A Velha Casa

A velha casa ainda está de pé

Mesmo com o que aconteceu, você sabe como é...

Cada um com o castigo que mereceu

O fogo subiu até o teto

O rifle cantou o seu primeiro disparo

Tudo era como devia ser,

Até virar resto.

E então retroceder a sua matéria primitiva,

E no fim, se tornar anti-matéria.

Um rouco pedido de ajuda

A lua fechou seus olhos e deu de bruços

O brilho do céu estrelado encontrou o seu fim

O silêncio que exala lá de dentro, pelas janelas estilhaçadas

Me faz cogitar a possibilidade de ser o único sobrevivente

O fogo tomou o abrigo

O vacilo do rifle em seu disparo

Cada um com seu castigo

Mas este ainda não é o preço que eu tenho que pagar

Guiado por uma natureza incompreensível à percepção humana

Minhas mãos não tremiam no instante em que mirava o combustível

E eu até diria: "movimentos involuntários!"

Mas a noite se revela testemunha contra mim

Meu peso em ouro, uma alma a mais para as criaturas do vale

À espera do fim que nos fora prometido.

As luzes se aproximam,

Em sua timidez, a curiosiodade dos moradores da região

Acompanhados das sirenes e dos homens de estrelas no peito

Suas atitudes protegidas sob o manto da Lei

O rifle se encolhe nas sombras

Inicia sua nova melodia

Acertando homens de bem, segundo a melhor doutrina

O rifle cai, a música se encerra, o show acaba.

Enquanto a mim,

Eu já nem sei mais quem sou, Senhor Policial...

Será que sou digno de pisar na minha própria terra?

O último ato, a última chance

Descanso em paz.

Maia_XIII e Paulo Eduardo
Enviado por Maia_XIII em 06/06/2019
Reeditado em 06/06/2019
Código do texto: T6666835
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.