O TANATÓLOGO
Eu sou médico tanatologista forense, dr. Armin Krugert e atuo no instituto de necrologia há 25 anos. Antes de me aposentar, decidi relatar minhas experiências de trabalho, aqui nesse mortuário de indecências e perversões, as quais sou testemunha ocular, durante minha carreira de tanatólogo.
Meu trabalho consiste em exumar cadáveres, fazer exame de lesões corporais, analisar a causa da morte, emitir o laudo pericial de óbito. Desvendar a morte e suas causas, investigando os aspectos forenses, circunstâncias, condições físicas dos defuntos, bem como o exame necroscópico, para constatar se o óbito foi por suicídio, acidente ou assassinato.
Recebemos aqui diáriamente cerca de 30 corpos sem vida de adultos e crianças, de todas as idades. Eu tenho queixas, mas guardei sempre para mim em segredo, sobre o comportamento doentio, mórbido e animalesco dos outros funcionários e tanatopractos. Eles são uma corja de necrofílias, pedofílias tarados e sadistas macabros.
Tenho observado como eles se divertem e saciam suas taras seviciando, abusando e violentando os cadáveres de homens, mulheres e crianças, sem os familiares saberem.
Hoje foi trazido para cá o corpo de uma jovem de 24 anos, que cometeu suicídio.
Aqui da minha sala eu escuto seus gemidos e urros repugnantes, violentando em todos orifícios o cadáver fresco da mulher. São como urubus famintos quando encontram uma presa.
O tanatopractor que cuida da preparação do corpo e da necromaquilagem faz comentários necrófilos do tipo:
— Huum que gostosa, seios enormes maravilhosos, nádegas rígidas!
Esse lugar tornou-se um covil horrendo de necromantes depravados, um antro de perversão e vilipédio de cadáveres.
Aqui ao lado há também uma agência funerária desonesta e sinistra.
Lá o comportamento não é diferente daqui, além de abuso e violação de defuntos, existe algo mais grave ainda, que até agora nunca foi descoberto...
--------> segue no cap.2