A floresta dos suicídios

Aokigahara e uma floresta de 38 kilómetros quadrados situada ao pé do monte fuji no Japão, conhecida pela quasse aucência de vida silvestre e por ser muito fechada e escura, mais lamentavelmente ela e mundialmente conhecida por outro motivo bem menos peculiar, esa floresta é escolhida por muitas pessoas que desejam cometer suicídio.

Segundo fontes oficiais em 2010 foram recolhidos 54 corpos, mais a média de suicídios ultrapassa os 100 por ano, pois muitos deles simplesmente não são achados e outros apodrecem geralmente pendurados em árvores, a forma mais frequente de suicido.

Especialistas afirmam que os motivos da alta taxa de suicidios varía dentre problemas de depressao, financeiros e pressão instituída por um rígido sistema patriarcal que não deixa os jovens viver mais livres e sem tantos protocolos sociais.

Ayumi Saito era una garota pertencente a clase media japonesa de dezoito anos que diferentemente de outras garotas da sua idade tinha sido criada por uma família compreensiva e de certa forma liberal para os padrões sociais do país, ela e sua melhor amiga Aiko moravam na província de Shizuoka á alguns kilómetros do monte Fuji.

Ayumi e Aiko vinham planejando acampar uma noite na floresta do suicídio desde o colegial, mesmo sabendo das histórias mal fadadas que aconteciam ali, talvez fosse justamente isso que as atraia, era como uma vontade mórbida de aventurarse numa empreitada desconhecida e mesmo perigosa.

Dentro do planejamento das duas para irem acampar havia um problema, não poderiam dizer para suas respectivas famílias que queriam acampar naquela floresta por motivos óbvios. A única forma que encontraram foi mentirem que uma iría passar o final de semana na casa da outra, mesmo assim era muito arriscado, afinal a mentira era duramente castigada pelos japoneses e elas poderiam ser internadas num internato colegial tradicional muito severo, mesmo assim decidiram correr o risco.

Após alguns messes chegara o final de semana escolhido, pois finalmente estavam nas férias de verão que era a melhor temporada para acamparem, afinal a floresta do suicídio ficava aos pés do monte Fuji e mesmo no verão as noites eram bastante geladas.

Ayumi e Aiko pegaram o ônibus e saíram cedo, a floresta ficava a cerca de 80 kilómetros da cidade, levavam uma barraca e duas mochilas com comida e água passaríam apenas uma noite e demanhā voltariam bem cedo para não serem descobertas.

Chegaram no meio da tarde e adentraram por uma trilha sem antes serem avisadas por algumas pessoas que embora não fosse proibido, aquela definitivamente não era uma boa ideia, que pelo menos não se internassem na profundidade do bosque.

A medida que entravam sentiam uma solidão e um silêncio abrumadores, a tristeza e a dor eram quasse tangíveis ali, e assim que conseguiram chegar numa pequena clareira decidiram acampar pois já estava caindo a noite e as duas estavam exaustas e um pouco apreensivas.

Ayumi e Aiko conversaram até tarde, as sensações naquele lugar variavam dentre solidão e um pouco de medo, afinal quasse ninguém passaria a noite num lugar daqueles, de qualquer forma teriam uma bela história pra lembrar no futuro.

Algumas horas depois Aiko acordou, não sabia dizer que horas eram mais sentia que o dia começara a clarear, olhou pro lado e notou que Ayumi não estava na barraca, esperou algum tempo a saiu angustiada pois a amiga não voltava, o frio da manhã era intenso e não era normal ficar tanto tempo ali fora.

Uma Bruma fantasmagórica subia da relva ainda molhada pelo sereno frio da noite, Aiko caminhou por alguns minutos quando viu algo aterrador, tinha alguém pendurado numa árvore á uns trinta metros dalí, ela sabia que naquela floresta isso podia ser lamentavelmente normal mais a medida que se aproximava constatava algo pior ainda, era Ayumi que estava ali.

Aiko tremia e chorava apavorada quando ouviu alguns galhos quebrando no chão atrás dela, alguém estava ali também, ao virar-se quasse desmaiou de pavor, Ayumi olhava pra ela com um sorriso demoníaco mostrando todos os dentes, seus olhos pretos traziam o recado da morte, Aiko sabia que era seu fim, nunca mais sairia daquela floresta.

Diego Tomasco
Enviado por Diego Tomasco em 09/07/2021
Reeditado em 11/07/2021
Código do texto: T7296286
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