O CREPÚSCULO DOS DEUSES CÓSMICOS – CLTS 11

RESSONÂNCIAS

_ Gaalex, leitura dos sismogramas lunares. – determinei ao robô assistente.

Enquanto flutuava pelo laboratório, Gaalex acoplava-se aos instrumentos colocados na órbita planetária e nas órbitas lunares. Cumprimento-me interiormente por tê-lo construído. Gaalex era o assistente mais avançado do planeta.

_ Oscilações simultâneas nas crostas de Ballavia, Neres-Ty e On-Ka-Ter indicando padrões de ressonância com fonte eletromagnética externa. – respondeu.

_ Identifique a fonte. – Ordenei, já intuindo a resposta.

Gaalex prosseguiu com o relatório: _ As ondas eletromagnéticas solares estão excitando o núcleo das três luas, causando os abalos. – relatou o robô.

Estou convencido que os terremotos na superfície de nosso planeta têm a mesma fonte. Além disso, o nível de radiação do solo estava aumentando.

***

Contemplo nossas luas. Foi sob o brilho intenso da maior delas, Ballavia, que pedi a mâo de Zarabeth. Obtive uma inédita permissão para um casamento por livre escolha, sem as indicações do computador genético planetário.

Não tenho dúvidas de que o prestígio de minha casa ao longo da História de nosso mundo influenciou a decisão do Conselho. No início das grandes navegações espaciais, os Lor se destacaram como cosmonautas e cientistas.

Há bilhões de anos, quando nosso império abrangia todas as vinte e oito galáxias conhecidas, os diplomatas da casa dos Lor aconselharam-nos a abandonar de vez a prática da guerra. Para a surpresa dos povos conquistados, o planeta Lathaente retirou-se de todas as suas colônias.

Ainda assim, nenhuma civilização do extinto Império Galáctico ousou atacar-nos. Tornamo-nos tão poderosos que temos o privilégio de sermos pacíficos e invencíveis. Com nossa ciência, conseguimos quintuplicar o ciclo natural de nossas vidas. Tranquilos e infalíveis não possuímos inimigos.

PRAGA

Volto ao nosso módulo, na colméia habitacional, ansioso para ver meu bebê. O pequenino passa o dia sob a guarda da andróide-cuidadora. È seguro. Faz muito tempo que instituímos três leis básicas para o bom convívio entre nós e os robôs.

_Boa noite, mestre Lor! O pequeno Tay-Lor o espera, cuidado e alimentado. Mestra Zarabeth ainda não chegou. – disse Rhajna, nossa cuidadora. _ Está administrando uma sobrecarga no hospital.

Quando Zarabeth chega, seus olhos cor de violeta estão nublados pelo cansaço. Ela me beija e pega Tay em seus braços. Nas colônias, até hoje os lathaentianos são descritos como seres frios e desprovidos de sentimento. Ninguém diria isso se pudesse as lágrimas de Zarabeth.

_ O que houve, querida? - Perguntei, preocupado.

_ Muitas pessoas estão sofrendo de envenenamento por radiação. Os primeiros casos surgiram ontem à noite, mas já temos notícia de que estão se multiplicando nos três continentes. – disse ela enquanto meneava a cabeça, desconsolada.

_ Os pacientes chegam transtornados, querendo agredir quem estiver pela frente. Os enfermeiros que tentaram contê-los adoeceram poucas horas depois e manifestaram o mesmo quadro. É contagioso, Rodan. Parece hidrofobia... Estou muito abalada...

Abracei minha esposa enquanto o bebê ficava entre nós, sorrindo e tateando meu rosto, alheio à situação.

Voltei aos meus estudos. Temo ser o único que sabe a verdade. Preciso alertar o Conselho.

NEGAÇÃO

_O planeta Lathaente está condenado!

A dureza de minha afirmação causou uma perturbação entre os conselheiros. Conhecidos por sua serenidade, aqueles cidadãos estavam agora tomados por uma surpreendente agitação. Percebi que toda a minha exposição teve o efeito contrário ao pretendido. Era-me difícil distinguir uma fala fizesse sentido. Poucos me dirigiam o olhar. E eram olhares de aversão.

