DESAFIO UNKNOWN WRITERS - GUIA DE TEMAS

FANTASIA:

Fadas, dragões, elfos, feiticeiros... Todos nós amamos histórias fantásticas por saber que não existem barreiras para a imaginação! Fantasia é um gênero da ficção em que se usa geralmente fenômenos sobrenaturais, mágicos e outros como um elemento primário do enredo, tema ou configuração. Muitas obras dentro do gênero ocorrem em mundos imaginários onde há criaturas mágicas e itens mágicos. Geralmente a fantasia distingue-se dos gêneros ficção científica e horror pela expectativa de que ele dirige claramente de temas científicos e macabros, respectivamente, embora haja uma grande sobreposição entre os três, todos os quais são subgêneros da ficção especulativa.

Uma vantagem do gênero fantástico é que o mesmo não se prende apenas à literatura, mas também ao cinema e música (Blind Guardian, por exemplo, possui um álbum inspirado em O Silmarillion). Também pode-se misturar fantasia com realidade, um exemplo claro que se vê em Harry Potter, que se passa em Londres, mesmo tendo todo um universo mágico por trás.

Como noutras formas de ficção, os acontecimentos e ações na literatura fantástica muitas vezes diferem daqueles possíveis na realidade, embora não seja regra. Em muitos casos, especialmente em trabalhos mais antigos, mas também em muitos modernos, isto é explicado por uma intervenção divina, mágica, ou de outras forças sobrenaturais. Noutros casos, como na chamada high fantasy, a história pode acontecer num mundo completamente fantástico, diferente do nosso, onde nele existe a magia, e as leis do mundo real nem sempre regem o mundo imaginário.

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TERROR:

A literatura de horror é um gênero literário e é comum que as obras ligadas ao horror sejam confundidas com as de terror, pois tanto nas livrarias e bibliotecas como na mente de grande parte dos leitores e dos críticos, ficam na mesma seção. A verdade é que as duas possuem uma enorme diferença.

De fato, a Literatura de terror (encontrada em muitos dos contos de Poe) volta-se para a criação de uma atmosfera de suspense cuja explicação nada possui de sobrenatural, sendo essencialmente psicológica. É por exemplo o caso de O barril de Amontillado, do citado autor. Nada existe ali de sobrenatural: é apenas o relato da vingança de Montresor, que empareda vivo ao desafortunado Fortunato. O livro Cujo, do consagrado escritor Stephen King, traduzido no Brasil como Cão Raivoso, é a história, evidenciada pelo título, de uma família, aterrorizada por um cão da raça São-bernardo chamado Cujo, quando ele é mordido por um morcego portador de Hidrofobia.

Por seu lado, a Literatura de horror contém indissociavelmente elementos do sobrenatural, muitas vezes associados a componentes típicos, por exemplo, da ficção científica. É o caso de Frankenstein, no qual um cientista (no caso, um médico) decide criar um ser (um Novo Prometeu) unindo partes retiradas de cadáveres e usando a eletricidade como fluido vital. Mas ela também recorre ao folclore e à cultura tradicional (é o caso de Drácula e Carmilla), à religião (Aprisionado com os faraós, de Lovecraft), isto é, ao sobrenatural - ou mesmo a supostos poderes latentes no ser humano: leia-se o conto O estranho caso do Sr. Waldemar (Poe), no qual o dito Sr. Waldemar, prestes a morrer, é mesmerizado e permanece vivo enquanto dura o transe. A ideia de escapar à morte é recorrente na Literatura de horror; além do óbvio Frankenstein, temos Vento frio, de Lovecraft, cujo personagem principal, mesmo estando morto, consegue se manter vivo mediante sistema de refrigeração instalado em seu apartamento. Também de Lovecraft, existe O caso de Charles Dexter Ward, com a ideia da reencarnação premeditada.

O gênero de terror ou horror na literatura tem a intenção ou capacidade de atemorizar ou assustar os seus leitores, através da inclusão de sentimentos de horror e terror. Em suas diversas manifestações, é natural a existência de uma assustadora atmosfera de estranheza. O terror pode ser tanto sobrenatural, como não-sobrenatural. Comumente a central ameaça por trás de uma obra de ficção de terror pode ser interpretada como uma metáfora para os grandes medos da sociedade. As antigas origens do gênero foram reformuladas no século XVIII como terror gótico, com a publicação de O Castelo de Otranto (1764) de Horace Walpole.

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FICÇÃO CIENTÍFICA:

O Gênero Ficção Científica é uma forma de ficção que se desenvolveu no século 20 e se refere a qualquer ficção que inclua um fator científico como um componente essencial da narrativa. Este tipo de ficção lida principalmente com o impacto da ciência – real ou imaginária – sobre a sociedade ou indivíduos.

