Setenta e Sete (O Conto da Virgem Sangrenta)

Você já ouviu falar na lenda de Hildegarda? Se não, eu vou lhe contar um segredo, quem conhece a lenda de Hildegarda "Olhos tristes" nunca mais foi a mesma pessoa. Pois, se trata de algo sombrio e até ridículo para a mentalidade de pessoas consideradas "normais". As sombras doem na alma dos aflitos... As agulhas da loucura invadem o ser... A facada de lâmina cega degola os inocentes... E, a vida que outrora era de aventurança transforma-se em pranto e muito ódio.

Tudo começou na menstruação tenra de AnaLira uma garota considerada comum e quem sabe Deus talvez foi amada, sua família tinha um padrão de vida alto; pois, o pai de AnaLira herdara grande fortuna do seu bisavô que tinha sido um banqueiro afortunado e de grande renome, possuidor de inteligência ímpa, suma sabedoria e ambição pouco fútil, algumas pessoas comentavam, digamos com muita inveja e despeito, que Arthur Segara era um adorador do Diabo. Pois, o bisavô de Angelo Segara outrora no passado da família Segara tinha sido um Maçôm de grau muito elevado; e que gostava, como que com ardor sagrado de praticar filantropia. Era uma familia tradicional do condado do: Vale de Acarape... E possuidora de poder politico e de alianças fortes com o alto escalão do Ducado de Redenção, que era uma das jurisdições mais importantes do Reino Parlamentarista e Democrático do Ceará. Mas, falar da família Segara isto pouco importa e, também, falar de AnaLira Segara isto também, não é grande coisa, porquanto, o que faz este enredo ter o sentido primordial para a "Lenda de Hildegarda "Olhos tristes": É a menstruação peculiar de AnaLira. Bom, vamos direto ao ponto. Certo dia numa noite de lua islâmica no dia 13 de Maio quando chovia muito com ventanias que assustava até o mais valente e intrépido dos mais ousados homens: AnaLira resolveu ir dormir, ela tinha 17 anos e até essa idade nunca tinha vindo sua primeira menstruação, sua regra nunca desceu... Algo fora da normalidade para uma mulher, e digno de preocupação para os familiares. Quando AnaLira subiu para o seu quarto naquela noite e dormiu o: "Inferno" abriu sua boca para sempre para tragar a jovem e isto não é mera linguagem poética e sim um conto de infame desdita. Pois, o sangue pode causar dor, mas a loucura; é um oceano de covardia para qualquer dignidade do ser Humano.

Ó MEU DEUS TENHA MISERICÓRDIA DESSA MENINA!!!!!!! Dizia a empregada; que embasbacada via AnaLira no corpo banhado em sangue e com centenas de rãs com boca aberta, e da boca dessas rãs saiam cobras todas elas com mais sangue e sangue jorrando abundantemente e recaindo no corpo da pobre donzela. DEUS É MAIOR!!!!! DEUS É PODEROSO!!!! DEUS PODE TUDO!!!! SATANÁS ESTÁ AQUI!!!!!! Ó MEU D...EU...SSSSS!!!! AI... AI... ME...UUU...DE...U...SSSS!!!!!! JESUS CRISTO EU ROGO POR ESTA MENINA!!!!! E os gritos continuavam sem parar na mansão Segara num alvoroço que fez todos correrem para o quarto de AnaLira para saber que agonia se passava. Quando os pais de AnaLira, e os empregados e outras pessoas que compunham aquela grande mansão dos Segara algo que não convém falar o porque deles estarem ali, presenciaram aquela cena de nojo e terror ouve pessoas que desmaiaram, outros saíram correndo de pavor; e teve pessoas que diante dos portões abertos do inferno (com tanto nojo e arrepios) por poder ver com olhos de completa incredulidade isto em AnaLira, pegaram suas próprias armas e cometeram suicídio estourando suas cabeças num ato de insanidade. E a coisa só piorava no festim de Astarote.