Uma das conselheiras, a anciã Thana, tentou contornar a confusão, dirigindo-se a mim:

_ Rodan, eu lhe digo que esse é o menor de nossos problemas. Laethante está apenas inclinando o plano de sua órbita. Seja razoável.

_ Com todo o respeito, conselheira Thana, eu lhe digo que não! Meus estudos mostram que a crosta do planeta está sendo dilacerada por sismos causados por nosso próprio sol. O mesmo que está acontecendo com nossas luas. Volto a dizer que a epidemia que se abate sobre nós é resultado da tênue radiação exalada pelo núcleo do planeta. O sol está induzindo a transmutação de metais no núcleo de Laethante e transformando-os em um novo mineral, venenoso para nós. A epidemia e os sismos só tendem a aumentar e além... – o grito do conselheiro-mor cortou minha frase -

_ Chega! Não queremos ouvir mais nada dessa loucura, Rodan-Lor! Não queremos ouvir mais nada sobre seus terremotos, sua epidemia e sua idéia abjeta de refugiarmo-nos nas antigas colônias.

_Veja meus cálculos, conselheiro-mor. _ disse ao ancião, projetando a imagem para ele. Mas ele desviou a cabeça e cobriu os olhos com as mãos.

_Não preciso ver cálculos para enxergar-lhes a insensatez! É uma pena! Seu futuro era promissor neste Conselho. Agora, cobriu seus antepassados de vergonha. Esta reunião está encerrada.

TEMPO DE LOUCURA

A epidemia alastrou-se ferozmente pelos três continentes. Nós, os não infectados, estávamos isolados em nossas colméias. Alheio à disseminação da praga, o Conselho não determinou nenhuma medida de combate. O assunto foi tratado como resultado de alguma experiência não autorizada conduzida por um cientista mal intencionado.

O Conselheiro-mor afirmou que o causador da epidemia deveria ser tratado como um terrorista, alguém saudoso da era colonial e que desejava força nosso retorno às antigas colônias. Percebi o óbvio eco sobre mim. Se antes me trataram como um louco insensato disposto a espalhar o pânico com palavras, agora querem tachar-me de terrorista! Querem fazer pairar sobre mim, a nuvem escura da desconfiança.

O terrorismo era uma chaga fechada há muito em nossa civilização. Uma distorção de caráter vergonhosa e indigna. E era assim que o Conselho queria que eu me parecesse diante dos cidadãos de Lathaente.

Uma experiência assustadora marcou o início do acirramento da epidemia. Andávamos pela via pública. Eu levava Tay em meu colo e Zarabeth caminhava junto a mim. Eu apontava as luas para Tay, quando o grito agudo e aterrorizado de Zarabeth juntou-se ao de outros e a correria de pessoas apavoradas desencadeou o caos.

Um bando de infectados atacou ferozmente a multidão de transeuntes. Maltrapilhos, as íris esbranquiçadas, pele coberta de feridas e exalando um cheiro nauseabundo, eles avançaram sobre nós. Incapazes de articular palavras, grunhiam como animais. Na confusão, vi quando um grupo de infectados agarrou um cidadão. Foi a visão mais grotesca de minha existência.

Os infectados jogaram-se sobre o infeliz cidadão e o desmembraram com as mãos nuas. Após o desmembramento, passaram a devorar as partes do corpo. Ao redor de nós, a insana cena se repetia. A expressão de medo das pessoas só era superada pela surpresa em seus olhares. Peguei Zarabeth pela mão e corremos dali. Havia gritos de dor das vítimas, os grunhidos dos infectados e o pior, os pedidos de socorro que eu não poderia atender.

Um dos infectados tentou arrancar Tay de meus braços. Sua mão passou perto de conseguir seu intento, mas, com uma esquiva ágil, frustrei-lhe a tentativa. Acionei o teletransporte e imediatamente fomos irradiados para a segurança de nosso lar. De lá, pude ver o massacre pelas janelas.