Este tipo de gênero literário pode consistir de uma extrapolação cuidadosa e bem informada de fatos e princípios científicos, bem como pode tratar de áreas completamente imaginárias, que sejam até contraditórias a tais fatos e princípios.

Ficção Científica é um termo mal compreendido. Trata-se de um “gênero” literário que apresenta histórias fictícias e fantásticas, mas cuja fantasia propõe-se a ser plausível, quer em uma época e local distante ou próximo, ou mesmo no aqui e agora.

Um bom apreciador desse gênero necessita ter receptividade a idéias novas, abertura a ousadias intelectuais. Não é atoa que poucas pessoas apegadas a radicalismos religiosos consigam apreciá-la.

.:: Subdivisões ::.

Vejamos aqui, os principais ramos de Ficção Científica, mais ou menos pela ordem em que surgiram.

VIAGENS NO TEMPO

Criado por H.G.Wells no livro A Máquina do Tempo, é provavelmente o mais popular. Tal como nesta obra pioneira, pode envolver viagens do presente para o futuro, mas na maioria dos casos envolve viagens do Presente para o Passado, ou de visitantes do futuro vindo ao presente. De qualquer modo o recuo no tempo é bem mais comum.

Muitas vezes também a Viagem no Tempo em si não é o assunto principal, “Buck Rogers” por exemplo, mas a história depende dela. Em outros casos ela é a grande vedete, “De Volta Para o Futuro”, quer seja mostrando os choques culturais ou as complicações dos efeitos de paradoxo temporal.

Até hoje a viagem famosa mais ousada foi a da primeira obra, de H.G.Wells, que foi mais de 850 mil anos para o futuro! Ninguém quebrou tal recorde até hoje, a não ser em viagens para o passado, em uma obra de maior repercussão.

INVASÕES EXTRATERRENAS

Também iniciado por H.G.Wells na obra “A Guerra dos Mundos”, onde invasores de marte atacam violentamente a terra no século XIX, arrasando as defesas militares e alterando o ecossistema com o terrível Red Weed, “trepadeira vermelha”. Essa obra recebeu em 1953 uma versão cinematográfica que alterou radicalmente a ambientação para seu tempo e uma séria de outras características, como eliminar o Red Weed, alterar a aparência dos marcianos, a estrutura da naves, que ficou ESPETACULAR! E com a tentativa final de abater os invasores através de um artefato nuclear, algo quase impensável na época de Wells.

Foi sem dúvida o gênero mais popular desde o início do cinema até mais ou menos a época em que A Guerra dos Mundos aterrorizou os cinemas, depois o gênero caiu no esquecimento só vindo ser ressuscitado na década de 90 pelo blockbuster Independence Day.

VIAGENS PARA FORA DA TERRA

Inaugurado por Júlio Verne em “Viagem a Lua”, e também por H.G.Wells em “O primeiro homem na Lua” é um dos poucos que se tornou parcialmente realidade. Alias a tecnologia usada no programa Apollo está anos-luz à frente daquela imaginada por Verne. E neste grupo que ocorre também um dos assunto mais mal resolvidos da FC, a questão da gravidade

CRIATURAS ESPECIAIS

Certamente a Mãe da FC foi Mary Shelley, que publicou a primeira obra que, embora mais associada ao gênero Terror, possuí a estrutura básica da FC. “Frankenstein” de 1816, pode ser considerado o precursor primordial da FC. Esse subgênero Também foi abordado por H.G.Wells em “A Ilha do Dr. Moureau”, onde um cientista criou uma série de criaturas mutantes misturando homens com animais, numa espécie de precursão da Engenharia Genética.

VIAGENS ESPETACULARES NA TERRA

Novamente Júlio Verne através de principalmente duas obras, “Viagem ao Centro da Terra” e “20.000 Léguas Submarinas”. É válido indagar se o tema de miniaturização, presente no filme Viagem Fantástica, estaria contido neste subgênero.

SUPER PODERES / SUPER HERÓIS

H.G.Wells novamente, ao lançar a obra “O Homem Invisível”, que recebe ainda refilmagens periódicas. Na década de 30 Jerry Siegel e Joe Shuster criariam o Super Homem, que apesar de ser um visitante alienígena, daria origem ao subgênero da FC menos cuidadoso com suas premissas, o dos Super-Heróis, que muitas vezes recaí para a Ficção Fantástica.

Esse gênero também têm raízes profundas na cultura, pois remonta a legendários heróis míticos como Hércules e Sansão.

