COLETÂNEA DE MICROCONTOS (terror/mistério/suspense)

 

 

I - SEM FIM

 

Kim se debatia, mas, a âncora presa aos seus pés, a impedia de emergir. O ar já rareava em seus pulmões, o cansaço estava consumindo, os seus últimos resquícios de força, mas, de repente, um puxão fenomenal a puxa para a superfície. O barqueiro que a socorreu, tinha um ar belicoso e, passando a língua pelos lábios, disse para o colega que estava com ele

- A pesca de hoje parece bem saborosa...

 

 

II - GOZO

 

Charles se encanta com o som esganiçado e rouco, que sai pela boca de Nana, o desespero dela, lhe provoca sádicos orgasmos. As testemunhas, Aila e Iolandinha, assistiam a tudo, com as suas cabeças pendentes, com elas tinha sido rápido...suas vozes eram estridentes...

 

 

III - AMARGO AMARELO

 

Lúcia arrancava as rosas amarelas, por todo lugar que encontrava, tinha um ódio mortal por aquela cor específica de rosa. Quando sequestraram e assassinaram sua filhinha, a enterraram sob um canteiro de rosas amarelas. Desde então, uma fúria, se manifestava e, se depender dela...nunca...nunca mais, um corpinho será adubo para rosas amarelas.

 

 

IV - DESATINO

 

Grades, trancas, grossas paredes de concreto, de nada adiantou a segurança do cárcere. Quando Verdana, depois de muita tortura, matou Luna por ciúme, sua alma pairava liberta no ar. Enclausurada, restava apenas a culpa.

 

 

V - MÃO DUPLA

 

Souza, cheirava calcinhas pequeninas, enquanto na tela do laptop, via fotos infantas desnudas

Uma lhe chamou a atenção e, interrompeu o seu prazer instantaneamente, no site novo que visitava, completamente nua, viu Betinha...sua filhinha de nove anos.

 

 

 

Cristina Gaspar
Enviado por Cristina Gaspar em 02/07/2022
Reeditado em 02/07/2022
Código do texto: T7550460
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