Nem todos os cidadãos acionavam seus teletransportes para fugir dali. Alguns nem pensaram nisso, paralisados pelo pavor. Outros não quiseram partir sem seus familiares e pagaram um terrível preço. Informei as forças de segurança e transmiti a imagem da ocorrência para cada membro do Conselho por meio de meus implantes neurais. Apenas o Conselheiro-mor deixou de me responder. Entre tantas falas superficiais dos membros do Conselho, a conselheira Thana me convidou a comparecer ao seu módulo. Antes de atender ao chamado da anciã, fui ver Tay e Zarabeth.

_ Rodan, ninguém sabia dessa monstruosidade. O que está acontecendo? Os infectados morriam rapidamente após seus ataques de fúria. Agora isso! É um desdobramento, Rodan. - os olhos de minha esposa revelavam o terror que dominava sua alma.

Eu precisava reagir. Zarabeth e Tay eram-me mais preciosos que minha vida. Nosso bebê nos braços da mãe, sorria para mim. Estendendo os bracinhos, inclinou-se para o meu colo.

Seu cabelinho, ainda escasso, era perfumado e ondulado. Sua risada inocente fez com que meus olhos se enchessem de lágrimas. Era meu dever poupá-los daquele horror. Como cientista, meu compromisso é com a verdade e o bem estar dos cidadãos.

Naquela noite, mesmo abalada, Zarabeth dirigiu-se ao hospital. Como responsável pela saúde de nosso continente, ela era essencial para o enfrentamento da praga. Tay ficaria sob os cuidados de Rhajna. E eu irradiei-me para o módulo da conselheira Thana.

CONSPIRAÇÃO

_Rodan-Lor, quero mostrar-lhe uma gravação. – disse a anciã. _ Eu não poderia transmiti-la a você porque suspeito que minhas comunicações estejam monitoradas. Por isso eu o chamei aqui.

_Por que a senhora tem essa suspeita? - perguntei olhando nos olhos da anciã. Ela respondeu-me da maneira firme que lhe era característica.

_Porque depois que te defendi em uma reunião secreta do conselho, também passei a ser uma “terrorista traidora”. Você é jovem, Rodan-Lor. Tem a força necessária para sustentar ideias surpreendentes. Você vai entender o motivo do ódio que sua proposta gerou o Conselheiro-mor. Assista.

A projeção mostrava o Conselheiro-mor reunido com cidadãos fortemente armados, em grave afronta ao nosso voto de desarmamento individual. Todos bradavam uma saudação proibida em Lathaente desde a Primeira Guerra Colonial, há bilhões de anos. Uma saudação usada por um grupo que pregava a superioridade de nossa forma de vida sobre as vidas dos coloniais. E ali estava o lider de nosso povo incorrendo no crime de terrorismo, o mesmo de que me acusava.

O Conselheiro-mor revelava seu plano de retomar as colônias à força e defendia que esse era nosso direito intrínseco devido a “natureza superior” de nossos cidadãos. Alegava que o voto de desarmamento individual e a convivência pacífica com os coloniais enfraqueceu e acovardou nossa civilização. E o mais espantoso: esperava arregimentar para seu séquito de loucos, os cientistas mais talentosos do planeta.

Esperava contar comigo na construção de uma arma, a bomba de tunelamento dimensional. E com ela pretendia varrer do firmamento os mundos que a ele se opusessem.

_Ele está louco, Conselheira Thana! – disse com minha voz trêmula de espanto.

_ Não, Rodan-Lor! Não é loucura, mas arrogância e crueldade. A epidemia atrapalhou os conspiradores. E você, com sua proposta de asilo nas colônias, revoltou profundamente o coração racista do Conselheiro-mor. Mas ele não desistirá de te usar para construir a tal arma.

_ Obrigado pelas informações, Conselheira! Entretanto, enquanto nos ocupamos da crise política, a epidemia avança. Está havendo canibalismo. A praga ameaça mergulhar nossa civilização na selvageria.

