A pá milagrosa

A pá milagrosa

Eram 8 horas quando Alberto o funcionário da prefeitura do cemitério mais antigo da cidade adentrou o seu escritório e depositando seu paletó no cabide perguntou a Suzana sua secretaria se tinha algum recado, Suzana disse que não e lhe convidou a tomar um café na cafeteria da esquina, Alberto agradeceu e disse que já tinha tomado um café quando vinha ao serviço e perguntou de Raul, Suzana lhe disse que Raul estava acompanhando uma família até uma lapide pois a família queria saber quanto custava um serviço de ampliação no tumulo de cimento que continha só duas gavetas.

Alberto agradeceu e foi devagarinho por entre as ruas estreitas lhe permitiam quando lhe chamou atenção uma lapide com a sua laje de cobertura movida acintosamente, olhou dentro do tumulo e viu lá um caixão ainda intacto fechado e tentou remeter a laje de volta à sua posição normal e não conseguiu, pois a mesma era muito pesada deixou o local e foi até onde estava Raul que se despedia da família e o saudava. Alberto lhe disse então da laje movida que pelo seu peso era impossível repô-la na sua posição normal, viu atrás de si uma estranha ferramenta que lhes chamou a atenção, era como uma pá, mas seu cabo era regulável ou seja dependendo da operação ele poderia aumentar seu comprimento, o pegaram e tentaram repor a laje fizeram um esforço com as mãos e depois com a pá que haviam encontrado mas, sem sucesso.

Quando voltaram ao escritório para beber um gole d’água encontraram um senhor barbudo que os esperava e queria uma informação sobre uma banca de jornal que supunha ele, era ali perto, os dois o olharam e disseram que ela havia fechado há um mês já, o senhor agradeceu e olhando a estranha pá lhes perguntou o que esse instrumento faz aqui?

Alberto então lhes disse do que havia acontecido, e o senhor lhes disse que tal instrumento trabalha com os fluidos que não vemos, mas que estão presentes em todos os nossos arredores, pegou a pá e estendeu seu cabo um metro, o colocou sob a escrivaninha em sua frente e a levantou sem nenhum esforço e a manteve no ar até que Alberto espantado pediu para repô-la de novo ao chão, e o convidou a ir até ao tumulo onde estava tal lapide movida, e lá chegando o velho colocou novamente o cabo até mais ou menos um metro e meio e a encostou na laje que súbito se moveu para a posição normal para surpresa dos dois que ali estavam duvidando...

Como o senhor sabe usar tal ferramenta? Perguntou Raul.

É difícil explicar em poucas palavras, eis ai meu cartão com telefone e endereço, tenham um bom dia, e se foi...

Raul e Alberto viram como ele fez e tentaram, mas sem sucesso.

Depois de um mês em contato com o velho os dois hoje surpreendem os visitantes que visitam o cemitério é veem os dois moverem pesadas lajes com o uso de uma simples pá, quem a teria feito?

Perguntaram ao velho barbudo e ele lhes disse que tinha sido inventada por um jovem que depois de fazer tal invento desapareceu, deu lhes o nome e para surpresas dos dois era o cadáver que estava naquele tumulo.

ANEZIO
Enviado por ANEZIO em 18/02/2020
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