AnaLira acordou... Percebeu tudo, mas não falava, como em estado de sonâmbulo caminhou pouco a pouco ao encontro da janela que se abriu por conta da chuva forte e dos ventos e relâmpagos, as rãs no quarto pulavam e exalavam cheiro de fezes, e também, um cheiro de amoníaco subia no quarto formando toda uma química louca com o sangue que jorrava da vagina de AnaLira, e dava para ver com horror como que fenda aberta do seu sexo o sangue esvaindo com violência do corpo nu da jovem de cabelos grandes, ondulados e negros. Ó MEU DEUS ELA VAI PULAR!!!! N...Ã...O!!!! N...ÃO!!!! NÃ....OOOO!!!!... ALGUÉM FAÇA ALGUMA COISA!!!! E AnaLira pulou do alto da varanda da janela do seu quarto. A garota quebrou o pescoço com a queda e pouco a pouco foi si dissolvendo no gramado do jardim da nansão Segara; numa lama escura e encarnada. Apenas a cabeça da desgraçada morta ficou intacta: Depois, de um espetáculo infernal, macabro, louco, endiabrado, de fenômeno terrível e pouco atrativo para o: Condado de Acarape. O que esperar dessa famigerada história e cabuloso fenômeno que aos mais crentes soa tão ridículo e, por demais, zombador dos valores de Anumaãs a religião que vigora na familia Segara? Religião esta que prega as crenças e as virtudes do Deus da lua minguante que não muda: Ramaã, o único Deus que dissera a Arthur Segara num rito Maçônico nível 32 que sua geração posterior não experimentaria ou mesmo passaria por nenhum sofrimento no que tange que Arthur Segara, doravante com o embuste de ser homem poderoso, influente e caridoso e fervoroso praticante da filantroia fazia angariação doutrinária de inocentes para sacrificar no altar de Molooquey verdadeiro identidade do Deus Ramaã que em aparições místicas obrigava (ou melhor fazia aliança Satânica) para que todos os altos Maçôns mentissem sobre sobre o seu verdadeiro nome: Pois, o culto a Molooquey se tratava apenas em esconder até a morte e adorar em "Rito de Sangue" o nome "Santo" da entidade "Molooquey" Deus milenar dos 37 Infernos Maçônicos o Paraíso para os que entregavam a alma para as chamas eternas do poder pós morte, ledo engano? Ou mera sede de dominação mundial? A maldade e a ambição Humana desconhece qualquer bem. Deus esse que se alimentava do sangue de jovens donzelas, e que acima de tudo apreciava o sangue da menstruação das donzelas, pois, o adepto da loja branca (pois, era negra) Porquanto, quem mais sacrificava essas pobres donzelas para Ramaã no altar da pedra de jaspe com chifres (que era na verdade: Molooquey o Deus satânico da Lua minguante que nunca muda) tornava-se imensamente rico e o Deus prometia aos seus servos escrotos uma vida eterna em forma de rãs fedorentas a merda: E ACREDITE SE QUISER MEU CARO LEITOR; isto era uma HONRA E GRANDE MÉRITO (?) Para todos os altos poderosos das abastadas famílias de brasões e de príncipes politicos do Condado de Acarape... A alma canta unida ao som dos pássaros, crianças tocam flautim e liras vibram na apoteose do PAVOR; ouve-se sons suaves de cigarras numa mesmas poesia de medo... O que você acha doutor? O QUE VOCÊ ACHA VADIA GOSTOU!!!???? GRITA!!!!!! GRITA MAIS!!!!! NÃO HÁ NINGUÉM NÃO!!!! ISSO GEME!!! GEME GOSTOSO QUE EU GOSTO MAIS!!! E, Natasha: Chorava de humilhação; medo; nojo; ódio e de solidão com toda a violência do estupro...O QUE VOCÊ ACHA DOUTOR???!!! O QUE VOCÊ ACHA DOUTOR???!!!! O QUE VOCÊ ACHA DOUTOR???!!! O... QU...E... VO...C...Ê... ACHA... D...OUT...OR???!!! NATASHA?? NATASHA??? NATASHAAAAA!!!!! ... Tudo foi um sonho? UM SONHO... UM SONHO ONDE MINHA NÉVOA NÃO DESVANECE????... Tudo é sem LUZ AQUI!!!!! OLÁ TEM ALGUÉM AQUI????!!!!! E O CORPO CONTINUA GRITANDO!!! NATASHAAAA!!! Não sinto mais dor?? NATASHA???? SOU EU??? Estou distante de toda a luz... É o fim!