_ Temos de destituir o Conselheiro-mor. Com essa prova convenceremos os demais conselheiros. – disse Thana, retesando os lábios finos. – Mas ele não aceitará passivamente. Utilizará sua legião de cães raivosos para manter-se no poder.

PESADELO

A quantidade de infectados aumentou drasticamente. Estávamos ilhados em nossas colmeias com medo dos semimortos canibais que pululavam fora dos edifícios. O teletransporte tornou-se o único meio de deslocamento disponível. De minha janela, eu via a multidão de seres vazios perambulando à espera de alguém para destroçar.

A saúde de Zarabeth estava fragilizada pelo excesso de trabalho e pela dor de conviver com tantas mortes.

Ouço o zumbido de alguém sendo irradiado para perto de mim. Quase perco o equilíbrio ao ver o Conselheiro-mor surgir na minha frente.

_ Serei breve, Rodan-Lor! Saiba que a Conselheira Thana pagou o preço por sua traição. Você só está respirando porque eu quero que construa a bomba para mim. Esqueça a epidemia e comece a construção imediatamente. Colocarei os robôs mais eficientes do planeta a seu serviço. Não tente nada pouco inteligente. – aproximando-se mais e baixando o tom de voz, o Conselheiro-mor apertou os olhos e disse: _ Pense em sua esposa e seu filho...

Eu ainda estava assimilando o choque da rápida cena e a figura do Conselheiro-mor já se desfazia em globos de luz. Corri para o quarto para ver Tay e Zarabeth, mas qual não foi o meu espanto ao perceber que eles não estavam mais ali. O Conselheiro-mor os havia teletransportado com ele. A chantagem estava completa. Sem minha família, eu estava de mãos amarradas. Nada poderia fazer contra o sórdido vilão.

Enquanto isso, os vulcões começaram a expelir rocha derretida e os tremores se tornaram mais fortes. Entretanto, as condições geológicas ainda permitiriam que fugíssemos a tempo, se ao menos a população não tivesse acolhido a falácia difundida pelo Conselheiro-mor de que o problema geológico não tinha ligação com a praga e que ambos desapareceriam naturalmente. Contra todas as evidências e declarações dos cientistas, a população não enxergou os fatos.

O líder político do planeta pretendia lançar-se ao espaço para iniciar uma era de reconquista de um passado “glorioso” em que outros povos foram escravizados por nós. Ele não se importa se o planeta se tornará inóspito afinal, pretende estar longe.

Transmito um relatório periódico para um assecla do Conselheiro-mor. Ele acompanha o progresso da construção da bomba e me dá notícias de minha família. De meu módulo, coordeno mentalmente o trabalho de três centenas de robôs em um laboratório remoto. Minha angústia é imensa. Não quero construir essa hedionda máquina assassina. Mas... Tay e Zarabeth estão em poder de meu inimigo.

_Como está a saúde minha esposa? Ela estava doente ao ser levada. – perguntei ao indesejado interlocutor.

_ Ela está bem. Está comparecendo ao trabalho e retornando a cada dia. Se não retornar ou tentar denunciar-nos, o pequeno Tay será morto. _ disse o canalha com um sorrisinho sádico, antes de desligar a transmissão.

A minha saúde estava se deteriorando. O trabalho intenso e vergonhoso que eu estava sendo obrigado a fazer, a tensão de ter minha família aprisionada por aquele monstro e o desastre planetário iminente drenavam minha vitalidade. Naquela noite, não suportei o esforço e caí inconsciente.

Tive um longo pesadelo. Eu me debatia contra tentáculos que me agarravam e me arrastavam para dentro do solo. Para o fundo de um abismo sem luz.

Quando acordei, antes que me levantasse do chão, vi os pés de um homem que me observava. Era o Conselheiro-mor. Sua expressão era vazia de sentimentos e sua voz desagradável e átona me questionou:

_ Por que você deixou que isso acontecesse? Ficou três dias com seu transmissor neural desligado. Não atendeu aos meus chamados. Pensei que você tivesse se rebelado.

