O homem na estrada

Existe uma estrada que fica no meio do nada, ela esconde uma história sombria. Vários assassinatos ocorreram nela, durante anos a polícia tentou achar o responsável pelos crimes. Mas nunca o encontrou.

Meu nome é Laura, estava voltando do trabalho de carro, como eu fazia todos os dias. Janela aberta, som ligado, curtindo a atmosfera de paz e sossego.

Olhei para o canto da estrada e vi um homem pedindo carona. Ele era alto, estava barbudo e suas roupas estavam sujas. Ele trazia uma sacola, ela estava suja de um líquido vermelho. Eu não sei se era sangue ou vinho.

Ele parecia muito assustador, fiquei pensando se eu deveria dar uma carona a ele, ou não. Eu sou apenas uma mulher frágil, e se ele for alguém perigoso? Eu estaria me colocando em uma situação de risco, mas mesmo assim decidi ajuda- lo.

Parei o meu carro e perguntei se ele queria uma carona, ele respondeu que sim. Então abri a porta e deixei ele entrar. Meu Deus o homem era muito estranho, ele ficava lá parado, não dizia uma palavra.

Eu até tentei puxar conversa, mas ele só respondia sim ou não. Ele era muito direto e dava respostas secas. Então eu comecei a falar sobre os assassinatos, de como aquela estrada tinha uma "maldição". O homem começou a tremer suas mãos, ele estava frio. Sua expressão mudou, ele agora parecia nervoso, inquieto. Era como ver um vulcão começando a entrar em erupção.

Eu comecei a falar de como o assassino era metódico, ele gostava de matar suas vítimas sempre cortando suas córneas. Ele gostava de levar suas córneas como um presente, por isso o assassino sempre trazia consigo uma sacola.

Na hora o homem surtou, começou a tentar abrir a porta do carro, ele parecia com medo, muito medo.

Eu parei o carro e se você estivesse do lado de fora, veria o carro se balançar. Ouvi gritos pedindo ajuda, gemidos, grunhidos. Também veria quando a porta do carro abriu lentamente, e o corpo do homem foi jogado para fora. Ele estava sem as córneas, porque eu as cortei e levei como presente.

Eu sou a assassina da estrada, aquela que a polícia nunca conseguiu pegar.