Curtinha de Terror...

Claro, aonde você prefere estar... Aquele lugar que as pessoas chamam de... casa...? Era assim nesse tom pausado que Dioni falava com Alicy. Ela não pensou muito para responder, era uma mulher esfuziante, no auge de sua melhor idade (para aqueles que não sabem, é a idade que você está agora!), ficou de pé num pulo e com o dedo em riste e muita vibração falou em alto e bom tom: Eu não sei! E caíram na gargalhada, ele pela surpresa, e ela pela cômica atuação. Eram assim. Passavam por horas juntos, não todos os dias, mas com uma frequência agradável. Ouviam músicas diversas, Dioni geralmente apresentava bandas estranhas que ele acabava tropeçando, às vezes por amigos, às vezes pelas insinuações do próprio aplicativo. Alicy preferia música nacional e adorava essas que misturavam samba com alguma outra coisa, tipo rock. Jantavam muitas vezes juntos. Ele gostava mais de doce, então pedia o jantar pensando eternamente naquele doce que viria na sequencia e ele se deliciaria. Ela já gostava de tudo e comia sem nenhum pudor misturando molhos e sabores. Ele curtia os dias que o sol dava as caras, se achava uma flor e precisava fazer a fotossíntese. Ela gostava dos dias de sol também, mas não detestava os de chuva, até curtia as gotas escorrendo pelas janelas dos carros, casas, apês e seus copos de vidro. E amava dias frios, onde se empacotava parecendo uma trufa e saia para tomar chocolate quente como se estivesse em algum lugar europeu. Feliz. Então ela percebeu que Dioni e ela tinham diversas diferenças e nenhuma semelhança. E ele cabisbaixo revelou para ela. Você fala com os mortos...