_ Como assim “deixei acontecer”? O que você está dizendo? – minhas palavras tentavam buscar uma possibilidade que, no âmago de meu ser, eu já sabia ser vã.

_ Sua família não existe mais. Seu silêncio e sua falta de vigor foram a causa da morte deles.

Não consegui me levantar e o ar repentinamente me faltava. Não era possível. Era apenas a continuação do pesadelo, não era? Oh, Mãe de Todos, faça com que seja apenas um pesadelo!

Contrariando a vertigem que tomava conta de mim, levantei-me de um impulso e tentei agarrar o pescoço do Conselheiro-mor. Mas era apenas um holograma e minhas mãos agitaram-se no vazio.

_ Seja forte, Rodan-Lor! A sua linhagem deu valorosos cidadãos para a glória de nosso povo. Termine este trabalho e você terá um lugar elevado na nossa nova ordem.

O holograma se desfez e eu fiquei sozinho sem acreditar que minha vida fora esvaziada. Sem acreditar que meu filho e minha esposa não existiam mais. Percorri as partes de nosso lar e cada vestígio da presença deles era-me extremamente doloroso. Em choque, decidi acabar com minha vida. E para isso tracei um plano.

Depois de muito tempo olhando pela janela e vendo o inferno que agora era o meu mundo, decidi voltar à construção da bomba. Com toda a resolução de meu ser voltei ao trabalho. Desliguei todo e qualquer meio de comunicação com o mundo exterior. Nada mais me importa. Nada mais tenho a perder. Trabalharei até morrer de exaustão, se preciso for. A lembrança dos sorrisos de Tay e Zarabeth impulsionam minha fúria sagrada.

Usando de todas as potencialidades dos robôs, teletransportando peças de qualquer parte do planeta e acoplando meu cérebro a um computador bio-positrônico, me torno um misto de homem e máquina cujo objetivo era concluir a nefasta tarefa com extrema rapidez. O Conselheiro-mor quer uma bomba? Pois ele a terá!

Tenho certeza de que meu inimigo observava meu trabalho de alguma forma. O enorme fluxo de energia direcionado ao meu módulo denunciava a atividade intensa desenvolvida por mim. Certamente era esse o motivo de não haver nenhuma tentativa de fiscalização por parte Conselheiro-mor. Após vários dias de construção, a horrível máquina assassina estava pronta. E eu também.

O FIM DOS DEUSES

Solicitei o comparecimento do Conselheiro-mor ao meu módulo para falarmos sobre meu lugar na sua nova ordem planetária. Com um sorriso cínico, ele concordou e imediatamente teletransportou-se para meu lar.

_ A bomba está terminada, Conselheiro-mor. – disse-lhe com ensaiada calma.

O vilão olhou ao redor e sorriu.

_ Eu sabia, Rodan-Lor! Todo homem tem seu preço. Eu sabia que você pensaria melhor e veria que um pequeno sacrifício pessoal pode ser necessário para desimpedir o caminho rumo à glória e se juntaria a nós. Você voltará a honrar o passado épico de seus ancestrais.

Lá fora, os grunhidos dos infectados me davam convicção para continuar o que pretendia fazer. Encarei o monstro:

_ Você me tirou minha esposa. Tirou meu filho de mim. Permitiu que nosso planeta ficasse indefeso da morte e da desgraça. Tudo em nome de seu sonho imundo de dominação... Sim, eu me juntarei a vocês. Em breve, todos estaremos juntos.

_ Não entendo. Você... Você concluiu a bomba antes do previsto... – disse o desorientado conselheiro.

_ Sim, mas não para você . Quer saber onde ele está? Ela não está onde você pensa. Ela está no núcleo de Lathaente, para onde eu a enviei. Para explodir o planeta. Em poucos segundos estaremos todos de volta à poeira cósmica. Olhe para mim. Quero que morra olhando a face do homem que o derrotou.

***

A poderosa civilização do planeta Lathaente desapareceu para sempre. Consumida pela estupidez de um déspota e pela dor de um homem ferido.

FIM

Teoria da Conspiração/Desaparecimento