Alienígenas Impostores

Em abadias do sul no interior de Minas Gerais começaram a ser avistados Ovnis que circulavam uma área de mata fechada apontando grandes holofotes brilhantes para a vegetação, como um helicóptero que faz buscas.

Era a terceira vez que isso acontecia e enfim convenci meu primo a vir comigo investigar o quê poderia ser aquilo.

Adentramos mata a dentro quando era quase duas horas da manhã, depois de caminharmos por minutos pudemos ver de raspão algumas luzes que ficavam circundando o topo da floresta, foi aí que decidimos nos esconder:

- Você acha que vão nos ver aqui?

- Shhhhhiu a gente ainda nem sabe o que são essas coisas. - Respondi para meu primo.

Depois de um tempo pudemos ver que realmente haviam três objetos grandes que circulavam ao redor de um ponto central, um deles começou a emitir uma luz realmente forte para a árvore e ficou assim por uns dois minutos até que vimos com nossos próprios olhos a silhueta de uma pessoa que devagar descia pela luz até o chão. A pessoa se agarrou na árvore e não pudemos ver o resto mas parecia ter descido.

Com certeza não era nada desse mundo, ou pelo menos, nada que eu e meu primo já houvéssemos tido conhecimento. Depois do trabalho concluído elas foram embora ganhando altitude.

Mesmo com medo fomos até o topo da mata onde as luzes apontavam e não encontramos absolutamente nada.

Prometemos que não contaríamos a ninguém sobre o ocorrido.

Alguns dias depois aconteceu que um homem nu caminhava entre as ruas da cidade totalmente desnorteado, como se fosse um animal selvagem. Sua aparência estava pálida e parecia não comer a algum tempo.

A polícia o levou até o hospital mas não puderam achar sua família, e ele também não conseguia se comunicar pois estava lunático e sem nenhuma sanidade, sinceramente não soube o fim que ele levou, mas a mídia parou de falar nesse caso depois do segundo dia.

A verdade é que aquilo era o prelúdio para uma terrível descoberta. Meu primo e eu estávamos a duas semanas monitorando os Óvnis que apareciam pela mata. E um dia nos escondemos bem perto de onde aquelas naves estranhas costumavam surgir.

Foi quando uma luz estonteante apareceu bem no meio das árvores e vimos com clareza quando uma coisa semelhante a silhueta de um ser humano caiu de dentro de uma das naves. Quando elas foram embora chegamos perto para ver o que havia caído e ficamos totalmente horrorizados:

Era um cadáver putrefato de alguma pessoa. Na verdade o corpo estava retorcido do tronco para baixo e sua cabeça era a única coisa realmente reconhecível lá, embora a expressão em que a pessoa morreu demonstrasse desespero. Mas o mais estranho era que a solidez do corpo lembrava muito um objeto petrificado, ou fossilizado. No entanto qualquer um podia ver que se tratava de um ser humano.

Nós tiramos fotos e depois enterramos o corpo por respeito aquela pessoa. Quando estávamos analisando bem a foto meu primo me lembrou que havia uma mulher desaparecida que ligeiramente aparentava ser a pessoa dos restos mortais, na verdade suas expressões eram horrivelmente idênticas. Conseguimos o endereço da família e então fomos lá no dia seguinte.

Quem nos atendeu foi o enteado da suposta desaparecida que nos olhava completamente estarrecido, mesmo após confirmar que as fotos eram verídicas e a semelhança entre as vítimas era muito grande ainda parecia estar surpreso com algo. Ele disse:

- Não pode ser real, embora pareça muito com ela. Tenho certeza que não é... Até por que ela está aqui em casa agora mesmo, nós já a encontramos. - Diz ele mas sem perder o espanto de seu rosto. Naquele momento ficamos felizes por a vítima estar viva, mas o mistério do fóssil ainda continuava, e nós não pretendíamos levar até a polícia até que tivéssemos uma resposta por nós mesmo. Mas o que me incomodava era que aquele homem ainda permanecia pálido como se não estivesse acreditando, de repente ele perguntou:

- Ei garotos, quando vocês tiraram essas fotos?

- Nós tiramos ontem a noite. Na verdade temos certeza que vimos aquele corpo cair de um OVNI, daquelas mesmas luzes que apareciam uns tempos atrás pela cidade. - Eu disse isso desnecessariamente pois era muito improvável que ele acreditasse realmente nisso, ou se acreditasse, não levaria a sério o suficiente. Porém me surpreendi quando ele de repente falou:

- OVNIS? Vocês disseram OVNIS? - A cara de pavor dele aumentava ainda mais. - Algo de estranho está acontecendo. Eu me lembro que antes de desaparecer minha madrasta dizia coisas sobre alienígenas e que precisava ir ver um certo alguém, até que desapareceu por um mês e só voltou ontem a noite. Nós perguntamos ela onde estava mas dizia que não se lembrava de nada. E para dizer a verdade ela tem agido estranho desde então, é como se fosse outra pessoa eu não consigo nem explicar...

Nada mais precisava ser dito, algo muito estranho estava acontecendo então insistimos para poder entrar e vê-la, porém quando chegamos na casa ela já havia desaparecido novamente...

Nós pedimos para ajudar a procura-la mas o homem disse que seria melhor se voltássemos pra casa pois já estava tarde. Provavelmente ele foi até o topo da floresta pra procurar pelo corpo enterrado (nós demos os detalhes de como achar) ou achar pistas de sua madrasta.

Naquela noite meu primo dormiu em minha casa pois estava com medo.

Era umas 3 da manhã quando de repente ele levantou e começou a sussurrar algo enquanto olhava pra parede: "Eu preciso ver eles, eu preciso ir logo, Thiago por favor me ajude eu não posso ir lá, mas eu preciso, por favor não me deixe ir lá".

Eu tentei acorda-lo por que parecia inconsciente mas mesmo depois de bate-lo ele não respondia e só ficava repetindo as mesmas frases. Quando pude ver na janela a figura de um rosto deformado e estranho que não parecia com nenhum animal que eu já vi, e sim com uma figura diabólica ou extraterrestre, provavelmente era a mulher que veio buscar meu primo pois quando acordei (desmaiei pelo susto) meu primo já havia desaparecido.

A primeira coisa que fiz foi ir até a casa do homem de antes, e ele me recebeu na porta educadamente. Eu percebi que a personalidade dele estava diferente e antes que eu pudesse aponta-lo para o OVNI que sobrevoava a casa dele logo adormeci. Quando acordei todos estavam lá, ninguém se lembrava de nada que havia acontecido, ou pelo menos negavam. Fiquei um tempo insistindo nessa história até que eu mesmo me convenci de que havia alucinado sobre esses eventos. Até por que todos diziam que nunca apareceram OVNIS na cidade e que pessoa alguma desapareceu. No certo, eu notava como todas as pessoas as vezes me olhavam, como se eu soubesse de algo que não deveria saber, como se eu não devesse estar ali. Por amor a minha própria vida nunca mais falei dessa história para ninguém...