RETROFUTURISMO

Pode ser apelidado de “FUTURO DO PRETÉRITO”, trata-se daquela ambientação passada que no entanto não corresponde a história do mundo real. Como um futuro superado ou mesmo uma visão alternativa proposital. Obras como Metrópolis de Fritz Lang e Farenheit 451 de Ray Bradubury, imaginavam ambientações futuras que já foram ultrapassadas ou cujo curso atual da história já inviabilizou. A ambientação fica como uma espécie de universo alternativo, ou algo do tipo “como seria se tal coisa tivesse acontecido”.

Um exemplo espetacular pode ser visto no Anime “Laputa – Castelo no Céu”, dos estúdios japoneses Myazaky, que poderia ser definido talvez como, “o que seria do mundo de Leonardo da Vinci tivesse conseguido voar”, e então teríamos máquinas voadoras em pleno século XVIII.

Obras como 20.000 Léguas Submarinas e Viagem a Lua por exemplo, já podem ser consideradas Retrofuturistas, outro exemplo interessante é a estranha ambientação do filme de Terry Gilian, “Brazil – O Filme”.

FUTURÂMICA TERRENA

Trata-se de qualquer ambientação que localize-se no futuro em nosso planeta, mas em geral aborda uma era mais adiantada tecnologicamente e ou socialmente.

CIBERPUNK

Em geral localiza-se num futuro próximo de caraterísticas decadentes do ponto de vista moral. Superpopulação, auto índice de violência urbana e degeneração ambiental são temas frequentes, mas o essencial é a temática tecnológica em geral enfocada na informática, telecomunicação e eletrônica.

PÓS-APOCALÍPTICO

O nome diz tudo, obras que se ambientam num mundo futuro pós Terceira Guerra mundial ou equivalente. Podem explorar os efeitos diretos desta catástrofe como Herança Nuclear, ou simplesmente ignorá-la como o curioso Crepúsculo de Aço, com Patrick Swaize. Provavelmente o exemplo mais famoso é Mad Max II e III.

FUTURÂMICA ESPACIAL

Ambientação que como o próprio nome diz se concentra na exploração espacial futura. Star Trek, Perry Rhodan e Buck Rogers são alguns exemplos.

VISITANTES EXTRATERRESTRES HOSTIS

Diversos monstros do espaço já aterrorizaram livros, gibis e filmes, protagonizando obras que vão desde o Terror Trash grotesco até obras de ação muito bem elaboradas como O Predador, estrelado por Schwarznegger.

VISITANTES EXTRATERRESTRES AMIGÁVEIS

O exemplo mais popular é sem dúvida “E.T. O Extraterrestre” de Spielberg, mas o gênero remonta o cinema em Preto e Branco com a Obra “O Dia em que a Terra Parou”, onde o alienígena Klatu e seu indestrutível robô guarda costas Gort vêm à Terra pedir os fim dos testes nucleares.

GUERRAS ESPACIAIS

Muitas vezes se mistura com a Futurâmica Espacial, mas há como exceção nada mais nada menos do que STAR WARS e a série de TV “Galactica”, que simplesmente não podem ser enquadradas em nenhum dos outros gêneros acima.

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ROMANCE:

Romance é a forma literária pertencente ao gênero narrativo e que apresenta uma história completa composta por enredo, temporalidade, ambientação e personagens definidos de maneira clara.

É oriundo dos contos épicos e revela ações em conjunto com a distribuição de personagens ao longo da trama. Entre as características marcantes desse gênero está a proximidade com a realidade.

A obra Dom Quixote, do espanhol Miguel Cervantes, é apontada como precursora do romance moderno.

No Brasil, os principais autores são Machado de Assis, Jorge Amado e Graciliano Ramos.

O romance é uma narrativa longa, com personagens variados. A organização é feita em torno da trama, mas a linguagem é variável, seguindo a proposta em que é ambientado. Pode ser fictício ou mesclar a ficção com a realidade.

Romance Histórico

O romance histórico destaca vida e costumes em determinada época e lugar na história. Está entre os que mais utiliza a união entre ficção e realidade.

Romance Romântico

O romance romântico é caracterizado pelo idealismo, heroísmo, amor a alguém ou à pátria. Há constância na luta entre o bem e o mal nesta narrativa.

O amor romântico é bastante explorado e, em geral, o desfecho está no final feliz após a saga dos personagens principais.

Também explora a idealização do homem herói e cavalheiro e da mulher romântica, em geral, submissa à espera de um provedor.

Romance Realista

A principal característica do romance realista é a crítica social e às instituições, sejam elas políticas, religiosas ou familiares.

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Bom é isso!

Escolham aquele gênero que mais te agrada e nos traga um conto incrível.

Boa sorte a todos os participantes da primeira edição do desafio Unknown Writers!!!

Desafio Unknow Writers
Enviado por Desafio Unknow Writers em 12/03/2018
Código do texto: T6278073
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