VICTOR
- Estou aqui, Victor.
- Chegou cedo. Nem pude me arrumar.
- Lá ninguém vai se importar com o que você veste.
- Nunca imaginei que, com a minha idade, poderia ir lá.
- Pois é. O mundo é uma caixinha de surpresas.
- Como é lá?
- Muito movimentado.
- Vou encontrar alguém conhecido?
- Claro!
- Quem?
- Aquele seu padrasto que te espancava, sua ex namoradinha que você deflorou e viciou, aquele padre que morava do outro lado da rua.
- Alguém importante?
- Muitos!
- E meus amigos?
- Quase todos. Menos aqueles que você afastou.
- E o anfitrião? Vai me dizer quem é?
- Você descobrirá sozinho. Impossível não nota-lo.
- Vou sofrer?
- Sim, Victor. Queria dizer que sinto muito, mas sou incapaz de sentir qualquer coisa.
- Não o julgo. Você só está aqui para me levar.
- Já posso parar seu coração para irmos?
- Pode.
- Estou aqui, Victor.
- Chegou cedo. Nem pude me arrumar.
- Lá ninguém vai se importar com o que você veste.
- Nunca imaginei que, com a minha idade, poderia ir lá.
- Pois é. O mundo é uma caixinha de surpresas.
- Como é lá?
- Muito movimentado.
- Vou encontrar alguém conhecido?
- Claro!
- Quem?
- Aquele seu padrasto que te espancava, sua ex namoradinha que você deflorou e viciou, aquele padre que morava do outro lado da rua.
- Alguém importante?
- Muitos!
- E meus amigos?
- Quase todos. Menos aqueles que você afastou.
- E o anfitrião? Vai me dizer quem é?
- Você descobrirá sozinho. Impossível não nota-lo.
- Vou sofrer?
- Sim, Victor. Queria dizer que sinto muito, mas sou incapaz de sentir qualquer coisa.
- Não o julgo. Você só está aqui para me levar.
- Já posso parar seu coração para irmos?
- Pode.