Mulher à noite

O mesmo caminho. O mesmo ambiente de sempre - as mesmas casas, a mesma rua etc. Só o que mudava era o tempo. De manhã: movimento, conversas, crianças... Apesar de tudo, sentia-se segura.

O problema era quando chegava a noite.

Voltava da faculdade - turno noturno, pela manhã tinha que trabalhar para se sustentar - no escuro além do horário: postes (ou a falta deles) propiciavam isso.

Em alerta. Cada passo, uma oração. O medo eterno...

Só podia respirar aliviada ao chegar em casa. Mesmo assim, pensava não ser tudo uma ilusão para se livrar da realidade traumática.

Todo dia o ciclo se renovava...

Rodrigo Hontojita
Enviado por Rodrigo Hontojita em 15/04/2021
Código do texto: T7233045
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