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... SETENTA E SETE FACADAS: E, mais uma. Esta foi a quantidade de perfurações que essa pobre moça sofreu ---- Disse Edgar ---- Médico geral do Hospital Paulo Sarasate de Redenção - Fortaleza - CE ao constatar a situação da jovem Natasha que sofrera um violento abuso sexual. Encontrada beira à morte a pobre moça, também, tinha sofrido lesões na cabeça que causou sérias fraturas cranianas além de ter sido introduzido de maneira brutal e monstruosa artefatos na sua genitália e no seu ânus... Algo que foi assombroso para esta pequena cidade do interior do Brasil... NATASHA...! NATASHA...!! NATASHA??? ---- Aos prantos e debulhando muitas lágrimas clamava a mãe da jovem mulher vítima da brutalidade de uma sociedade animalesca; a mãe de Natasha Filha, o pobre anjo ruivo que dormia, a dona Eulaila Natasha, que ao longo de 20 anos esperava com muita fé em Nossa Senhora de Loudes a filha acordar do coma profundo que por demais agoniava parentes e amigos por tamanha maldade sofrida à linda jovem que agora não passava de um branco corpo inerte e sem a alegria e a vivacidade que tanto possuía, pois nesses 20 anos apenas era comentado nos corredores do Hospital a santa que repousava num sono de semblante plácido, mas muito melancólico para a dignidade de uma vida...

A enfermeira Maria Judite veio ver como Natasha estava, como sempre fazia, ao contemplar o sono tão longo da santa ruiva, e viu que Eulaila a mãe de Natasha, estava ao lado da filha, e com medo de perguntar uma coisa por puro receio de ser taxada de intrometida criou coragem e fez a pergunta que tanto lhe enchia de curiosidade ---- Dona Eulaila? ---- Sim enfermeira, estou atrapalhando? Eu sei que você tem que cuidar da minha filha agora com os... ---- Interrompendo a enfermeira disse ---- Não dona Eulaila, a senhora não precisa sair agora! ----- Com vergonha disse a enfermeira Maria... Eu só quero lhe perguntar uma coisa ---- Pode perguntar minha filha disse Eulaila ----- A enfermeira olhando nos olhos marejados da mãe de Natasha: A santa inocente de Redenção perguntou ------ A senhora eu percebi ao longo de muito tempo, ler para Natasha, o mesmo livro, e a mesma história para sua filha ao longo de vinte anos; e, isso é muito lindo, e o que me encanta e ao mesmo tempo, me assombra, é que quando a senhora ler este mesmo livro; e esta mesma história é como se fosse em puro encanto de milagre a primeira vez em todas as situações de leitura em que lhe vi lendo... Desculpe senhora Eulaila que livro tão especial é esse? ---- É a Bíblia disse Eulaila ---- Ouvindo isto a enfermeira se calou e não disse mais nada... Saíndo do quarto Santana a amiga de Maria Judite sorrindo disse ----- Então Judite sossegou? Tu fez a pergunta? ---- Fiz, mas eu devia não ter feito ----- Por que? Você era doida pra fazer essa pergunta amiga... ----- Maria Judite, com um sorriso de desdém e malévolo simplesmente murmurou baixo pra si; eu não sabia que a obra de: Anton Lavey poderia ser um consolo de paz ao longo desses vinte (20) anos para um anjo que tanto sofreu: E, que ainda sofre... Era mesmo uma vadia...!!!!! E SETENTA E SETE FACADAS FOI POUCO PRO DIABO FICAR CONTENTE... (...)

NOTA: Esse conto é uma pura licença poética, não retrata uma real intenção/ou apóio a violência contra as Mulheres e a sua dignidade. Trata-se de um trabalho/ensaio literário. Qualquer ofensa, humilhação e agressão contra as Mulheres deve ser combatido como qualquer das outras formas de intolerância e desrespeito. Obrigado!

Francesco Acácio
Enviado por Francesco Acácio em 02/03/2020
Reeditado em 07/05/2020
Código do texto: T6878979
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