: colocou-se em movimento e correu o mais depressa que pôde na direção do acampamento. Uma vez expostas, as dissimulações daquela criatura alienígena foram deixadas de lado. Ao invés de gemidos teatrais, imitações baratas de vozes humanas, o que se ouvia na floresta eram urros animalescos e grunhidos guturais. O barulho das folhagens indicava que seu perseguidor estava próximo. Apesar disso, Suzana não olhou para trás.

A jovem astronauta alcançou a base da colina e avistou o veículo-acampamento. Ao fundo, alguns quilômetros além, viu também a nave Centauro e desejou que sua equipe não houvesse pousado tão longe da floresta. Mesmo agora, diante do medo mais terrível de sua vida, ela não pôde deixar de perceber a maravilhosa composição celeste daquele planeta. Pupila VII, se não fosse abitada por formas de vida tão hostis, poderia ser descrita como um paraíso astral ornado por luas de infinita exuberância. Era uma terra onde até mesmo a noite mais mortal era banhada por luzes de beleza ímpar.

Pôs-se a correr outra vez, ansiosa pelo fim daquele tormento. Surpreendeu-se quando Eugenio e Javier emergiram da floresta, ambos correndo em direção à salvação. Um sorriso iluminou o rosto de Suzana – preocupada com sua própria sobrevivência, sequer chegou a imaginar que os demais companheiros pudessem estar vivos. Os rapazes despontaram em um ponto mais próximo do acampamento, então estavam em vantagem. Nenhuma criatura os perseguia, constatou Suzana. Atrás de si, o barulho das folhagens sendo esmagadas era constante.

Javier e Eugenio chegaram ao acampamento. O primeiro sequer olhou ao redor para verificar se sobrara mais alguém. Eugênio, por sua vez, voltou-se para a colina uma última vez, e graças a isso pôde ver Suzana correndo em direção a eles – o horror alienígena sempre em seu encalço. Javier ameaçou partir, mas o colega o convenceu a ficar, alegando que embora a missão tivesse sido um fracasso, o esforço de toda a equipe estava contido naquela maleta. Verdade seja dita, as chances de Suzanna não eram promissoras. À menos de dez metros do veículo, a jovem caiu violentamente no solo rochoso. Humanista que era, Eugenio decidiu ajudá-la.

Correu, aproximou-se da moça, a colocou de pé e começou a arrastá-la em direção ao veículo. “Ele não vai parar, Eugenio”, disse Suzana, se apoiando em seus ombros. “Um de nós tem que ficar. Segure a maleta, por favor”. Eugenio não abandonaria um companheiro de missão em circunstância alguma. Recusou o pedido dizendo que ela não se tornaria isca de alienígena, e acrescentou que a vida dele não era mais importante que a dela. Suzana não era tão complacente assim. Chutou com força o joelho de Eugenio, fazendo o cair com um grito de dor. Afastou-se às pressas, carregando consigo a maleta de amostras enquanto o metamorfo devorava o rapaz traído.

Javier perguntou pelo amigo assim que a jovem saiu da câmara de estabilização climática e adentrou o veículo-acampamento. Entre soluços, Suzana disse que Eugenio havia se sacrificado por ela. Um longo silêncio se instaurou entre os dois, e o desconforto era quase palpável – que Javier preferia ver Suzana sendo devorada ao invés de perder seu melhor amigo era evidente, mas ela se perguntava o quanto ele havia conseguido enxergar através da janela do veículo. Teria ele testemunhado sua traição? Preferia acreditar que não. Tirou o capacete e limpou o suor da testa, ofegando vigorosamente.

Várias daquelas criaturas metamórficas alcançaram o acampamento e começaram a se chocar contra a lataria. Javier decidiu que não era o momento para tirar aquela história a limpo e colocou o veículo em movimento. A viagem de volta não durou muito, e logo haviam chegado até a nave. Decidiram não levar o veículo de exploração, porque sabiam que as criaturas se aproximavam e talvez os alcançassem antes que os compartimentos se fechassem. Antes de descer do veículo, Javier colocou Suzana contra a parede. “Você o deixou lá para morrer, não foi? Não foi? Traidora de Merda!”. Chorando, Suzana apenas negava com a cabeça, incapaz de passar maior credibilidade à sua negativa. “Eu deveria te matar, você sabe disso, não é”?

Javier ouviu aqueles urros animalescos se aproximando e resolveu partir. Pegou a maleta, vestiu o capacete e se dirigiu até a câmara de climatização. Antes de entrar, voltou-se para Suzana e ordenou que esta permanecesse ali dentro. Se ousasse colocar os pés para fora do veículo, ele a destruiria da mesma forma que ela destruíra seu amigo, abandonando-a para ser devorada viva. Não houve contestação. Suzana voltou para a cabine, chorando aos soluços, e pôs-se a fitar a imensidão iluminada daquele céu etéreo. Já havia aceitado sua morte quando ouviu alguma coisa se deslocando discretamente no teto do veículo. Pensou em alertar Javier, mas teve uma ideia melhor.

Suzana apanhou seu capacete, dirigiu-se até a porta da câmara de climatização e viu o ex-companheiro se preparando para sair do veículo. Ele olhou para trás uma última vez, e a jovem apenas sorriu em resposta, gratificada pela oportunidade que lhe seria concedida. Javier saiu e foi atacado antes de chegar à nave. Foi estripado por dentes afiados e sufocou em seu próprio sangue. Agora que Javier não era mais um problema, Suzana teria uma última oportunidade. Acoplou o capacete em seu traje e saiu para a noite iluminada.

A jovem soube aproveitar cada segundo que lhe fora concedido. O alienígena que espreitava no teto do veículo estava ocupado devorando Javier. Suzana só precisou apanhar a maleta e correr para a nave. As outras criaturas se aproximavam rapidamente, então ela se apressou e deu início à sequência de decolagem. Chorando e rindo ao mesmo tempo, mal acreditando que sobrevivera, a astronauta viu o Pupila VII ficando para trás. Suas árvores flexíveis e seus habitantes monstruosos se tornaram menores, até que finalmente desapareceram na imensa superfície azulada. A nave cortou a atmosfera outra vez, e um minuto mais tarde flutuava no espaço. O planeta Euron, gigante e laranja, foi se tornando cada vez menor a medida em que a nave se afastava.

A jovem enviou duas mensagens à terra. A primeira delas foi corrompida por aquela estranha interferência vinda da Pupila VII. A segunda foi gravada com sucesso. No vídeo enviado à Organização Internacional de Pesquisas Espaciais, Suzana relatou o fracasso da missão, ocultando suas atitudes pouco nobres. Conseguiu simular uma voz chorosa e achou que o resultado foi bastante convincente. Depois, ela ajustou os cursos da Nave, direcionando-a para a Terra, e preparou a câmara de criogenia, onde dormiria por longos sete anos antes de regressar ao seu planeta natal.

Antes de perder a consciência, um último pensamento cruzou sua mente. Seria ela tão diferente assim dos habitantes da Pupila VII? Não teria usado dos mesmos artifícios para sair ilesa de lá? “Talvez aquelas bestas só estivessem tentando sobreviver”, pensou consigo mesma. “Você pode culpá-los por isso”? Caiu em um longo sono, livre de arrependimentos.

*TEMA: FICÇÃO CIENTÍFICA

Wellington S
Enviado por Wellington S em 03/03/2018
Código do texto: T6270109
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.