O lado oculto da diálise - quem fica com o sangue

Jessica, a enfermeira chefe, explicou todo o procedimento a Vanessa. Posterior a isso a jovem debutante interrogou?

- Que horas os pacientes começam a chegar?

- as cinco e meia. Antes que estranhe o seu horário de chegada, explico-lhe que ele se deve ao fato de que você é quem ligará as máquinas, bem como as testará. E isso é a segunda parte de nossa tutorial - Respondeu-lhe Jéssica com um sorriso de suspense.

Quando fosse tarde, Vanessa descobriria da pior maneira o significado daquele sorriso. No entanto, dado a sua ignorância sobre o terreno em que estava pisando, acompanhou as instruções da chefe sem resistência.

Após ligar todas as máquinas, Jéssica disse a Vanessa que seria a hora de testa-las e recebeu um olhar atônito de resposta de sua pupila. Expicou-lhe que devia introduzir uma agulha em sua veia para que pudesse passar pela máquina e observar se a mesma estava funcionando, pois tal procedimento não poderia ser feito nos pacientes, uma vez que eles deveriam entrar nas máquinas com elas já em funcionamento.

Inocentemente ela sentou-se na cadeira e estendeu seu braço para que uma agulha fosse introduzida em sua veia. Uma mangueira foi conectada à agulha por onde lentamente ia percorrendo seu sangue de um vermelho rubro.

Jéssica afastou-se e um homem de terceira idade, rosto corroído pelo tempo, óculos fundo de garrafa e traje preto fixou-se ao seu lado. Os dois permaneceram calado enquanto observava o sangue da jovem sendo desviado.

Vanessa não sabia como funcionava o trabalho na clínica, tampouco prestou-se ao trabalho de pesquisa-lo. Não sabia sobre as histórias de vampiros, nem sobre a moça encontrada, contudo, começou a perceber que havia algo de errado enquanto seu sangue ia esvaindo.

Suas pernas começaram a ficar mole, já não sentia os braços e seus lábios iam gradativamente ficando esbranquiçado. Tentou em vão tirar a agulha que sugava seu sangue, pois já não possuía forças suficientes para isso. Enquanto lutava pela vida, os dois à sua frete davam sorrisos de vitória.

- tem certeza que ela é desconhecida na cidade? - perguntou o velho.

- sim, absolutamente.

- Assim espero. Você não sabe o trabalho que tive com as moças conhecidas. Inclusive tive que usar minha influência para trocar de delegado. E não é por menos, vocês as jogam em qualquer lugar.

- Aquilo foi um incidente que não vai voltar a acontecer senhor.

- Não mesmo. Devemos incinerar os cadáveres Jéssica. O sangue do hemocentro está cada vez mais com altas taxas e os pacientes cada vez mais anêmicos. Esse é o melhor jeito de aumentar os lucros da empresa, ou seja, economizar o dinheiro utilizado para pagar as taxas do hemocentro e extraí-los direto da fonte.

Vanessa pode escutar tudo, antes que a morte a arrastasse para o descanso eterno.

Mais tarde o refrigerador tinhas mais sete bolsas de sangue para ser transfundida em pacientes anêmicos.

bily anov
Enviado por bily anov em 10/01/2019
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